quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Foi Natal…

Agora que vamos ter que voltar a cair no mundo real, recebendo (aqueles que recebem) metade do dinheirinho que tivemos neste mês de euforia consumista, que nos fez sentir reizinhos (cada um à sua maneira e dimensão) vão voltar, provavelmente com mais força, as dores de cabeça, a ansiedade, o desânimo, as irritações, as idas ao médico…
Dezembro é um mês de magia em que muitas dificuldades ficam adiadas, mas o problema é que não ficam resolvidas. Mesmo em tempo de crise, como a que vivemos, acho que ninguém consegue fazer um pequeno pé-de-meia com o 13º mês. Os apelos ao consumismo são tantos e a engrenagem está tão bem montada que raros são aqueles que terminam o mês numa situação financeira melhor do que o iniciaram.
Quando faço as contas ao dinheiro que “estraguei” pelo Natal em “comprinhas de m….” fico a magicar como devem sentir-se aquelas pessoas que não têm dinheiro para comprar nada para oferecer, tal a necessidade que sinto de oferecer prendas pelo Natal, fruto de uma”tradição” que sempre cumpri. O resultado disto tudo é ficar com a casa cheia de coisas que não me são minimamente úteis ou necessárias, acontecendo, certamente, o mesmo com as pessoas a quem dou presentes.
Desregulámos o mundo com as nossas vaidades, o nosso individualismo, o nosso egoísmo e a ambição desmedida de uns quantos. Penso que está na altura de os Portugueses que ainda vivem sem grandes dificuldades, mas que não vivem na abundância, começarem a gastar dinheiro naquilo que é estritamente necessário e meterem o que sobra debaixo do colchão, como faziam os nossos pais e avós. Comer e vestir não está muito caro; (para quem dispensa marcas e gosta de comer em casa) o preço dos transportes (públicos) ainda se aguenta; passear pelas ruas, ler, escrever, visitar e conversar com os amigos é de graça; um pequeno auxílio aos mais necessitados faz-nos bem ao ego…
Os vendedores de ilusões que se danem e vão pregar para outra freguesia. Que vendam ilusões a eles próprios! Pode ser que, assim, daqui a algum tempo, a alta finança especuladora “descubra” que quem trabalha ou já trabalhou precisa de algum dinheiro, mais que não seja, para lhes alimentar o vício explorador. Salvaguarde-se que não tenho nada contra quem é rico, mas tenho tudo contra os corruptos e especuladores a quem desejo permanentes dores de barriga.
Vivo “revoltado” e triste com o que se passa em Portugal com os nossos políticos de meia tigela, autênticas mediocridades, especialistas em pilhar o nosso bolso de contribuintes, mas também vivo feliz por não partilhar das suas ideias.
Que Deus nos dê muita saúde até ao próximo Natal, porque se tivermos que a comprar, estamos mal!
Vem aí Novo Ano. Muitos de nós, infelizmente, temos que aprender a viver pobres e felizes, como o fazem muitos daqueles que nunca conheceram outra condição.
Há que ter esperança! Esta “nata política” não é eterna! E muitos especuladores hão-de morrer a comer dinheiro (se tiverem quem lho chegue à boca)!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Quase que acredito…

Uma sondagem cujos resultados me espantam atribui a Cavaco Silva 60% dos votos dos Portugueses o que significa vitória à primeira volta, se esta tendência continuara a verificar-se…
Quando constato que a maioria dos portugueses está de acordo com a forma como Cavaco Silva tem conduzido o seu mandato presidencial (eu acredito nas sondagens), tendo já esquecido os tempos em que foi Primeiro-Ministro, bem como alguns “disparates” bem caros para o País, ocorridos durante a sua “hibernação” e durante este mandato, confesso que quase morro de espanto e tristeza.
O seu posicionamento relativamente ao BPN e à sua gestão criminosa, a defesa que fez do seu Delfim Loureiro, (que segundo dizem vive como um nababo no seu resort de luxo, com o dinheirinho de todos nós), o rendimento eticamente questionável que auferiu da venda, a tempo, do seus investimentos no dito banco (que contribuiu generosamente para a sua campanha anterior) são apenas alguns factos que ajudam a compreender a personalidade deste ser humano que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava e que agora trocou esse “disco” pelo da honestidade.
É certo os segundos mandatos presidenciais são apanágio da nossa Democracia, mas depois de os portugueses terem assistido à forma como apadrinhou e geriu a “salganhada” que conduziu Portugal à situação calamitosa em que nos encontramos, parece-me de muito mau gosto que o queiram para voltar a ser presidente da República, tal como Sócrates ou Passos Coelho para chefes de Governo.
Portugal tem que seguir novo rumo onde, em minha opinião, estes três senhores não têm lugar ao leme. É necessário eleger outro Presidente e o PS e o PSD encontrarem novos líderes. Doutra forma não vamos lá! (digo eu!)
Tenho um amigo, radical, que passa o tempo a dizer que o Povo tem memória curta. Quando considera que está a dar tiros nos pés, diz: O Povo é burro! Da melhor maneira que posso e sei tenho tentado demonstrar-lhe que não, mas perante este cenário de maioria absoluta à primeira volta de Cavaco, fiquei sem argumentos.
… e agora, quase que acredito!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Que rico “sem abrigo”!

Não tenho nada contra quem visita os “sem abrigo” e partilha com eles alguns momentos que o ajudem a “renovar” a coragem de tentar sair da situação em que vivem, enfrentando a vida e os seus problemas de uma forma diferente, lutando sempre, sem se “acomodar”… Louvo a entrega e o esforço que algumas pessoas e Instituições fazem para lhes minorar o sofrimento…
Acho que muitas das vidas daquela gente não se pode comparar em dignidade à de muitos ricalhaços, que por processos fraudulentos, sem olhar a meios, acumulam fortuna à conta da fome, da guerra, da droga, da fraude etc. etc. Os sem abrigo são infinitamente mais dignos, embora muitos estejam ali, muito, por culpa própria…
Estas breves palavras servem apenas para dar a conhecer aspectos do meu posicionamento relativamente aos sem abrigo, para de seguida fazer uma breve análise motivada pela visita do candidato à Presidência da República, Cavaco Silva, à Festa de Natal dos sem abrigo, promovida pela Comunidade Vida e Paz, na cantina do Estádio Universitário…Além de participar num casamento para que não foi convidado, contrariando o sábio saber popular que diz que “a casamento e baptizado só deve ir quem é convidado”, aproveitou-se da situação para dar um beliscãozinho em Sócrates (e eles que são tão amigos, ainda por cima) que antes criticou (e muito bem) quem tira dividendos políticos da pobreza.
José Sócrates quando, eventualmente, pensa nos pobres (se é que pensa) mais valia estar calado para não os ofender mais, mas foi de muito mau gosto o candidato Cavaco Silva ir para um local daqueles, fazer campanha eleitoral sobre a temática da pobreza…Puro oportunismo!
Os ricos devem falar de pobreza quando estão entre ricos, para encontrar soluções para a erradicar! Quando estão no meio dos pobres, demonstram dignidade quando se solidarizam com eles e não fingem que desconhecem a situação… mas sem hipocrisia!
É verdade que o Senhor Presidente da República tem demonstrado, ao longo do seu mandato, preocupação com "as desigualdades sociais, a pobreza e a exclusão", mas blá blá blá é manifestamente pouco para quem desempenha tais funções.
A ida à Festa e o aproveitamento político feito pelo Sr. Presidente da República fez-me lembrar o Paulinho das Feiras, a beijar, a abraçar, a limpar e a sacudir-se…
Só me ocorre um “adjectivo”(como se diz na anedota): - Que rico sem abrigo! (na política, obviamente!)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

FIGURÕES

Comprometidas com uma posição mal e tardiamente parida, relativa ao candidato presidencial, as altas figuras do PS não podendo prolongar por mais tempo o seu alheamento, desfazem-se em declarações de apoio, mas quanto a presenças nas acções de campanha: zero! O próprio secretário-geral farta-se de reafirmar o seu “inequívoco” apoio, mas ao lado de Manuel Alegre é que não o vemos. É caso para dizer que, se continuarem estas “enchentes” de VIPs socialistas nas acções de campanha, vai ser necessário mobilizar brigadas para evitar engarrafamentos nas estradas e reforçar o policiamento para impedir excessos de lotação nos recintos! Poder-se-á falar em verdadeiros figurões do apoio virtual!

Embora não tendo a certeza, parece-me que o ngenheiro Sócrates prefere Cavaco Silva como presidente! Só um milagre da Virgem Maria pode transformá-lo em candidato a primeiro-ministro pelo PS e dois milagres do seu Filho podem fazer dele o vencedor das próximas eleições legislativas… Como tal, não me parece que esteja muito preocupado com o que possa acontecer depois da queda do seu governo. A missão que lhe foi confiada de fazer as “reformas”, a que o PSD e o PP nunca se atreveriam, está praticamente cumprida, faltando apenas pequenos arranjos que ponham o Povinho completamente de cócoras a baixar as calças… em completa agonia. (Nesse aspecto ficará na história conhecido como José - o Determinado!)

Manuel Alegre, penso eu, não pode contar muito com o apoio das altas figuras socialistas, mas como os Portugueses não gostam de colocar os ovos no mesmo cesto, é natural que venha a beneficiar das previsões dos resultados das próximas legislativas… Como as sondagens indicam o PSD vencedor, é natural que Cavaco venha a ser prejudicado com isso, podendo Alegre aspirar a ganhar as eleições na 2ª volta (o que me parece difícil, mas não impossível).
O facto de Passos Coelho não agitar a bandeira dos bons resultados nas sondagens e se manter mudo relativamente à trilogia de Sá Carneiro tem a ver com a estratégia de não beliscar Cavaco, tentando a todo o custo que ganhe â primeira volta, pois havendo segunda arrisca-se a perder e a vida do PSD, com Alegre, não vai ser fácil.
Com Paulo Portas escondido à espera que o PSD lhe dê boleia, o PCP e os Verdes procurando escudar-se com um candidato sem a mínima possibilidade de seguir em frente e o Bloco de Esquerda a “aproveitar”Alegre, o País vai definhando perdido num emaranhado de interesses pouco claros...

Que pena os partidos da esquerda serem “chefiados” por reizinhos e principezinhos arrogantes que fazem tudo para não se entenderem (para não perderem os poleiros) em vez de trabalharem no sentido de construir uma maioria para trabalhar a sério... com gente honesta, competente e esclarecida, que saiba tratar de um País!
Os figurões de todos os partidos brincam com o País, em proveito da sua estratégia pessoal. Um dia havemos todos de acordar… Espero que não seja tarde demais!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Corrupção

O senhor ministro da Justiça, Dr. Alberto Martins, reconheceu que a corrupção “é um crime que mina as instituições e coloca em perigo as empresas”.
O cidadão comum que procura acompanhar o estado da nossa Justiça não verá nestas palavras muito mais que uma “sobra democrática”do seu pensamento nos tempos idos, que merece todo o meu respeito e admiração, agora “diluído” por mor das nobres e honrosas funções que lhe têm sido confiadas, em missões governativas, que muito se desviaram das expectativas dos portugueses, que como eu, nunca pensaram que fosse possível chegar à “calamidade” em que nos encontramos, tomando como base as promessas feitas em campanha e as palavras repetidamente proferidas por altos Signatários da Nação.
Confesso que fiquei de certa forma tranquilo, porque (pelos vistos) a corrupção não coloca em perigo o Estado Português, o que para mim significa que as “coisitas” que vão constando e que envolvem nomes sonantes e com grandes responsabilidades, não passam de meras invenções de uns quantos mal dizentes … incapazes, portanto, de colocar em causa a honorabilidade de quem “fiel, séria e responsavelmente gere o nosso destino colectivo.” Mas, por outro lado, fiquei algo apreensivo, com a possibilidade de o novo Gabinete anti-corrupção ser apenas mais um a juntar a outros, cujos préstimos não se vislumbram, e preocupado com a possibilidade de a super estrutura que se anuncia poder integrar alguém portador da doença… Na minha modesta opinião os membros da novo Gabinete (que é mais uma vergonha para a Justiça Portuguesa que, nestes anos todos em que a corrupção engordou, se mostrou incapaz de lidar com esta realidade e resolvê-la) devem ter as vacinas em dia!!! (… e que não aconteça com as vacinas o que aconteceu com o sangue, em tempos idos de má memória!)
Espero que o Mundo inteiro (menos eu) tenha respirado de alívio quando soube, pela boca do senhor ministro, que não há corrupção no Estado Português, que o possa pôr em perigo!
Vamos aguardar calmamente pela “descida dos juros da dívida soberana nos próximos dias”. Com serenidade aguardemos, também, o que vai acontecer a um Gabinete tutelado por um Ministro que parece não ter a certeza de que um dos nossos grandes males é a corrupção, a todos os níveis!
Não resisto a transcrever as palavras de um falecido amigo: “Em Portugal a corrupção não se vê, mas cheira muito”.
Há que apurar o olfacto!

sábado, 4 de dezembro de 2010

POBREZA INFANTIL … que vergonha!

