terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hipocrisia(só) na morte(?)

Nunca ouvi dizer mal de quem morre, mesmo por aqueles que têm por hábito “sacrificar” quem não é como eles queriam que fosse. A própria Igreja Católica, felizmente maioritária entre nós (sou avesso a seitas) encontra sempre nas Missas dos funerais (mais ou menos demoradas) uma forma de contornar os “pecados dos defuntos”…

Concordo com este hábito, porque quem morre já não pode fazer mal a ninguém e como tal nada de mau vem ao mundo se esquecermos as pestes que alguns foram em vida. Os diabos que até hoje conheci, eram e são todos de carne e osso… não deixando, no entanto, de ser hipocrisia esta transformação de pessoas de maus fígados e sem princípios em boas pessoas.

O problema é que este hábito está a transferir-se para o reino dos vivos, assistindo-se nos nossos dias ao completo branqueamento de comportamentos abomináveis que vamos tolerando, nas calmas, desde que não sintamos o rabo a arder. Com o mal dos outros podemos nós bem, pensam muitos!
Os corruptos, pedófilos, incendiários, assassinos, ladrões, traficantes, ditadores e outros “senhores” têm direito ao bom nome num Estado de direito, até serem julgados e condenados... Acho muito bem que assim seja, mas então julguem-nos e condenem-nos em tempo que não permita que um “gabinete de sábios doutores de leis”os transforme em vítimas ou os converta em heróis, com base num qualquer erro processual, que se torna artista principal, remetendo o crime para secundaríssimo plano, num total desrespeito para com as vítimas.

Vai-se ouvindo dizer que em Portugal é mais fácil achar uma agulha num palheiro do que apanhar peixe graúdo no alto mar… Com exemplos vindos dos tubarões o peixe miúdo vai tentando safar-se como pode, ora mentindo, ora fugindo, ora servindo, ora cumprindo, ora indo e vindo, ora carpindo, ora sorrindo, ora fingindo…

Que se “transformem “todos os mortos em boas pessoas, tem algo de hipócrita, mas vá lá que não vá… Que se transformem abutres e outros selvagens em respeitáveis cidadãos, em vida, isso nunca!
E são tantos metidos na redoma, que já lhes perdi a soma!
E são tantos que fazem fortuna… que já quase ninguém se importuna!
E são tantos que já não sei…para que serve tanta lei!
E é tal a hipocrisia… que só me apetece mandá-los prá c(asa) da tia!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

…doença na saúde

Fomos surpreendidos com a notícia que há médicos que pediram licença sem vencimento para trabalharem em outros Hospitais públicos a ganhar mais, e, até memo no próprio Hospital a que se encontram vinculados.
Digo fomos, mas apenas os parolos como eu, porque nas instâncias próprias e noutras, esta prática, é normal e já não é criança…

É preciso desmascarar os autores destes arranjinhos.
Estes compadrios altamente lesivos do interesse público e (penso que) contrários aos princípios deontológicos da profissão não podem ficar impunes, com as entidades reguladoras a fingir que não se passa nada.
Ninguém mete esta gente na ordem? (na Ordem já sei que estão…)

Portugal não pode ser “um país do salve-se quem puder”. É um Estado de Direito, Democrático onde os “malabaristas públicos”não podem ter lugar. Compreende-se que um médico peça licença sem vencimento para ir trabalhar no privado, para investir na sua formação, para descansar, para passear, para tudo o que entender, mas nunca para ir “sugar” noutro hospital público ou (pasme-se!) no hospital onde pediu a licença.

Estamos fartos de ouvir dizer que ninguém consegue “mexer” nos médicos. Começo, com muita tristeza, a tornar-me céptico quanto ao alcance de algumas medidas tomadas. Considero que o comportamento de alguns médicos é, no mínimo criticável, e relativamente a esta situação acho que envergonha o País, mas não me apercebi de qualquer intervenção de vulto por parte da Ordem, certamente em nome da defesa dos superiores interesses dos doentes que serão tanto mais bem tratados quanto mais eles ganharem, até ao limite “mais infinito”, com a maioria com o cinto no último furo.

Sobre “habilidades e derrapagens” na FP, na Saúde e noutras áreas, sabe-se muito pouco, mas dá para ver que com Ordem ou sem Ordem vivemos num País de Desordem e as poucas vergonhas não param de nos surpreender…

A “habilidade” de uma Administração conceder licença sem vencimento a um médico, para depois o admitir com outro estatuto remuneratório superior parece-me gravíssima.
Certamente não será, mas a mim parece-me!
Ah… e também me parece muito grave a demora da contratação de uma empresa especializada em serviços de limpeza de resíduos tóxicos.