Portugal é um país tão lindo!
Que pena que os nossos políticos sejam de tão fraca qualidade!
Segundo um estudo da UNICEF que se reporta a 2008 as nossas crianças são as mais pobres dos 24 países que integram a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE).
Com a pré-crise, a crise, a futura crise e todas as crises que consigam imaginar, (que só vão acabar quando as pessoas acordarem) Portugal piorou, não sendo preciso ser doutorado em Economia e Finanças para saber que as crianças estão hoje numa situação mais fragilizada do que em 2008.
Mesmo assim, os vampiros, os grandes senhores e todos os que diariamente engordam com a miséria de muitos, apoiados na mediocridade dos nossos políticos, têm a pouca vergonha de regatear a actualização do salário mínimo nacional para 500 euros. Talvez as “férteis” cabeças de alguns deles pensem que as crianças pobres não são filhas dos desempregados e daqueles que ganham isso ou menos para sustentarem uma família…
Sei perfeitamente do sacrifício de algumas pequenas empresas para pagarem os salários dos trabalhadores no fim do mês, mas esses terão que aliar-se aos seus empregados, no combate aos milhões a fundo perdido. Sei também que nem todos podem ser ricos (e muitos não querem mesmo sê-lo), mas um país que se preze tem que tratar bem as suas crianças.
Quem ainda perde tempo a ouvir as mentiras com que diariamente nos brindam os nossos chefes até fica convencido que as crianças portuguesas vivem no paraíso, mas pelos vistos (e infelizmente) é (mais uma) mentira!
Os senhores deputados, os senhores governantes e os senhores candidatos a governantes deviam ter vergonha e, em vez de perderem o tempo com lérias, deixarem de olhar para o seu umbigo e tratarem dos problemas do País.
Portugal não pode continuar assim!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

AcrobaCIAs

Não consigo perceber a necessidade de se mentir sobre os voos da CIA em território Português. Na altura, José Sócrates e Luís Amado, (like virgins) afirmaram com o ar mais sério deste mundo que nada aconteceu e que tudo não passava de mais uma tentativa de denegrir a (casta) imagem do Governo. Sir Amado disse mesmo que se demitiria no dia seguinte em que fosse provado que ele estava a mentir…
Como sei pouco de política e muito menos de segurança e segredos de Estado não consigo avaliar a importância e a necessidade, ou não, de tal ter acontecido, mas sinceramente fico preocupadíssimo quando vejo altas figuras da Nação mentirem com a mesma naturalidade com que falam verdade e se confessam ao Deus em quem crêem.
Vai sendo tempo de os portugueses deixarem de acreditar que tudo o que dizem os políticos, os jornais, a rádio e as televisões é verdadeiramente verdade verdadinha, mas quando se trata de mentiras para responder a questões relacionadas com direitos humanos, em que nos arvoramos campeões, mentir parece-me arrogantemente mesquinho, de muito mau gosto e que não pode deixar de ser punido, em nome dos mais elementares princípios!
Quem parar para pensar acerca das mentiras com que temos sido brindados nos últimos vinte anos (para não recuar muito no tempo) facilmente verifica que o mundo é dos bem falantes, dos mentirosos, dos falsos, dos ricalhaços velhos e novos (muito piores que os velhos), dos oportunistas e seus lacaios e de alguns sortudos a quem saiu o euromilhões (que não devem ser confundidos com os outros… Acabaram os princípios, a ética foi varrida para o canto, a competência deixou de ser um bem precioso e reconhecido, e, com raríssimas excepções , no sector público o trabalho só estorva a quem quer voar mais alto. Mentir e “esticar a corda” transformou-se na mais eficiente ferramenta política, para desgraça de quem ousa falar verdade!
Quando olho para o actual “naipe” dos nossos políticos distritais e o comparo os “hábeis artistas” que temos que ouvir todos os dias (quantas vezes a mentir?) compreendo melhor o estado em que se encontra o nosso distrito! Pelo pouco que conheço de alguns deles, estou convicto que precisam de aprender muito e depressa, antes que seja tarde demais, com a vinda de uns quaisquer reformadores que decidam retirar o distrito de Viseu do mapa, juntamente com todos os outros, excepto Lisboa, garantidas que estejam as ajudas de custo e outras alcavalas que lhe assegurem a sua prosperidade e as suas idas à grande cidade…
Mais uma vez apelo aos deputados e governantes do Distrito para que se mantenham alerta e façam uso da sua criatividade para, sem mentir, incarnarem a defesa dos nossos interesses e ajudarem a expulsar da cena política os vendilhões do templo.
Basta de mentiras!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Preservativamente…

Chamar “mera fixação no preservativo que significa uma banalização da sexualidade” ao que tem sido feito, em todo o mundo, para divulgar e recomendar o seu uso nas relações sexuais que possam envolver ou envolvam risco declarado para os seus autores e insistir na tecla que ”é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias", não passa de uma fuga para a frente de quem, embora sabendo que o uso do preservativo é o único meio eficaz contra a propagação da SIDA e de outras doenças, não quer assumir responsabilidades e reconhecer que tudo o que, a este propósito, a Igreja Católica defendeu, até há dias, é contra a Lei de Deus e contra a Humanidade.
Esta “abertura” do Papa para o uso do preservativo, peca por tardia e está manchada pela hipocrisia de muitos padres, bispos, (cardeais e outros que tais?) que pregavam a abstinência enquanto no segredo e silêncio das sacristias, dos claustros e dos locais de culto, violavam crianças e jovens e se exercitavam em práticas homossexuais.
Sinceramente espero que a admissão do uso de preservativo pelos católicos não seja “um erro de tradução” das palavras de Sua Santidade, porque algumas análises que já ouvi parecem indiciar que os preservativos a que o Papa se referiu têm que estar equipados com um dispositivo anti-prazer e com um detector de amor conjugal (aquele amor que eles tinham pelas crianças?!) para poderem ser utilizados no acto sexual católico.
À sombra da Cruz, foram muitos os que contribuíram (e alguns hão-de tentar continuar a contribuir) para o obscurantismo causador de tantos males, nos quais se inclui o aparecimento de novos casos de doença que provocam desajustamentos familiares e sociais gravíssimos e irreparáveis…
Para reparação dos pecados “vindos a lume ” e recentemente reconhecidos, está na altura da Igreja acrescentar um bom exemplo a outros que tem dado, começando por reconhecer que o Mundo de hoje não é igual ao de há dois mil anos e muito menos ao que o antecedeu. Sinceramente espero que a Igreja seja suficientemente forte para defender os valores intemporais e catequizar aqueles que não querem uma modernidade humanizada.
Esta decisão foi tomada tarde demais, mas como diz o ditado: Mais vale tarde que nunca!
Claro que a velha e caduca ortodoxia para não dar o braço a torcer, “preocupadíssima” com a moral alheia (não com a sua) vai certamente invocar: Atençãoe meuses senhoreses, a autorizaçãoe Papale não incluie sexorale nem anale!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

EN 229 com semáforos a enfeitar!

Os resultados obtidos com a mal projectada e quase ineficaz intervenção a que foi submetida a EN 229, estrada de ligação entre Sátão e Viseu, a que já me referi, aqui, por duas vezes, demonstram claramente que aqueles projectistas, tal como muitos outros técnicos de serviço público, não gostam de respirar o ar dos pinheiros (serão alérgicos às bichas?) nem de ar livre com outros odores, nem de alcatrão, preferindo o ar condicionado e o conforto dos gabinetes, dando uma imagem elucidativa do estado deplorável em que se encontram alguns Serviços, num País em que muitíssimos dos mais Altos Cargos da Nação são exercidos por reformados, que se fazem acompanhar e assessorar por competentes e vistosos jovens diplomados na Universidade Jota, talvez para que a média de idades dos Chefes, nos Ministérios, Assembleias, Fundações, Empresas Públicas, Gabinetes, Secretarias e outras Iguarias , não seja tão caracteristicamente “retraite”

Semáforos inanimados, de ornamentação, em Brufe e Cavernães acabam com quaisquer dúvidas sobre o mui respeitável e poderoso PUBLIC DESLEIXO!

Quando vou em viagem e me aproximo dos locais onde foram instalados aqueles “ferros ao alto”, (como já ouvi chamar-lhes) algumas vezes conduzindo acima da velocidade permitida, porque é muito difícil ir de Sátão a Viseu respeitando os limites de velocidade impostos pelas placas sinalizadoras “semeadas” ao longo do percurso, e ir atento à infinidade de traços no piso, fico sempre com a esperança que os “ferros” já funcionam, mas até agora (com muita pena e tristeza minhas) eles continuam apagadinhos e, devido à sua condição de semáforos, impossibilitados de gritar: dêem-me luz ou tirem-me daqui!

Não é, de todo, descabido pensar que aqueles artísticos engenhos são reaproveitados de uma qualquer via rápida e que estejam programados para acender apenas quando os automóveis circulam a alta velocidade, mas, meus amigos, se é isso que se passa, venham depressinha reprogramá-los, porque a vossa incúria já provoca comichão no fígado aos utilizadores…
Em conversa com um amigo, ele adiantou outra hipótese possível, que é aquelas coisas serem candeeiros e os senhores engenheiros das Estradas de Portugal entenderem (e muito bem) que durante o dia se vê perfeitamente, não precisando de estar ligados e de noite os carros trazem as luzes acesas e, como tal, também não precisam de estar acesos… Tudo isto em nome da poupança de recursos, para ajudar a tapar os buracos financeiros “nascidos” recentemente!
A NOVA ESTRADA DE LIGAÇÃO SÁTÃO – VISEU, pelos vistos, passou à história! Lá para 2020 presumo que esteja em esboço, arrumadinho num qualquer gabinete. Até lá, vamo-nos entretendo a ver o desenvolvimento de outros concelhos.

Aqui deixo um apelo aos senhores políticos distritais: Façam uma pequena demonstração do vosso empenhamento pelo desenvolvimento do distrito, agora que até já vamos ser scutianos pagantes, contra a vossa vontade, claro! (mas que não se nota!)
Lamentavelmente, os nossos políticos locais não têm tempo para estas pequeninas coisas. O que Portugal precisa é de grandes obras que nos levem todos para Lisboa!

Abençoada democraristocracia que tais filhos tem!

domingo, 14 de novembro de 2010

Adubar os mamões…

Estamos em época de adubações! Quem quiser boas culturas tem que adubar. As chuvas encarregar-se-ão de levar até à raiz das plantas os nutrientes que permitirão colheita abundante, de qualidade e bom aspecto.

Salvo raríssimas excepções quem não aduba não colhe!
Esta “verdade agrícola” passou a aplicar-se à política, onde também pela mão da Democracia nasceu uma nova classe social, constituída por bem falantes e engravatados, abrigados em fatos de marca: os mamões!
Tal como na planta, para que a colheita seja boa, os mamões da política são adubados, não por agricultores mas sim por “príncipes meninos relógio”, aparentemente laboriosos, astutos e ambiciosos, mas sem competência e coragem para constituir alternativa válida às políticas oportunistas, carregadas de ineficácia, embora geralmente bem sucedidas em termos de bem-estar próprio.

À medida que o tempo passa e a Democracia se vai aperfeiçoando (também) à custa de escândalos que envergonham qualquer pessoa de bem, os mamões que atingiram grande calibre, pouco ou nada valem no futuro, porque a sua aparência não passa de uma mentira… a caminho da derrocada!
Ainda faltará um tempo para que fiquem a nu, porque ainda existe quem lhes copie os métodos para tentar suceder-lhes, evitando que o Povo, farto de sofrer, os atire, já, pela janela fora, mas o dia virá, tenho a certeza, porque cada vez são menos os que se deixam iludir com falsas promessas.

Nas suas diferentes matizes: vermelhas, rosas, laranjas ou amarelas, muitos deles estão “privilegiada e chorudamente” reformados, o que faz que sejam DMs (duplamente mamões)

No que ao PS diz respeito e de quem ainda sou membro com as quotas em dia, o grande “equívoco”de muitos reside no facto de acreditarem em novas políticas protagonizadas pelas velhas lapas, muitas delas “mamões a tempo inteiro”, verdadeiros embaixadores da “lavagem” das políticas da responsabilidade dos sucessivos governos, que nos conduziram a esta situação de quase mendigos e de “aldrabões” aos olhos do mundo.

O Partido Socialista não pode ser “isto” a que assistimos! Tem que começar por deixar de adubar os mamões para voltar a ser a esperança dos Portugueses (tão sacrificados pelas políticas totalitárias, hoje albergadas na Direita Portuguesa) que, em considerável número, começam, perigosamente, a desejar o regresso aos tempos idos

É urgente e necessário não dar tréguas aos corruptos, combater o facilitismo, o desleixo e o compadrio, a preguiça e a fraude, valorizando o trabalho e defendendo o direito a ele… Tudo, quase, ao contrário do que temos vindo a assistir.

É altura de os mamões de todas as cores pagarem a crise, mesmo que isso comprometa o ar anafado e as carecas luzidias de alguns deles.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O lapso


O Julgamento Casa Pia pode ser reaberto devido a "lapso" com Carlos Cruz! Segundo afirmou Ricardo Sá Fernandes, seu distinto advogado, existe um "grande grau de probabilidade de o julgamento da Casa Pia ser reaberto depois de o recurso do Ministério Público concordar que o acórdão é nulo numa parte relativa à casa de Elvas”.
Receio que estejamos a um passo de ter que indemnizar os pedófilos e pedir-lhes desculpa pelos prejuízos causados. Nada de muito estranho para quem seguiu a “novela” Casa Pia.
Se não fosse lapso era outra coisa qualquer…
Já não sei se hei-de concordar ou não com uma já falecida amiga que dizia que gente deste quilate ou é castigada na hora ou então os maus da fita passam a ser as vítimas, porque o tempo e o dinheiro limam as arestas e o que era bicudo fica redondo, o que era limpo fica sujo, o que era branco fica cinzento, o que era verdade passou a ser quase mentira e até o crime se disfarça de virtude…
Se não se conseguir “demonstrar” que os culpados foram as crianças que se atravessaram no caminho daqueles respeitabilíssimos senhores… para mim, já não é mau!
Mais uns milhões menos uns milhões para indemnizar os “mal condenados” não é coisa de monta, no país em que vivemos!
Faz doer o coração tanta hipocrisia!
Quando penso no processo Casa Pia lembro-me sempre daquela história que se conta de um advogado (virtual, certamente) que quando um cliente o consultou para lhe dizer “matei a minha vizinha, mesmo agora” imediatamente retorquiu: matou não! Dizem que matou, mas isso é o que vamos ver, até porque agora não podia ter sido, porque o senhor está aqui comigo!

Doutos e competentes senhores que fazeis, interpretais e aplicais as Leis:
- Repitam e anulem tudo as vossas sábias mentes entenderem por bem!
Eu continuarei a gritar:
- Pedófilos para a prisão, já!

domingo, 7 de novembro de 2010

Ruas’Mamarracho Historic Center

Confesso que tive alguma dificuldade em encontrar um título para este meu escrito, feito em jeito de desabafo (porque a revolta não cabe dentro de mim).
Optei por escreve-lo em linguagem “macarrónica” para condizer com a qualidade de uma obra de ampliação em altura, erguida no coração do Centro Histórico da Cidade de Viseu. Desconheço quem foi o autor do projecto, mas consigo enxergar que ele só avançou com a aprovação do mui conceituado corpo técnico urbanístico da Câmara Municipal e com o aval do não menos competente e digníssimo poder político, presidido por Fernando Ruas, autarca de mérito e valor, que muito (bom e mau) tem feito pela cidade, mas que com aquele mamarracho borra a escrita todinha, de alto a baixo e para os lados, não se conseguindo compreender como é que caiu nesta patetice .
Ninguém acreditaria que em pleno coração do Centro Histórico alguma vez alguém se atrevesse a edificar uma monstruosidade assim, mas uma coisa é certa: a obra está feita, parece estar segura, não consta que tenha sido clandestina e como tal, em nome do interesse público, alguém tem que explicar como é que aquele aborto ali nasceu.
Viseu já era conhecida como a cidade do “prédio alto da Caixa”, erguido e mantido graças ao poder corporativo que se borrifou e continua a borrifar para a cidade, sempre que isso colida com os seus interesses. Ficou também tristemente famosa pelo arrancamento das lajes graníticas carregadinhas de história, que umas más línguas dizem (mas eu não acredito e o leitor certamente também não) terem ido para paragens estrangeiras a “custo zero”e outras dizem que a autarquia só teve que pagar o transporte…
Admito que a criatividade urbanística que fertilizou o génio dos arquitectos e engenheiros da autarquia em harmonia com a inovação que caracteriza as decisões do poder político tenham parido aquela imbecilidade para a cidade de Viseu andar nas bocas do mundo e atrair visitantes, mas não me parece que essa seja a forma adequada para divulgar a cidade.
Uma outra possível explicação para este atentado ao património e ao bom gosto poderá ser facilitar-nos a vida quando algum forasteiro nos perguntar onde fica a Sé Catedral, o Museu Grão Vasco ou a Igreja da Misericórdia, pois podemos facilmente resolver o problema dizendo que ficam ao lado do Ruas’mamarracho (umas águas furtadas panorâmicas tipo fabbbore) sito na Rua Grão Vasco, nº 12.
Seja qual for a finalidade ou o motivo, o que me parece é que ninguém de bom senso pode admitir uma coisa destas! É dever de todos os visienses lutar pela demolição deste mono.
Para terminar (por hoje) e falando em “linguagem agrícola” direi que estragaram as culturas tradicionais e substituíram-nas pela cultura do milho e, depois da malha, quem ensacou o cereal deixou a eira muito mal varrida.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A alma…

Nos tempos da minha juventude era comum ouvir-se dizer “o segredo é a alma do negócio”. Tenho a sensação que esta orientação não tinha em vista cometer qualquer desonestidade, apenas tinha como finalidade não entregar à outra parte os trunfos que garantiam uma boa negociação…
Penso que esta máxima ainda se aplica no mundo empresarial, mas no que diz respeito ao Estado Português, só falta mesmo os nossos políticos e a comunicação social enviarem as cábulas aos especuladores para eles detectarem todos os pormenores da nossa fragilidade económico financeira, não vá escapar a esses abutres qualquer motivo para nos extorquir mais uns milhões.
Ao secretismo, à astúcia, à manha e à ausência de qualquer preocupação social do capital especulador, os nossos políticos respondem com um despejo na praça pública das nossas fragilidades… e depois fazem um ar muito apreensivo com a subida dos juros da dívida pública.
Os nossos pontos fortes e o nosso potencial como País são pura e simplesmente desprezados, (se calhar com a ilusão que com mais uns milhões em publicidade melhoramos a nossa imagem!) Já escrevi e repito que muita rapaziada que decide devia ter vergonha da figura que faz e ir falar para o cano de esgoto, onde os fedores se equivaleriam …
A comunicação social faz o seu papel, porque sabe que quanto mais alarmismo, mais vendas! A nossa autodestruição avança em ritmo acelerado.
E assim vai Portugal. Uma ampliação de fraca qualidade de Dona Branca, em “formato lavandaria” (que, até, existe).
Não há nada para dizer bem de Portugal, senhores da comunicação social?
Por que não avança o Fundo Monetário Europeu? Talvez , porque o segredo seja a alma do negócio para a senhora Angela Merkel… E nós, espalhados pelos quatro cantos do mundo, a vê-los passar!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Porra, já chega!

O Orçamento 2011 foi aprovado. Todos já sabíamos isso, a partir do dia em que Passos Coelho começou a ameaçar com um possível chumbo.
A partidarite dos principais líderes transformou-se num pesado encargo para o País com os juros da dívida soberana e comprometeu gravemente a nossa credibilidade externa…
Não tenho seguido de muito perto a imprensa estrangeira, mas dá para ver que aos olhos do mundo somos pouco mais que pacóvios lavadores de roupa suja. Se caísse um dente aos deputados e governantes em cada vez que invocam falsamente o interesse nacional para justificarem as suas “diarreias”, tinham que implantar próteses dentárias totais!
O que se passou na Assembleia antes e depois da apresentação do Orçamento é uma tremenda falta de vergonha… Para mim, aqueles distintos senhores e senhoras estavam bem num cano esgoto, pois é esse o único sítio em que as sua fedorentas palavras poderiam encontrar algum eco positivo.
Será possível que o significado e o simbolismo do espaço onde sentam (provavelmente nem sempre) os imaculados rabinhos não é suficiente para os manter educados a debater as graves questões que nos afectam, com sentido de Estado, que dê uma imagem real do Povo Português?
Não brinquem mais com o País! Basta de palhaçadas! A hipocrisia tem limites!
Se aquele ambiente é para continuar, o melhor que temos a fazer é uma greve geral no dia das eleições e esperar que alguém tome conta de nós.
Pior que isto… é muito difícil!

Finalmente

Depois de muitas perdas de tempo e energia que causaram grande “mossa” nos juros da dívida soberana, na nossa credibilidade externa e também na nossa, já baixa, auto-estima o PSD lá foi “ao rego” e agora passa o tempo a tentar justificar as aselhices e contradições de Passos Coelho, que deve estar com uma dor de estômago do tamanho de um comboio, depois de ter que engolir tantos sapos…

Sócrates voltou a demonstrar a sua “arte” encostando o “adversário” às cordas para lhe dar o KO final no seu próprio ringue.
Se bastasse ser hábil para ser chefe de governo, Sócrates seria imbatível, mas o problema é que só isso não basta e os Portugueses começam a perder a confiança nele, como se constata nas últimas sondagens, que dão maioria folgada ao PSD, mesmo sendo chefiado por uma “arara política”…
É a vingança pela “mentira” em que vivemos nos últimos anos, mesmo sabendo-se que do PSD nada melhor virá.
São frequentes os desabafos “PS nunca mais” que se ouvem de pessoas que sempre foram socialistas, mas que se fartaram desta “teia” indestrutível de príncipes nacionais, regionais e locais, que gastam e esbanjam à farta, com o cidadão comum a definhar dia a dia, vítima de sucessivos roubos aos seus direitos e ao seu erário.
Ouço muita gente dizer e comungo dessa opinião: - Este PS não é o nosso!

É preciso fazer qualquer coisa para combater a “rede de interesses “ que comanda o PS, encontrando alternativas para as suas chefias a todos os níveis, que ou são assumidas pelas “lapas” do costume ou por alguém estrategicamente escolhido por elas para salvaguarda das suas posições e benefícios.
No actual quadro partidário poucos são os que servem com espírito de missão e são muitos os que se servem da política em seu benefício próprio. Infelizmente, o PS não é excepção e não raras vezes somos confrontados com “vergonhas” que me entristecem.

Com o País de rastos, o PS quase de rastos e os Portugueses a dar sinal que querem o Cavaco e o PSD, chegou-se a um entendimento entre o Governo e o maior partido da Oposição, mas palpita-me que pouco de bom vai acontecer nos próximos anos.
Enquanto é tempo, é preciso revitalizar o PS, pois tal como está, excluindo o “pesado aparelho”, poucos são os que acreditam…
Vamos ter que preparar-nos para a vinda do FMI que virá, mais tarde ou mais cedo, apesar deste acordo, que não acredito que seja para cumprir! Quando as “comadres”se voltarem a zangar vamos ter que reviver este pesadelo dos últimos tempos. Não me admira que volte a haver tentativas de conciliação, sempre na salvaguarda do “interesse nacional”de castas cada vez menos numerosas. Nessa altura cá estarei para outro”finalmente!”