Estou farto de magicar e não consigo descobrir onde é que os médicos vão buscar estes exemplos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Oh meus senhores…

Não sei em que premissas assentou a contratação do guarda redes Roberto, mas certamente que um negócio que envolve 8,5 milhões, não é coisa para ser feita “às escuras”… Os rapazões que “tacteiam no pilim”, podem ser tudo, mas não são burros!
O Roberto que era “valor seguro” e que até, segundo ouvimos, havia uma equipa que dava 15 milhões por ele, depois de ter sido comprado pelo Benfica, há-de ser muito valioso, mas o que ainda não se sabe é onde nem a fazer o quê. Pode ser como treinador, como director desportivo, como presidente, como ponta de lança, como médio ala, como defesa central, como sabe-se lá o quê. Tudo menos guarda-redes de uma equipa com os objectivos do Benfica.
Com aquele dinheirinho todo comprávamos em Portugal dez guarda-redes, com a garantia de que cinco deles eram melhores que Roberto, mas infelizmente, como me dizia um velho professor, o Futebol é o espelho da sociedade, e como tal, quase ninguém valoriza o que é nosso… (o que é português, para esses senhores, não presta, o que é bom é o que vem da estranja).
As “derramas” de meio milhão são pequenas e daí que os negócios tenham toda a vantagem de ser chorudos, mas o que não se compreende é que o Benfica tenha dispensado o Quim e mantenha congelados Moreira e Júlio César, para ir adquirir um homem que já demonstrou não estar à altura do Benfica, quanto mais do preço… (dar um frango é a coisa mais natural do mundo, desde que não se transforme, como é o caso, a baliza numa capoeira)

Por favor, senhores RC, JJ e Cª descubram rapidamente para que é que o jovem tem talento, proporcionem-lhe as possibilidades de exibir os seus dotes e, se isso for absolutamente necessário vendam-no, (mesmo tendo que pagar imposto sobre as mais-valias, se a tal equipa estiver disposta a pagar os tais muitos milhões)
Logo que seja possível adoptem a receita que o País precisa: Valorizem os nossos recursos e cortem na despesa! É muito triste ver o reduzido número de jovens portugueses, nos nossos relvados, “formados nos clubes”. (Não sei se isso terá algo a ver com o facto de eles, provavelmente, não se importarem de custar e ganhar um pouquinho menos, mas não me custa admitir, como mera hipótese, que o Princípio de Arquimedes também se aplica aos “fluidos futebolosos”).

Enquanto o País”se treina até à exaustão” com o PEC, o Passos Coelho se treina com o PIP (Plano de Instabilidade Permanente) por que não aproveitar o Roberto para, com auxílio dos vídeos dos jogos, tentar convencer os outros “goleadores” do Benfica que não é difícil marcar golos, mesmo quando parece impossível!
Aqueles “jovens estrela” (que falham os golos à boca da baliza) tal como muitos dos nossos políticos (que passam a vida a dar (-nos) tiros nos pés), parece que ainda não perceberam que a vida não está para brincadeiras e que os adeptos do Benfica, tal como o Povo, precisam de consideração e respeito.
E agora. vou ter que terminar, porque tenho ao telefone um empresário que me está a oferecer um produto para eu comprar por 1 milhão, garantindo-me que sabe quem mo compra por 3 milhões. Não acredito nada, mas vou fazer como os nossos políticos: Vou entrar no bluff.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