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O escandaloso meritíssimo ranking…

O escandaloso ranking em que o Relatório de 2010 da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça coloca a Justiça Portuguesa ajuda a compreender o estado calamitoso em que se encontra nosso país, vitima de conluios que o transformaram numa República das bananas com os políticos a tirar partido dos privilégios concedidos aos juízes, deuses da terra…
È muito triste ouvir dizer que os juízes em Portugal são muitos, trabalham pouco e ganham demasiado,… tudo em nome da “independência do poder judicial!...num País de políticos de meia tigela, que neste momento devem ser 90% dos propriamente ditos…

Mesmo depois das denúncias da Comissão Europeia, que todos já constatámos, parece que o “meritíssimo gang”vai continuar a ser privilegiado, depois de ilibados (embora com estrondo) os políticos de todo e qualquer “atropelo”… em simultâneo com a avaliação de Muito Bom e Excelente com que todos foram contemplados…

A imagem da Justiça Portuguesa está pelas ruas da amargura, mas mesmo assim não há memória se um juiz condenado pelos escandalosos atrasos da Justiça ou por sentenças que proferem e nos arrepiam…

Eu, que não percebo muito de justiça, “afino” o meu pensamento pela”lástima” da FPF, recheada de jubilados que fizeram escola e construíram o “paradigma futebolístico” que todos conhecemos…

Compreendo que, nos dias de hoje, julgar é difícil e arriscado, mas ninguém pode borrar a escrita mesmo que, compreensivelmente, borre as calças, porque a Liberdade obriga a que cada um abrace a sua vocação.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele!
Acabou o tempo das virgens prostitutas!
Precisamos de Justiça.!
Juízes ao seu sítio, já!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ó rego, amarelinha!

Esta “farsa”orquestrada por Passos Coelho e pelo PSD com a hábil conivência do PS de José Sócrates (no seu próprio interesse, para “legitimar” o mexer no nosso bolso já depauperado, em defesa do “interesse nacional” de uns quantos privilegiados, deuses terrenos que, pelo facto de o serem, têm direito às nossas orações, aos nossos sacrifícios e aos prazeres do Olimpo) quase nos faz sentir culpados pela “desgraça” que se abateu sobre o País, levando-nos a acreditar que foram os baixos e médios salários e as reformas adquiridas no final do necessário tempo de serviço (nunca inferior a 36 anos e 55 anos de idade) que levaram à actual situação de estagnação do desenvolvimento e de crise financeira.
As peripécias da negociação do Orçamento fazem-me lembrar os meus tempos de criança em que o meu pai me encarregava de andar à frente das vacas (depois de se certificar que eram mansas) enquanto procedia à lavragem das terras que hoje, juntamente com todas as outras que lhes são confinantes, pertencentes a outros agricultores, se encontram incultas por não ser rentável a sua exploração, a partir do momento em que os nossos ministros da Agricultura decidiram que Portugal devia receber subsídios para não produzir e penalizar quem insistisse nas lides agrícolas, obrigando-o a viver na miséria.
Nesse tempo era comum lavrar os terrenos com charruas puxadas por uma junta de bois (não dos actuais, porque esses escrevem-se com Y) ou de vacas, normalmente de pelo amarelo (as amarelinhas, como o meu pai lhes chamava). Durante as lavragens, com alguma frequência uma das vacas, por cansaço, por teimosia, por fome ou por qualquer motivo que só ela sabia, atrasava-se um pouco e daí resultava que a charrua saísse do sítio certo…
Nessa altura o meu pai, com voz de comando de oficial que nunca foi, (porque serviu a Pátria como soldado) dizia “ó rego amarelinha!”e as vacas como que por magia retomavam a marcha certa (uma delas no rego). Se não obedecessem prontamente, picava ligeiramente no traseiro, com uma aguilhada que sempre empunhava, a vaca que queria ficar para trás e tudo se resolvia, durante um tempo, até que uma das vacas voltasse a desatinar…
Era assim que se conseguia uma boa lavragem… e, com mais ou menos picadelas no rabo, as vacas eram sempre premiadas com uma boa refeição de erva fresca.

Salvem os juízes, pá!

Oh meus amigos:
Nesses homens e mulheres não se mexe no pecúlio. Não é justo, porque eles ganham pouquinho e têm umas reformas de miséria…! Se não fossem aquelas “alcavalas” para a renda de casa, para … e não sei para que mais, dificilmente sobreviveriam!
Já imaginaram o que seria se um meritíssimo juiz tivesse que preocupar-se com problemas de falta de dinheiro? Como é que eles conseguiam julgar? Isso de preocupações com a falta do vil metal é para os humanos, não é para os Deuses da terra.
Um juiz é um juiz, não pode ter “quebrações “ de cabeça para poder estudar as leis e julgar com imparcialidade. Eu acho que elas deviam receber o que lhes apetecesse, ter um cartão de crédito ilimitado (como parece que alguns fidalgos têm) para, sempre que necessário, satisfazerem, na hora, as suas sábias e doutas necessidades.
A minha prima Ambrósia diz que mexer nas pensões e nos vencimentos dos meritíssimos juízes é uma “manobra” de muito mau gosto, uma vingançazinha feia, quiçá um crime! Não se cansa de espalhar aos quatro ventos que se os portugueses soubessem quão difícil é a sua profissão, deitavam-se no chão e faziam uma passadeira para eles não sujarem os sapatos na lama, quando fossem a entrar no Tribunal.
Salvemos a honra e a dignidade dos juízes. Logo que possível o Governo deve iniciar um peditório nacional, com vista à criação de um fundo de emergência para os nossos juízes.
Isto pode lá ser?! Vocês sabem lá o que é um juiz?!
Apertem-nos o cinto, até para lá do último furo, com os PECs, mas deixem os meritíssimos juízes usar suspensórios. Ouçam e acatem a opinião do Sindicato, porque se trata de pessoas muito credíveis e isentas.
Há dias uma prostituta que ficou escandalizada com esta partida que fizeram aos juízes disse para quem quis ouvir (e eu achei graça): A vida deles é como a nossa - Não é fácil!
Tenham dó! Salvem os juízes, pá!

domingo, 17 de outubro de 2010

Rankings…

Os rankings escolares são demagógicos, porque querem comparar duas realidades completamente diferentes… Mesmo desvalorizando alguns contextos pouco abonatórios em que se realizam os exames nas escolas privadas, a Escola pública aceita todos os alunos, enquanto a Escola privada escolhe os seus alunos!
São Universos incomparáveis, mas o analfabetismo do senhores jornalistas, quiçá resultante das “novas oportunidades” na comunicação social, é gritante e subserviente à estratégia de “vender” privado, provavelmente para pagar “canudos”adquiridos, à pressão, em fins de semana e dias santos de guarda…
A argumentação da Senhora Ministra da Educação é, também, demagógica, porque encobre o facilitismo legal instalado nas escolas públicas e a desvalorização /ridicularização dos professores e da função docente, que são factores “de peso” na qualidade da Escola. Ao tentar “vender” uma imagem exagerada nas virtudes e qualidades da Escola pública está a faltar à verdade, porque todos sabemos que a Escola pública está longe da desejável qualidade.
Cada vez mais os rankings hão-de dar piores resultados para a escola pública enquanto ela tratar de forma igual os que querem e os que não querem estudar, os aplicados e os mandriões. Alguns “macambúzios” não aproveitam as oportunidades que lhes estão a ser dadas e até pensam que fazem um favor a alguém por trazerem os filhos na Escola. Os bons rankings só serão possíveis na generalidade das escolas públicas quando os nossos jovens se capacitarem que têm que trabalhar e que o seu trabalho, enquanto estudantes, é estudar! Os papás tem o dever de exigir aos seus filhos que estudem em vez de procurarem bodes expiatórios para lhe proteger a cabulice.
A nata social e económica (muita quase analfabeta) continua a insurgir-se contra as Universidade para os filhos dos outros, quase parecendo que ser licenciado é um “retrocesso” no bem-estar de alguém ou uma “complicação de vida”. Aquele argumento, muito em voga, de que nem todos podem ser doutores é verdadeiro, mas por favor não escondam que a nossa percentagem de licenciados é baixíssima, comparada com a de outros países desenvolvidos.
Só os que são mal intencionados e os pacóvios é que podem dizer que temos demasiados licenciados e que “a chave para o desenvolvimento” são as escolas profissionais. É lógico que o desempenho profissional, cada vez mais específico e restrito, não necessita que todos sejam licenciados, mas o ideal era que o fossem, porque a cultura e o saber nunca fizeram mal a ninguém… Não é por serem licenciados que os electricistas, os canalizadores, os sapateiros, as costureiras e todas os técnicos deixam de ser bons… Já sabemos que quem trabalha não tem tempo para ser rico, mas pelo menos deixem-no ser licenciado!
Embora não deva ignorar os rankings, considerando-os sempre mais um indicador da sua acção, a Escola Pública não pode viver obcecada com eles, até porque eles estão a ser aproveitados para tentar denegrir a Escola pública, realçando as suas fraquezas e omitindo os seus pontos fortes, de uma forma vil e desonesta.
A Escola pública deve dar aos rankings a importância que eles têm (pouca) e centrar antes a sua preocupação no facilitismo, na indisciplina e na “mediania” que caracteriza o conhecimento que disponibiliza aos alunos, o que faz com que os mais inteligentes, mais aplicados e mais estudiosos sejam severamente penalizados.
Enquanto nos distraem com os rankings, o País afunda-se em interesses partidários que não permitem debater e resolver o nosso problema (estrutural). Os líderes refugiam-se na caça ao voto em vez de empenharem na caça à produção e à qualidade e no combate ao défice e às fugas, trocando “mimos”hipócritas, exemplos de retórica barata e má educação!
À margem dos rankings, o País continua a definhar!
Quanto à crise… Está previsto que (só para alguns) continue!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Viva Portugal !

Se os países estrangeiros nos avaliassem pelo mal que dizemos de nós próprios a nossa “fotografia” internacional seria uma mancha negra de borrões difusos em que não se distinguiria se somos uma República Democrática ou das bananas…algo muito próximo do nunca visto…
Felizmente a credibilidade externa de alguns políticos da nossa praça é muito fraca e assim os seus “venenos” que apenas obedecem à estratégia da caça ao voto interno não fazem grande mossa (mas fazem alguma) nas “ressonâncias magnéticas” a que as Entidades Internacionais nos sujeitam, para medir (às vezes mal) aquilo de que somos capazes, enquanto povo empreendedor, pacífico e civilizado que já deu (e há-de voltar a dar) cartas ao mundo…
A “desvalorização” com que nos autoflagelamos é confrangedora e neste aspecto não vejo muitas diferenças entre a esquerda, o centro e a direita, que são conceitos desactualizados, dizem os modernos, mas que eu não gosto de ver confundidos, no inevitável e salutar convívio democrático
A eleição de Portugal para Membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU é uma prova do nosso prestígio internacional e devia servir de lição àqueles que, sem argumentos válidos para ultrapassar a crise que vivemos, se refugiam no bota abaixo, no quanto pior melhor, para aparecerem como salvadores da pátria, dispensados de respeitar os princípios democráticos, em nome da urgência e da eficácia.
Já referi várias vezes que não concordo com as medidas tomadas pelo actual Governo, por abrangerem quase e só os que são menos responsáveis pela crise. Também já escrevi que esta Europa não me agrada, mas… daí até dar razão aos causadores da crise ou aqueles que estão sempre em crise, vai uma distância muito grande.
Em Portugal, a oposição não quer governar nem deixar governar! Queria que o PS governasse com base nas suas doutas vontades. A Isto chama-se hipocrisia, porque se a oposição não usou os mecanismos à sua disposição para derrubar o Governo e se não quer chegar a acordo, deve deixar governar o PS com o seu Orçamento e Programa, até ao dia em que assumir derrubá-lo e sujeitar-se a eleições democráticas.
Embora acredite que à última da hora a esquerda não permita a queda do Governo, sinto alguma curiosidade em ver O PSD e o CDS governar, mais que não seja para reabrir os olhos a alguns profetas, de memória curta, que já se esqueceram como viviam antes do 25 de Abril... O problema é que, um tal governo, agravaria a situação dos que menos têm e daí a minha luta e a minha esperança numa renovação do PS que dê férias às “lapas” que estão sempre com o novo líder, mesmo que tenham feito o seu percurso e construído o seu currículo a desacreditá-lo.
Enquanto os novos homens políticos de amanhã pensam na forma como vão acabar a selva financeira, com o despesismo central e local, com a corrupção e a fuga ao fisco, com a demora na Justiça, com alguns problemas na Saúde e na Educação e com a forma de a crise ser proporcionalmente paga por todos, vamos ter que aguentar estes “tecnocratas” que nos “arrastaram”para a situação em que nos encontramos, sempre a sacudir a água do capote e a lavar as mãos como Pilatos, como se quem se candidata aos lugares da Assembleia, do Governo ou das Autarquias não tenha que prestar contas aos eleitores, seja governo ou oposição.
Vamos ver o que nos vai dizer Passos Coelho no dia em que o OE 2011 for aprovado. (a comunicação ao Pais anda a ser preparada, há muito tempo, mas acho que vai dar raia.)
Aguardemos para ver o que vai fazer o Governo do PS com o Orçamento aprovado. Se for para continuarmos nesta angústia e incerteza permanentes, neste sufoco com as previsões a falhar, que venha o FMI. a FMIa, o BCE e a tia ! Quem sabe…, pode ser que eles se lembrem, também, dos ricos e daquelas muitas centenas de Institutos, Empresas Públicas, (a)Fundações e outros Organismos em que se abrigam os boys de todas as cores, com cartões, popós, motoristas e assessores… que, a fazer nada, são reis e senhores!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

REPÚBlá blá blá…

Sinto-me enjoado quando ouço os mais altos servidores da Nação (e os menos altos, também) falar dos princípios e valores Republicanos que há cem anos animaram um conjunto de homens , fartos de aturar as peripécias de um sistema que, por estar tão apodrecido, se desmoronou com alguma facilidade. (O que eles sabem de história!… mas seria bem melhor que em vez de nos brindarem com lições da dita e apelos aquilo que não temos, nos concedessem a graça de deixar de mexer no nosso bolso, quase vazio.)
Tal como tem vindo a acontecer nas últimas décadas, a apatia de um povo à míngua, nessa altura, foi perpetuando um regime que sistematicamente o desrespeitava e ignorava as suas legítimas aspirações, fazendo dele um autêntico burro de carga, ao serviço dos seus caprichos. Passados que são 100 anos, a apatia do Povo, adormecido com a “árvore das patacas da Europa”, (plantada e arrancada várias vezes com subsídio), continua a ser uma triste realidade, permitindo que uma classe política oportunista e incompetente (e seus afilhados) viva à grande, gaste o que lhe apetece, esbanje o que lhe der na gana e o obrigue a pagar a factura do seu “repasto”.
Ao convite nacional de participar nas comemorações o povo respondeu com quase total ausência, na maior parte dos sítios em que as bandas tocaram o hino e os “fanfarrões” se preparavam para “botar” discurso demorado. Que bom seria para a nossa Democracia que esta ausência tivesse sido consciente, mas mesmo que não o tenha sido, se os nossos políticos quiserem parar um pouquinho para pensar, já podem extrair desta ausência algumas conclusões. No caso de a ausência significar apatia, a situação é grave e deve merecer especial atenção.
É minha convicção que os senhores políticos da posição e da oposição que são responsáveis pela situação actual do nosso País, através das suas “sábias”(in)decisões, vão deixar de ser impunes. Aqueles que teimarem em considerar-nos atrasados mentais, vão ser confundidos com canhões quando o Povo começar a cantar o Hino!
E se isso acontecer, o novo 25 de Abril que já ouvi muitos defender, não vai certamente ser meigo… Enquanto é tempo, sejam sérios, assumam as vossas (ir)responsabilidades e (in)competências, agindo em conformidade. Há muita terra para cavar e muita gente que vê para lá do dinheiro, único Deus que, à percentagem, adorais e servis fielmente!

sábado, 9 de outubro de 2010

Cinco mil reis de cultura…

Sem qualquer intenção de ofender a nossa classe política, quero começar por dizer que considero que a mesma prima pela ausência de classe! Classe alicerçada no conhecimento, na cultura e não nos popós, fatos e gravatas caros, de marca, porque essa não lhes falta… enquanto formos nós a pagar!
A Arte da política é apanágio de quem é culto e não de quem tem na cabeça um deserto de ideias, que não lhes permite ver para lá da finança e dos números… Os políticos têm que ser capazes de governar em vez de se desculparem, dar-nos presente em vez de nos roubarem e preparar o futuro em vez de o hipotecarem. Têm que ser pessoas de grande capacidade e inteligência, acima da média do comum dos mortais.
E o que é que vemos â nossa volta? Observando, talvez encontremos as raízes da situação que vivemos! O que se está a passar no nosso País, na Europa e um pouco por todo o Mundo é pura e simplesmente vergonhoso! Não há justificação para que, nos dias de hoje, continue a haver tanta fome e tanta miséria. Fome e miséria são a marca da pobreza cultural dos nossos governantes.
Em Portugal, no presente momento somos governados por políticos de “viseira, muitos feitos nas JJ, à revelia do conhecimento e da cultura, substituídos por seguidismo e militância.
Admito que esteja enganado, mas Cavaco e Sócrates não são homens cultos. Para mim, cada um à sua maneira, são homens de “bobine”, que aprenderam a “contornar a verdade” e a distribuir sorrisos pela multidão… Considero-os tecnocratas de segunda água!
Gostava imenso de os ver juntos com indivíduos de reconhecida craveira intelectual e cultural a debater as grandes questões do mundo de hoje, sem recorrer a penas a números e a banalidades… Tenho a convicção que entrariam mudos e sairiam calados, porque o seu conhecimento, parece-me, é muito limitado fora da sua “especialidade” onde, mesmo assim, até agora, falharam redondamente, para prejuízo de quase todos nós. (com as excepções que, a conta-gotas, vamos conhecendo e ficando escandalizados…)
Obrigados que somos a apertar os cordões à bolsa, cinco mil reis de cultura geral é a minha receita para os nossos (futuros)governantes!
Não sei fazer a conversão de reis para euros. A única coisa que sei é que o euro duplicou o meu custo de vida, enquanto o meu salário se manteve quietinho!

domingo, 3 de outubro de 2010

(n)O último pacote…

Mesmo acreditando que a maioria dos portugueses não padece de “disfunção de género” tenho algumas dúvidas quanto à sua recusa de aceitar … (n)o pacote, a avaliar pela apatia com que recebem os sucessivos “pacotes de aperto de cinto”, que estruturalmente nada resolvem, (porque em nada mexem), apenas adiam a resolução dos problemas por algum tempo…
Este “assalto” que os nossos responsáveis políticos se preparam para nos fazer, incluindo aqueles que dizem que são contra (porque sabem que o seu voto nada conta), é vergonhoso, imoral e intelectualmente desonesto!
O “monstro”, criado por vós próprios em vosso benefício, serve para justificar o ataque a tudo o que é público, mas o prazo de validade desta mentira está a chegar ao fim. Não vai tardar muito para que os privados, trabalhadores por conta de outrem e mesmo os pequenos empregadores, não comecem a torcer a orelha, pelas palmas que agora batem à perda de regalias (que demoraram décadas a conquistar), dessa “cambada de preguiçosos que são os funcionários públicos”… (Qualquer “intelectual” privado afirma convictamente: estas medidas eram necessárias!)
Não está longe o dia em que os laboriosos empresários e muitos aprendizes desse “nobre engenho e arte” baterão à vossa porta, “convidando-vos “ a trabalhar mais e a ganhar menos, em nome das suas dificuldades pessoais (muitas vezes falsas) e dos superiores interesses do País em crise… Talvez, nessa altura já seja tarde demais para impedir o que quer que seja, mas pelo menos aproveitai para reflectir se a riqueza deve ou não ser fruto de manobras especulativas em jogos de bolsa e se a miséria deve ou não ser a “marca” de quem vive do seu salário, público ou privado. O “ciúme” que sentis dos funcionários públicos por terem (em alguns casos) melhores condições de trabalho, é a enxada com que estais a cavar a vossa própria sepultura… (Oh meu povo cabisbaixo, por que olhais só pra baixo? Subi ao planalto e olhai pró alto!)
É urgente deixarmos de prestar vassalagem a um qualquer engravatado bem falante que nos engana, e, quem é pobre, deixar de estar disponível para enganar quem é mais pobre que ele…
Não sei por quanto tempo vamos ter que viver a fingir que somos atrasados mentais e que consideramos normal o que se passa nas sociedades de hoje, mas uma coisa me parece certa: com os pobres cada vez mais e mais pobres e com os ricos cada vez mais ricos, isto vai lugar à revolta dos aflitos! Também estou certo que os carteiristas, em breve, passarão a gritar: quieto, isto é um pacote!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Diarreiamente falando…

Numa tentativa, nem sempre conseguida, de não me deixar abater pela crise, continuando a sorrir, mesmo sabendo que serei mais um condenado a pagar os luxos da elite, pus-me a magicar o que aconteceria se os nossos políticos ficassem todos, ao mesmo tempo, de diarreia… Diarreia a sério, porque das”mentais “nós já conhecemos, infelizmente, o resultado!

Todos já sabem (excepto Passos Coelho e muito poucos mais) o que se vai passar na Assembleia, relativamente à aprovação do Orçamento de Estado para 2011, mas é completamente imprevisível o que aconteceria se desse uma dorzinha de barriga, daquelas que não dá para encolher, a todos os senhores deputados, no minuto antes da votação …

Se tal acontecesse, (cu diabo seja surdo!) será que aguentavam firmes e hirtos?
As mui respeitáveis senhoras usariam o polegar e o indicador para apertar os seus belos narizes, como faz a aristocracia no Bolhão, quando finge que está a cheirar o peixe, ou utilizariam outros dedos?
E que perfume se sobreporia aos demais?
Os senhores deputados dos vários géneros, no momento da votação limitar-se-iam a levantar o braço, como habitualmente, ou ficariam agarrados às barriguinhas, tentando evitar o pior?
Correriam em debandada para as casas de banho, sem olhar às placas identificativas H ou M e sem dar prioridade às damas?
Aliviar-se-iam no local, utilizando depois o jornal acabado de ler?
E quanto a sonoridades? Seriam idênticas ou daria para distinguir os diferentes assentos parlamentares?
As sonoridades governativas seriam em mono ou em stereo?
E como reagiriam as galerias quando se apercebessem que era m… autêntica da “realeza”e não uma qualquer, de marca falsificada, e que afinal… cheirava mal?

Sinceramente não faço ideia do que aconteceria, mas cultos, sensatos, educados e inteligentes como são, arrisco afirmar que os senhores deputados da nação dariam primazia ao Governo (cortesia com os convidados) e optariam por se dirigir ordeiramente às casas de banho, cumprindo o plano de evacuação existente obrigatório, procurando ser breves, retomando a votação apenas quando todos estivessem presentes, dando assim ao país e ao mundo uma lição de civismo e boas maneiras...

A verificar-se esta hipótese, seria imperdoável que os senhores deputados e os senhores governantes, depois do serviço, se esquecessem, como fazem com o País, de lavar as mãozinhas (mãos limpas é bonito) e as boquinhas (porque mentir é sujinho e pode provocar mau hálito).
Os “ainda machos” que o não tivessem feito em casa, deveriam aproveitar a oportunidade para colocar um preservativo, evitando assim uma gravidez geral dos que já sobrevivem com dificuldades!

Por uma questão de poupança, só o último deveria puxar o autoclismo, salvaguardando, evidentemente, o risco de se afogarem na dita, devendo, neste caso, o seu acto ser considerado emergência, não passível de qualquer penalização, à semelhança do que acontece quando tentam enganar-nos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

… e nós a vê-los passar!

Todos os portugueses já se aperceberam que o PSD não quer governar Portugal. Na eventualidade de ganhar as eleições antecipadas (é uma possibilidade em que não acredito, mas que admito), teria que governar sem maioria absoluta e como tal seria obrigado a fazer tudo igualzinho ao que faz Sócrates agora, acrescido de muitas outras medidas destinadas a satisfazer a sua clientela, que, evidentemente, não brinca em serviço e muito menos tolera que ofendam o seu Deusmoney…
Passos Coelho é o encarregado de fazer a “triste figura” de não saber o que quer, enquanto os “gulipões” espreitam atrás da cortina à espera do 2º acto da peça “Portugal de rastos” que retrata a sua esperança de Portugal se tornar ingovernável, para surgirem como salvadores, entregando, se tal julgarem necessário, o nosso destino colectivo nas mãos de ditadores da sua confiança…
Para consumo interno, com vista à conquista do poder, no seu intuito de descredibilizar o governo (que não ilibo de muitas culpas) ajudam, dia após dia, a construir internacionalmente uma imagem negativa de Portugal, mesmo sabendo que ela não se apaga com a sua chegada ao poder… Na mesma linha de pensamento, Paulo Portas prossegue na sua cruzada depreciativa. Ele sim, queria governar! (mas, felizmente, os Portugueses dispensam-no dessa tarefa!)
Enquanto a banda toca (e o bando canta), aguardamos com alguma impaciência o próximo orçamento de Estado, esperançados que o PS dê sinais inequívocos de rigor e transparência e de combate ao despesismo público, sem embarcar na lógica neoliberal radical, que a direita defende e à qual estão a aderir alguns “doutores”, cujas famílias ainda há poucos anos dividiam uma sardinha para três, num país de meia dúzia de grandes senhores, com as arcas do Estado a abarrotar de ouro.
Por falar em ouro, ouvi dizer que ainda temos reservas para pagar a dívida, mas isso, a ser verdade, não é de interesse nacional, pois não? Não resisto a evocar aqui a memória de um velho, rico e já falecido que dizia: “Adoro emprestar dinheiro aos pobres, mas só àqueles que tenham bens que não consigam transformar em riqueza”.
No dia em que Portugal não tenha com que pagar a dívida externa, os investidores não sobem os juros; com ou sem perdão, deixam de emprestar dinheiro! O que eles querem é um País à medida das suas exigências especulativas. Como e de onde vem o dinheiro para lhes pagar, isso não lhes importa.
É por isso que precisamos de um governo a sério, que invista na produção de riqueza, com dinheiro emprestado, (por que não?), liderado por alguém com requisitos que Passos e Portas, em minha opinião, não reúnem. O PSD parece não ignorar esse facto e daí resulta o Portugal de hoje, até que Sócrates se decida por uma lufada de ar fresco! Só pode ser ministro quem respeita e faz cumprir as regras estabelecidas. Como diz a minha vizinha “quem não tem c não se mete a p…” a despesa pública tem que baixar, até para dar o exemplo, mas por favor não peçam mais àqueles que trabalham e vivem com dificuldades. Levantem os olhos, olhem para cima!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

UE

Sabendo que somos um país de rara beleza, talvez o mais acolhedor e mais simpático da Europa, os outros países europeus, com a hipócrita Alemanha à cabeça, (na sua ânsia de conseguir pela via económica e financeira fazer aquilo que não conseguiu pela guerra), tentam evitar a todo o custo que Portugal se desenvolva rápida e sustentadamente, porque sabem que se tal acontecer a entrada de divisas resultante do turismo e de possíveis investimentos, rapidamente ajudará a equilibrar as nossas contas e possibilitará que deixemos de lhes prestar vassalagem e passemos a impor-nos, também, pela nossa privilegiada situação geográfica e da nossa relação com o mundo, onde os nossos ilustres antepassados deixaram marca indelével, nem sempre a melhor, é certo, mas que tem a vantagem de ser dita em Português…

Os nossos incompetentes políticos (salvo raras excepções), depois do 25 de Abril, não souberam aproveitar a nossa ligação com o mundo, talvez por estarem mais preocupados com o seu umbigo do que com uma visão estratégica de Portugal… (que eu saiba as nossas Embaixadas e Consulados, vivem quase exclusivamente para recepções e banquetes, necessários, mas não suficientes para os fins que deviam perseguir). Relativamente aos países de língua oficial (e não oficial) Portuguesa, qualquer pacóvio faria o mesmo que têm feito os nossos eruditos ministros dos negócios estrangeiros e da cultura, dos sucessivos governos, para falar só nestes…Os quatro cantos do mundo são uma espécie de exílio dourado para onde se enviam os “excessos”, seja por motivos “de incómodo” ou outros

Nos últimos tempos, O PSD, o CDS e não só, com o jejum de poder a que têm sido forçados pelos eleitores, optaram por um discurso miserabilista e depreciativo de Portugal, enquanto o PS, envaidecido e surdo, foi “esquecendo” alguns princípios a que a Democracia obriga, facilitando o trabalho ao grande capital, que aproveitou a oportunidade de mostrar as suas garras, colocando-nos numa posição de “calças na mão” graças a meia dúzia de analistas, que consoante acordam com o cú virado para a lua, ou não, influenciam e decidem o valor dos juros que temos que pagar pela nossa dívida externa…

Quem tolera e quem fomenta esta especulação vergonhosa, numa “União” de Estados?
O dinheiro só é deus (absoluto) enquanto não reinventarmos outros…
Se uma qualquer catástrofe se abater sobre um qualquer “país UE vai ter que pedir dinheiro aos especuladores para se reerguer? Responda quem souber!

Portugal tem que assumir culpas pelo descalabro das contas públicas, mas ainda continuo à espera que alguém me explique como é que um país pequeno e pobre consegue desenvolver-se competindo, com as mesmas “armas”, com países grandes e ricos…

Se a EU é isto, eu não quero mais!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A FOME

Segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (FAO), o número de pessoas com fome crónica ascende a 925 milhões.
Com uma criança a morrer a cada seis segundos devido a problemas relacionados com a subnutrição este mundo louco em que vivemos parece preocupado com tudo, menos com esta triste realidade que nos envergonha. Sendo culpa de todos, não deixa de ser verdade que a grande fatia de responsabilidade cabe aos países poderosos e desenvolvidos, cuja grande preocupação continua a ser a “defesa”… A suas apostas económicas privilegiam a indústria e comércio de armamento, cujo penúltimo modelo, é distribuído a granel pelos países pobres, a troco dos recursos que eram necessários para erradicar a fome nesses lugares.
Os países pobres precisam de alimentos, não de armamento!
O modelo de sociedade que tentam impingir-nos é o das maiores potências bélicas e nós, tolinhos, lá lhe vamos comprando a “sucata” (o tal penúltimo modelo), para nos protegermos …nunca deles! (que são os possuidores do último modelo).
Por muitos apelos e declarações de intenção que ouçamos, fico sempre com a sensação que aqueles G 7, 20, 100 … que se reúnem de vez em quando para discutir as grandes questões mundiais, não estão apostados em tomar uma atitude firme e urgente contra a fome, porque ela serve os seus interesses estratégicos... (Um perito da ONU em direitos humanos apelou aos governos para baixarem o preço dos alimentos e combaterem a especulação, mas isto, só com apelos, não vai lá…)
Em Portugal as políticas e programas de combate à pobreza são ineficazes, também, porque continua a haver intocáveis no desumano e vergonhoso padrão de desigualdade que nos caracteriza… O número de pobres mantém-se mais ou menos estacionário nos últimos dez anos. Segundo o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), “o número de pobres que se libertam é igual ao dos pobres que caíram na pobreza”. A pobreza não se combate (só) com esmolinhas. É um problema estrutural que exige mudanças sociais, que segundo diz e eu concordo, vão necessariamente “bulir com situações de privilégios intoleráveis que convivem e contrastam com situações de pobreza e de miséria".

Enquanto isto acontece o preço do ouro sobe a bom ritmo, aumentando a “barriga dos investidores” que se estão a marimbar para a barriga dos famintos… São as leis de mercado, dizem-nos os analistas. (Que se dane este “mercado” e se lixem estes “isentos fazedores de opinião”!).
Enfraquecer o Estado social, com argumentos puramente economicistas descontextualizados, como pretendem Pedro e Paulo ( não são os apóstolos e muito menos os santos, que aparentam ser, não ajuda a resolver o flagelo da fome em Portugal, antes pelo contrário… Também cá, como no mundo, a insensibilidade e a ganância das máfias especulativas impedem que a riqueza se transforme em bem estar. O “monstro capitalista selvagem” não se sacia a ganhar dinheiro. Para existir tem que “garantir” uma legião de desempregados e de famintos, que estejam sempre dispostos a alimentá-lo e a agradecer-lhe a sua própria miséria…
Se nada for feito para humanizar a sociedade, não tardará que entremos em colapso!
Depois…

domingo, 12 de setembro de 2010

Velhice

Hesitei na escolha do título, mas optei por escrever velhice, porque nunca ouvi dizer a um velho “sou geronte”, “estou idoso”, ou estou na terceira idade…mas, pura e simplesmente, estou velho!
Ser velho, para mim, nada tem a ver com trapos, mas sim com pessoas que têm direito a mais respeito e carinho, ao xixi pela perna abaixo, à rabugice, à teimosia, ao Alzheimer, a ser aquilo que são!
Não temos que ter medo das palavras!

Já vi muitos analfabetos tratarem melhor os velhos do que muitos especialistas em geriatria, gerontologia, psicologia, sociologia, antropologia, ciências médicas, pedagogia, terapias ocupacionais e de lazer, farmacologia, etc. etc. e para esses as palavras complicadas só complicam, mesmo. (Daqui envio o meu abraço de muito apreço a todos aqueles que, sem grande formação, tratam os velhos com carinho, todos os dias).
Antes de prosseguir quero dizer que não basta manter os velhos com o coração a bater. Muito menos se tolera que sejam a última prioridade nos cuidados de saúde que ultrapassem o mero receituário de injecções e comprimidos, em que são campeões do mundo e arredores…
Com motivos justificativos ou não, a quase totalidade dos velhos passa os últimos anos da sua vida em Lares, onde pouco mais acontece do que “vegetar” sem grandes dores, à espera que a morte chegue e Deus os leve para Eterno descanso…
Aparentemente, têm tudo - cuidados médicos, alimentação e repouso - mas para muitos deles o que se passa dentro daquelas paredes é tudo menos viver! O mundo passa a ser quatro paredes caiadas (sem cheirinho a alecrim), uma cadeira e uma cama, não havendo grandes diferenças entre os lares caros e os mais acessíveis, parecendo-me até que são os mais caros aqueles em que a vida dos velhos é mais artificial…
O dia-a-dia na maior parte dos Lares está longe de respeitar o direito a uma vida digna e feliz. Nalguns desenvolvem-se actividades que pretensamente se destinam a manter os velhos activos, quase sempre para Inglês ver… O que os velhos precisam é que não lhes cortem o cordão umbilical que os prende à vida anterior e de actividades adaptadas às suas capacidades físicas e psíquicas. É preciso criar rotinas que os movimentem e que assegurem eventos festivos de convívio e de lazer sistemáticos, que é precisamente o que não existe e é “crime”!
Quando visitamos um Lar o habitual é ver velhos sentados a dormitar, raramente a falar, muito quietinhos no seu sítio, aguardando a hora dos comprimidos, de comer e de deitar… Sujeitos à ausência, algumas vezes justificada da família, aquelas pessoas têm cada vez mais tendência para o isolamento. Os responsáveis pela instituição em vez de contrariarem essa tendência, “alimentam-na” com calmantes!
Um corpo parado é um corpo candidato a todo o tipo de doenças, mas parece que isso não preocupa os responsáveis, porque a medicação substitui perfeitamente o movimento, com vantagem para muita gente! Morrer não é grande problema, porque, muitas vezes os herdeiros dão sinais de impaciência e, por outro lado, as listas de espera são extensas.

Manter um Lar ou Centro de dia com VIDA é muito trabalhoso, exige competência e empenhamento e custa dinheiro, mas aposto dobrado contra singelo que o dinheiro que se gasta, em excesso, em calmantes, excitantes, relaxantes e outras variantes, para que tudo ande calminho e ninguém perturbe o silêncio da noite, dava e sobrava para mudar de rumo.
Como querem que durma, de noite, quem passou o dia sentado a dormitar?!
Como querem que não desregule alguém que vive, quase permanentemente, contrariado?!
Alguém me saberá dizer quantos comprimidos, em média, consome um velho por dia?!
Podemos chamar vida aos sucessivos períodos de 24 horas que muitos velhos aguentam entre aquelas quatro paredes, à espera da morte?!
Quem põe fim a esta vergonha?!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fechem a tasquinha

Finjam que estão aflitos para fazer zixi, saiam e voltem só para fazer as continhas…
Como Português, sinto vergonha com as últimas peripécias na FPF.
Portugal não pode ser motivo de chacota pelos sucessivos “escândalos ” que giram à volta da nossa selecção nacional de futebol.

Tenham vergonha meus senhores!
Entreguem as chaves da tasquinha (parece que está tudo com os copitos!) para ver se ainda aparece alguém que seja capaz de a transformar numa instituição credível e prestigiada, à altura de representar Portugal e honrar os nossos pergaminhos.

É certo que o estado do nosso futebol espelha o estado do País, onde há muitos” habilidosos” a dar cartas e muitos outros à espera que chegue a sua vez, mas os últimos acontecimentos são demonstrativos de um total desnorte, impossível de continuar, se restar um pingo de vergonha na cara de quem gere a FPF e dos responsáveis pelo Desporto, em Portugal.

Tudo a que temos assistido é mau de mais para ser admissível. A novela Carlos Queiroz é o culminar do reino da bagunça e da desordem na cúpula, associada à falta de bom senso de quem pensa que, por ter sido campeão do mundo, pode fazer e dizer o que muito bem lhe apetece.

Os últimos resultados de apuramento para o Europeu espelham bem a “tremideira” que se apoderou dos nossos jogadores, muito provavelmente devido a uma falta de liderança competente que seja capaz de fazer voltar as coisas à normalidade…

O “piloto automático” funciona nos aviões, porque eles são devidamente construídos e equipados. Na selecção não resulta, como se viu, porque comparar a integridade estrutural de um avião com a FPF é confundir puro malte de 50 anos com whisky marado !(“tascamente” falando)

É preciso agir! Os destinos do nosso futebol nacional estão mal geridos e o Desporto nacional não está adequado à medida do fato que lhe querem vestir… Há que repensar o nosso Desporto, dispensando os abutres crónicos que o (se) têm servido … substituindo-os por pessoas modernas, íntegras e competentes.
Este modelo organizativo do Desporto Nacional, e, especificamente da FPF, está esgotado. Já deu o que tinha a dar! Com urgência crie-se outro, sem complexos e sem “crónicos”. No campo desportivo, os “crónicos” têm muito pouco de bom para transmitir aos vindouros.
Querer reduzir o nosso “cancro desportivo” ao futebol e à FPF é uma manobra de muito mau gosto, reduzir o que se passa na FPF a um mero contencioso com o seleccionador é algo que só ao diabo lembraria…
As responsabilidades são ao mais alto nível e de nada adianta assobiar para o lado. O contrato com Queiroz, para mim, a ser verdade o que já li, é um caso de polícia!

Aguardemos!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Monstruosidades…

Quero começar por dizer que não acredito na inocência de nenhum dos condenados no processo Casa Pia.
Carlos Cruz, apesar de, juridicamente, não podermos considerar que é culpado antes de esgotados todos os procedimentos a que lhe é permitido recorrer para tentar provar a sua inocência, não é excepção. A monstruosidade jurídica que, segundo afirma, está na base da sua condenação, não é uma hipótese que devamos pôr de lado, mas sinceramente o seu comportamento ao longo destes tempos, parece-me “digno” do mesmo nome, especificamente no que diz respeito à sua estratégia de considerar que o processo Casa Pia se transformou num processo contra si. Todos sabemos que o ex-apresentador (espero que não futuro) era um profissional competente (apesar de também ter dado a cara para vender ilusões aos papalvos, como é o caso do timesharing algarvio), mas daí até tudo isto ser uma “cabala” para o abater, vai uma grande distância, e, é demonstrativo de uma arrogância sem fim, para a qual certamente muito contribuíram os seus doutos defensores que, penso eu, foram também apanhados de surpresa, quando constataram que os seus doutos recursos, que entupiram o processo ao longo destes anos, não conseguiram os efeitos desejados…
Aquela “cena” de nomes de políticos e outros influentes, pelos vistos não passava de mais uma intimidação ao poder judicial! (se sabem alguma coisa que digam de uma vez, para não termos que lhes recordar que estão a fazer precisamente a mesma coisa que condenam)

Confesso que quando vi as “pesadas celebridades” a abandonar o “barco” da defesa daqueles jovens, provavelmente, penso agora, para lhes retirar credibilidade e para que tudo morresse ali, cheguei a admitir que o “processo Casa Pia” descesse às catacumbas judiciais para de lá não sair mais.
Felizmente um advogado, que ouvi Catalina Pestana referir, não retirou o pé do acelerador e prosseguiu na sua missão de demonstrar que a pedofilia na Casa Pia não era uma invenção dos “rapazes”, sendo estes, bem pelo contrário, vítimas, que mesmo com os “avanços” jurídicos no campo sexual, ficarão sempre marcados com graves danos na sua integridade e personalidade.

Os senhores de “gostos esquisitos e criminosos” que, aparentemente, o dinheiro podia satisfazer ficaram a saber que com os “rapazes” da Casa Pia não podem brincar mais, porque isso sai-lhes caro e mete-os atrás das grades. Os especialistas em provocar demoras na aplicação da justiça também ficaram a saber que para defender a lei não são precisos “(re)nomes sonantes”, porque o tempo de quem tem um olho é rei, felizmente , acabou!

Os pedófilos têm que ir para a prisão, no mínimo! (continuo convicto da necessidade de medidas mais radicais, tal como para com os incendiários e outros criminosos).
Nem que seja pouco tempo, como aconteceu com estes arguidos, a prisão será a cruz que terão que carregar a vida inteira, para se envergonharem de si próprios, até ao dia em que “desapareçam”(por mim podem antecipar, à vontade), para descanso das vítimas...

Pedófilos na prisão, já!
Cá para mim era uma medida pedagógica que os seus advogados os acompanhassem a tempo inteiro, pelas sucessivas tentativas de descredibilizar as vítimas, para que tudo não passasse de uma “inventona”, e se castigassem os “caluniadores”…

Não faço ideia dos erros processuais que virão a ser invocados… também não consigo prever as “novelas” a que vamos assistir, mas se o dinheiro dos meus impostos alguma vez servir para indemnizar pedófilos, nesse dia tornar-me-ei incumpridor, e aí, sim, palpita-me que irei preso!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Diálogos do outro mundo…

Venho ter consigo porque abusei de…
Aaalto aí! Nem mais uma palavra sobre isso. Dizem que abusou, mas isso é algo que vamos averiguar e vai ter que ser provado…
Peço desculpa, mas eu abusei…
Da minha paciência?! Não se preocupe com isso. Estou aqui para o ouvir e tentar provar a sua inocência relativamente às calúnias que pendem sobre si…
Então não abusei?
Vamos ver. Para já não, mas as provas o dirão. Confie na Justiça e vá descansado. Hoje mesmo começarei a estudar o seu caso e tomarei as diligências necessárias para defesa da sua honra e bom nome.
Muito agradecido. Não faz ideia o peso que me tirou de cima…

Ele agarrou-me e despiu-me e e e e e …
E e e e o quê?! Desembucha! Agarrou-te despiu-te e …deu-te chocolates?
Sim, mas..
Mas o quê?
Olhe o que ele me fez… Olhe o sangue!
Ele cortou-se? Sujou-te a roupa, mas não ta rasgou!
Pois não, mas eu queria fazer queixa, porque ele ele ele …
Queixa contra quem?
Não sei quem era.
Se não sabes, não posso fazer nada
Mas eu se o vir, conheço-o.
Isso de nada serve, porque ele podia estar disfarçado. Tens a certeza que ele não usava uma daquelas máscaras como aquelas que aparecem nos filmes da televisão, em que uma pessoa parece mesmo outra, que não é?
Acho que não tinha máscara nenhuma.
Tens a certeza. Apalpaste-lhe a cara?
Não.
Então nada feito. Vai-te embora, que eu tenho assuntos importantes para tratar. Se calhar foste tu que lhe pediste os chocolates…

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Urinoenergia

Uma equipa de cientistas de duas Universidades Britânicas conseguiu produzir electricidade a partir da urina. À URINOTERAPIA junta-se agora a URINOENERGIA, para valorizar este precioso líquido que a minha santa avó, às escondidas, usava para regar as couves…
Ávidos, como andam, de dar nas vistas, os PRESIDENTES das mais variadas espécies, não me admira que qualquer dia os vejamos a urinar para um recipiente que publicita uma qualquer marca de cerveja ou jogo de apostas, enquanto, com um sorrisinho à Hollywood fazem uma comunicação ao País sensibilizando o brando povo para a necessidade de apertar o alheio cinto e para o exaustivo aproveitamento dos nossos recursos.
Já vimos presidentes agricultores, construtores, doutores honoris causa, pilotos, manequins, desportistas, artistas, beatos, aforradores e de muitas outras qualidades e disfarces… não tardará (se a descoberta vingar) que vejamos na TV “presidentes em plena micção”!
Se um dos canais televisivos decidir organizar uma concentração de presidentes para esse efeito, já estou a imaginar os dos partidos da oposição a acotovelarem-se para o “boneco” que há-de perpetuar para todo o sempre a sua genialidade urinária. No dia seguinte os jornais destacarão em letras garrafais das declarações de José Sócrates: Fiz mais xixi que Paulo Portas, e o Passos Coelho juntos.
Antes que seja tarde e haja fugas ao fisco, convém criar, desde já, uma “comissão de análise e desenvolvimento” do novo recurso. É que não vai ser nada fácil controlar o xixi dos portugueses que, uma vez descoberta a fórmula de o transformar em gasolina, não vão respeitar os postos de recolha, vão tentar funcionar em paralelo e apostar na “fuga”, para imitarem o que acontece com outras áreas de actividade económica rentável.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hipocrisia(só) na morte(?)

Nunca ouvi dizer mal de quem morre, mesmo por aqueles que têm por hábito “sacrificar” quem não é como eles queriam que fosse. A própria Igreja Católica, felizmente maioritária entre nós (sou avesso a seitas) encontra sempre nas Missas dos funerais (mais ou menos demoradas) uma forma de contornar os “pecados dos defuntos”…

Concordo com este hábito, porque quem morre já não pode fazer mal a ninguém e como tal nada de mau vem ao mundo se esquecermos as pestes que alguns foram em vida. Os diabos que até hoje conheci, eram e são todos de carne e osso… não deixando, no entanto, de ser hipocrisia esta transformação de pessoas de maus fígados e sem princípios em boas pessoas.

O problema é que este hábito está a transferir-se para o reino dos vivos, assistindo-se nos nossos dias ao completo branqueamento de comportamentos abomináveis que vamos tolerando, nas calmas, desde que não sintamos o rabo a arder. Com o mal dos outros podemos nós bem, pensam muitos!
Os corruptos, pedófilos, incendiários, assassinos, ladrões, traficantes, ditadores e outros “senhores” têm direito ao bom nome num Estado de direito, até serem julgados e condenados... Acho muito bem que assim seja, mas então julguem-nos e condenem-nos em tempo que não permita que um “gabinete de sábios doutores de leis”os transforme em vítimas ou os converta em heróis, com base num qualquer erro processual, que se torna artista principal, remetendo o crime para secundaríssimo plano, num total desrespeito para com as vítimas.

Vai-se ouvindo dizer que em Portugal é mais fácil achar uma agulha num palheiro do que apanhar peixe graúdo no alto mar… Com exemplos vindos dos tubarões o peixe miúdo vai tentando safar-se como pode, ora mentindo, ora fugindo, ora servindo, ora cumprindo, ora indo e vindo, ora carpindo, ora sorrindo, ora fingindo…

Que se “transformem “todos os mortos em boas pessoas, tem algo de hipócrita, mas vá lá que não vá… Que se transformem abutres e outros selvagens em respeitáveis cidadãos, em vida, isso nunca!
E são tantos metidos na redoma, que já lhes perdi a soma!
E são tantos que fazem fortuna… que já quase ninguém se importuna!
E são tantos que já não sei…para que serve tanta lei!
E é tal a hipocrisia… que só me apetece mandá-los prá c(asa) da tia!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

…doença na saúde

Fomos surpreendidos com a notícia que há médicos que pediram licença sem vencimento para trabalharem em outros Hospitais públicos a ganhar mais, e, até memo no próprio Hospital a que se encontram vinculados.
Digo fomos, mas apenas os parolos como eu, porque nas instâncias próprias e noutras, esta prática, é normal e já não é criança…

É preciso desmascarar os autores destes arranjinhos.
Estes compadrios altamente lesivos do interesse público e (penso que) contrários aos princípios deontológicos da profissão não podem ficar impunes, com as entidades reguladoras a fingir que não se passa nada.
Ninguém mete esta gente na ordem? (na Ordem já sei que estão…)

Portugal não pode ser “um país do salve-se quem puder”. É um Estado de Direito, Democrático onde os “malabaristas públicos”não podem ter lugar. Compreende-se que um médico peça licença sem vencimento para ir trabalhar no privado, para investir na sua formação, para descansar, para passear, para tudo o que entender, mas nunca para ir “sugar” noutro hospital público ou (pasme-se!) no hospital onde pediu a licença.

Estamos fartos de ouvir dizer que ninguém consegue “mexer” nos médicos. Começo, com muita tristeza, a tornar-me céptico quanto ao alcance de algumas medidas tomadas. Considero que o comportamento de alguns médicos é, no mínimo criticável, e relativamente a esta situação acho que envergonha o País, mas não me apercebi de qualquer intervenção de vulto por parte da Ordem, certamente em nome da defesa dos superiores interesses dos doentes que serão tanto mais bem tratados quanto mais eles ganharem, até ao limite “mais infinito”, com a maioria com o cinto no último furo.

Sobre “habilidades e derrapagens” na FP, na Saúde e noutras áreas, sabe-se muito pouco, mas dá para ver que com Ordem ou sem Ordem vivemos num País de Desordem e as poucas vergonhas não param de nos surpreender…

A “habilidade” de uma Administração conceder licença sem vencimento a um médico, para depois o admitir com outro estatuto remuneratório superior parece-me gravíssima.
Certamente não será, mas a mim parece-me!
Ah… e também me parece muito grave a demora da contratação de uma empresa especializada em serviços de limpeza de resíduos tóxicos.

Estou farto de magicar e não consigo descobrir onde é que os médicos vão buscar estes exemplos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Oh meus senhores…

Não sei em que premissas assentou a contratação do guarda redes Roberto, mas certamente que um negócio que envolve 8,5 milhões, não é coisa para ser feita “às escuras”… Os rapazões que “tacteiam no pilim”, podem ser tudo, mas não são burros!
O Roberto que era “valor seguro” e que até, segundo ouvimos, havia uma equipa que dava 15 milhões por ele, depois de ter sido comprado pelo Benfica, há-de ser muito valioso, mas o que ainda não se sabe é onde nem a fazer o quê. Pode ser como treinador, como director desportivo, como presidente, como ponta de lança, como médio ala, como defesa central, como sabe-se lá o quê. Tudo menos guarda-redes de uma equipa com os objectivos do Benfica.
Com aquele dinheirinho todo comprávamos em Portugal dez guarda-redes, com a garantia de que cinco deles eram melhores que Roberto, mas infelizmente, como me dizia um velho professor, o Futebol é o espelho da sociedade, e como tal, quase ninguém valoriza o que é nosso… (o que é português, para esses senhores, não presta, o que é bom é o que vem da estranja).
As “derramas” de meio milhão são pequenas e daí que os negócios tenham toda a vantagem de ser chorudos, mas o que não se compreende é que o Benfica tenha dispensado o Quim e mantenha congelados Moreira e Júlio César, para ir adquirir um homem que já demonstrou não estar à altura do Benfica, quanto mais do preço… (dar um frango é a coisa mais natural do mundo, desde que não se transforme, como é o caso, a baliza numa capoeira)

Por favor, senhores RC, JJ e Cª descubram rapidamente para que é que o jovem tem talento, proporcionem-lhe as possibilidades de exibir os seus dotes e, se isso for absolutamente necessário vendam-no, (mesmo tendo que pagar imposto sobre as mais-valias, se a tal equipa estiver disposta a pagar os tais muitos milhões)
Logo que seja possível adoptem a receita que o País precisa: Valorizem os nossos recursos e cortem na despesa! É muito triste ver o reduzido número de jovens portugueses, nos nossos relvados, “formados nos clubes”. (Não sei se isso terá algo a ver com o facto de eles, provavelmente, não se importarem de custar e ganhar um pouquinho menos, mas não me custa admitir, como mera hipótese, que o Princípio de Arquimedes também se aplica aos “fluidos futebolosos”).

Enquanto o País”se treina até à exaustão” com o PEC, o Passos Coelho se treina com o PIP (Plano de Instabilidade Permanente) por que não aproveitar o Roberto para, com auxílio dos vídeos dos jogos, tentar convencer os outros “goleadores” do Benfica que não é difícil marcar golos, mesmo quando parece impossível!
Aqueles “jovens estrela” (que falham os golos à boca da baliza) tal como muitos dos nossos políticos (que passam a vida a dar (-nos) tiros nos pés), parece que ainda não perceberam que a vida não está para brincadeiras e que os adeptos do Benfica, tal como o Povo, precisam de consideração e respeito.
E agora. vou ter que terminar, porque tenho ao telefone um empresário que me está a oferecer um produto para eu comprar por 1 milhão, garantindo-me que sabe quem mo compra por 3 milhões. Não acredito nada, mas vou fazer como os nossos políticos: Vou entrar no bluff.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

AS (es)QUINAS…

A “Selecção Nacional” tem todos os ingredientes para vir a ser uma novela de sucesso. Para o guião já temos cenas de “pugilato sem consequências” do seleccionador com um jornalista; “casaco pró chão” como prova de acatamento pelas decisões do árbitro; “mimos” proferidos ao dr Horta; “interesse nacional salvaguardado” pelo presidente federativo que assinou com o dito, um contrato “mil(h)ionário de “cumprimento obrigatório, sem objectivos a cumprir e sem clausulas de rescisão, uma espécie de cheque em branco, mas com o nosso dinheirinho de contribuintes)…
A “última”foi a suspensão por um mês do seleccionador e, imagine-se, uma multa de 1000 euros que vai ter que pagar e não bufar. Estamos, penso eu, muito próximos do “autêntico êxtase delirante”, que há-de manter o ego colectivo “anestesiado”!!!
Querem mais e melhores ingredientes para que a “novela” suba ao topo e lidere as audiências de uma qualquer estação de rádio ou canal televisivo? Juro que se eu tivesse o talento de Filipe La Féria, que aqui homenageio, tentaria dar o melhor de mim para tentar fazer um bestseller.
Aquela ousadia de castigarem o pobre homem (vítima de um complot que os presidentes dos principais clubes e outras individualidades já denunciaram unindo-se em sua defesa) com 720 horas de suspensão e 100.000 cêntimos de multa, é uma provocação e uma ameaça muito grave aos direitos de um cidadão. Além disso, vai ser praticamente impossível, com o ordenado que ganha, ter aqueles cêntimos todos… Se aquele episódio do controlo antidoping tivesse alguma coisa a ver com “perturbação do dito”, vá que não vá, mas como tudo não passou de um cumprimento menos usual à equipa de controlo, foi despropositado terem levantado um processo… Até parece perseguição!
Não tinha sido mais fácil ter aconselhado o doutor a ir com uns tampões nos ouvidos? Que isto sirva de lição para futuras visitas! O ADoP não sabia que o seleccionador e os nossos futebolistas não podem ser incomodados com controlos. Estão ao serviço do País, quase de borla. Valha-nos Deus!
Os Deuses não devem ser incomodados! O repouso não pode ser perturbado. Só em noitadas…
Doping não é com os nossos bravos rapazes, que dão o litrinho todo, dentro do campo, para nos darem vitórias. Bolas, bolas, bolas!
Todos “vestiram a camisola das quinas”! Não vi nenhum a jogar só de calções…

Espero que, urgentemente, seja criada uma comissão de angariação de fundos que assuma o pagamento da multa injustamente aplicada ao seleccionador de todos nós! Gostaria que fosse encabeçada pelo senhor secretário de Estado do Desporto, que com a sua habitual sensatez e clarividência enobrece e potencia o êxito da colecta, o que muito facilitará a resolução de mais este imbróglio do Desporto Nacional.
Aguardemos confiantes.
Estamos perante um escol de génios!

Santo António de Lisboa nos traga uma coisinha boa! (nem que seja pequenina.)

domingo, 15 de agosto de 2010

Quem (nos, se, não, des) governa?

Se não fossem os males que sobre o País recairiam, pagava para ver Pedro Passos Coelho Primeiro Ministro. Penso que seria uma boa maneira de o manter calado para o resto da vida, após a sua demissão.
Com o PS ou com o PSD no governo, Portugal não poderá ficar muito pior do que está actualmente. Não vai ser fácil fazer apertar mais o cinto ao cidadão comum enquanto alguns, de tão barrigudos, já só usam suspensórios, porque tem que usar as calças abaixo da gigantesca barriga.

A credibilidade dos Órgãos de Soberania já está pelas avenidas da amargura, os Partidos Políticos já estão esvaziados de Princípios e de Ideologia, o comum dos Cidadãos já está a alhear-se cada vez mais da vida do País, farto de incompetências, compadrios, favoritismos e injustiças, a pobreza (também de espírito) já há muito alastra…
Ainda há pior que isto? (só mesmo a ditadura, mas a Democracia não me parece estar em perigo eminente).

Tenho falado com várias pessoas que, até, admitem que o PSD vai tornar as suas vidas ainda piores, mas que toleram melhor as “fintas” do adversário do que as “rasteiras” dos companheiros…

O actual PS (não tenho dúvidas) não corresponde às expectativas de muitos dos seus militantes, e muito menos às dos seus votantes. Bem pode o Governo justificar-se, mas a verdade é que a situação actual é fundamentalmente obra sua, embora misturada com a crise internacional, a quem não podem ser atribuídas todas as culpas, sob pena de se cair no ridículo, como já aconteceu…

O actual PSD não tem condições para governar, porque lhe falta competência e conhecimento (a avaliar pelas palavras de Pedro Passos Coelho, que começa a ficar perdido no meio do labirinto de interesses do PSD, sem tempo para estudar os “dossiers”).

Se o PS não mudar de agulha, o PSD até pode ganhar as próximas eleições, mas com algumas medidas de “higiene elementar” o PS manterá, folgadamente, o PSD na fila de espera a roer as unhas, porque as pessoas sabem que estamos em tempo de “vacas magras” e ainda não se esqueceram dos governos de direita.
Com actos cirúrgicos leves e bons exemplos, com determinação e sem ceder a chantagens, com clareza e seriedade, o PS pode recuperar o espaço político perdido com alguns actos irreflectidos, ocorridos principalmente na legislatura anterior.
José Sócrates, o Primeiro-Ministro, de longe mais atacado, alguma vez em Portugal, tem conseguido resistir (com alguns custos sociais e outros). Já demonstrou que sabe lutar contra ventos e marés. Assim saiba aprender a reconhecer os seus erros e tenha engenho arte para descartar alguns “estrategas” teoricamente válidos, mas verdadeiras nulidades práticas.

Há muito que o Povo deixou de ser contra os ricos, mas, evidentemente, precisa e exige bem-estar e qualidade de vida.
Quem achar que isso não é possível deve retirar-se da política!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fumo, com fogo…

Se não fosse tão tristemente triste, até dava vontade de rir ouvir o senhor ministro Rui Pereira falar de incêndios…Assim limito-me a tirar o meu chapéu feito de pele de ghióó hióó ióóh, que é um adereço muito em voga na minha santa terrinha, para nos protegermos da senilidade provocada pelo Alzheimer…
Comparar incêndios a teatros de guerra é a mesma coisa que comparar “cú de judas” com o propriamente dito. Um é muito longe e o outro é mau demais, tal como a guerra (que felizmente vai longe) e a estratégia de combate aos incêndios que é má demais, para que alguém possa dizer bem dela.
Essa “diarreia” de comparar áreas ardidas em diferentes anos é o que de mais asqueroso pode lembrar a alguém. Mete-me nojo! Agora até aqueles que sempre condenaram (e muito bem) a União Soviética pelo seu totalitarismo redutor, (que conduz ao arcaísmo e ao atraso tecnológico em tudo o que não seja “indústria do armamento”) apontam os incêndios na Rússia como álibi da sua incompetência e ausência de visão estratégica, fora do “quadro” do actual “monopólio dos incêndios”.
Provavelmente Rui Pereira foi induzido em erro pela quantidade de medalhas e condecorações que exibem os “comandantes” dos diversos ramos ligados aos fogos, à semelhança das chefias militares “supostamente preparadas para teatros de guerra “, mas que nunca souberam nem sabem o que é guerra, a não ser em livros que, acredito, tenham lido… Quase não há espaço para tanta medalha! O que vale é que normalmente são “anafadinhos” como é timbre de “operacionais”, o que aumenta substancialmente a superfície disponível para espetar os alfinetes.
Precisamos urgentemente de um Ministro que saiba o que é um incêndio, seja capaz de compreender o que está em causa e potencia a existência deste flagelo, todos os anos, num país que, em dimensão, é pouco mais que uma província espanhola.
Enquanto isso não acontecer viveremos neste inferno de Verão.
Falar de área ardida, cheira-me a sádico! … e um País militarizado será sempre terceiro-mundista!