AS (es)QUINAS…

A “Selecção Nacional” tem todos os ingredientes para vir a ser uma novela de sucesso. Para o guião já temos cenas de “pugilato sem consequências” do seleccionador com um jornalista; “casaco pró chão” como prova de acatamento pelas decisões do árbitro; “mimos” proferidos ao dr Horta; “interesse nacional salvaguardado” pelo presidente federativo que assinou com o dito, um contrato “mil(h)ionário de “cumprimento obrigatório, sem objectivos a cumprir e sem clausulas de rescisão, uma espécie de cheque em branco, mas com o nosso dinheirinho de contribuintes)…
A “última”foi a suspensão por um mês do seleccionador e, imagine-se, uma multa de 1000 euros que vai ter que pagar e não bufar. Estamos, penso eu, muito próximos do “autêntico êxtase delirante”, que há-de manter o ego colectivo “anestesiado”!!!
Querem mais e melhores ingredientes para que a “novela” suba ao topo e lidere as audiências de uma qualquer estação de rádio ou canal televisivo? Juro que se eu tivesse o talento de Filipe La Féria, que aqui homenageio, tentaria dar o melhor de mim para tentar fazer um bestseller.
Aquela ousadia de castigarem o pobre homem (vítima de um complot que os presidentes dos principais clubes e outras individualidades já denunciaram unindo-se em sua defesa) com 720 horas de suspensão e 100.000 cêntimos de multa, é uma provocação e uma ameaça muito grave aos direitos de um cidadão. Além disso, vai ser praticamente impossível, com o ordenado que ganha, ter aqueles cêntimos todos… Se aquele episódio do controlo antidoping tivesse alguma coisa a ver com “perturbação do dito”, vá que não vá, mas como tudo não passou de um cumprimento menos usual à equipa de controlo, foi despropositado terem levantado um processo… Até parece perseguição!
Não tinha sido mais fácil ter aconselhado o doutor a ir com uns tampões nos ouvidos? Que isto sirva de lição para futuras visitas! O ADoP não sabia que o seleccionador e os nossos futebolistas não podem ser incomodados com controlos. Estão ao serviço do País, quase de borla. Valha-nos Deus!
Os Deuses não devem ser incomodados! O repouso não pode ser perturbado. Só em noitadas…
Doping não é com os nossos bravos rapazes, que dão o litrinho todo, dentro do campo, para nos darem vitórias. Bolas, bolas, bolas!
Todos “vestiram a camisola das quinas”! Não vi nenhum a jogar só de calções…

Espero que, urgentemente, seja criada uma comissão de angariação de fundos que assuma o pagamento da multa injustamente aplicada ao seleccionador de todos nós! Gostaria que fosse encabeçada pelo senhor secretário de Estado do Desporto, que com a sua habitual sensatez e clarividência enobrece e potencia o êxito da colecta, o que muito facilitará a resolução de mais este imbróglio do Desporto Nacional.
Aguardemos confiantes.
Estamos perante um escol de génios!

Santo António de Lisboa nos traga uma coisinha boa! (nem que seja pequenina.)

domingo, 15 de agosto de 2010

Quem (nos, se, não, des) governa?

Se não fossem os males que sobre o País recairiam, pagava para ver Pedro Passos Coelho Primeiro Ministro. Penso que seria uma boa maneira de o manter calado para o resto da vida, após a sua demissão.
Com o PS ou com o PSD no governo, Portugal não poderá ficar muito pior do que está actualmente. Não vai ser fácil fazer apertar mais o cinto ao cidadão comum enquanto alguns, de tão barrigudos, já só usam suspensórios, porque tem que usar as calças abaixo da gigantesca barriga.

A credibilidade dos Órgãos de Soberania já está pelas avenidas da amargura, os Partidos Políticos já estão esvaziados de Princípios e de Ideologia, o comum dos Cidadãos já está a alhear-se cada vez mais da vida do País, farto de incompetências, compadrios, favoritismos e injustiças, a pobreza (também de espírito) já há muito alastra…
Ainda há pior que isto? (só mesmo a ditadura, mas a Democracia não me parece estar em perigo eminente).

Tenho falado com várias pessoas que, até, admitem que o PSD vai tornar as suas vidas ainda piores, mas que toleram melhor as “fintas” do adversário do que as “rasteiras” dos companheiros…

O actual PS (não tenho dúvidas) não corresponde às expectativas de muitos dos seus militantes, e muito menos às dos seus votantes. Bem pode o Governo justificar-se, mas a verdade é que a situação actual é fundamentalmente obra sua, embora misturada com a crise internacional, a quem não podem ser atribuídas todas as culpas, sob pena de se cair no ridículo, como já aconteceu…

O actual PSD não tem condições para governar, porque lhe falta competência e conhecimento (a avaliar pelas palavras de Pedro Passos Coelho, que começa a ficar perdido no meio do labirinto de interesses do PSD, sem tempo para estudar os “dossiers”).

Se o PS não mudar de agulha, o PSD até pode ganhar as próximas eleições, mas com algumas medidas de “higiene elementar” o PS manterá, folgadamente, o PSD na fila de espera a roer as unhas, porque as pessoas sabem que estamos em tempo de “vacas magras” e ainda não se esqueceram dos governos de direita.
Com actos cirúrgicos leves e bons exemplos, com determinação e sem ceder a chantagens, com clareza e seriedade, o PS pode recuperar o espaço político perdido com alguns actos irreflectidos, ocorridos principalmente na legislatura anterior.
José Sócrates, o Primeiro-Ministro, de longe mais atacado, alguma vez em Portugal, tem conseguido resistir (com alguns custos sociais e outros). Já demonstrou que sabe lutar contra ventos e marés. Assim saiba aprender a reconhecer os seus erros e tenha engenho arte para descartar alguns “estrategas” teoricamente válidos, mas verdadeiras nulidades práticas.

Há muito que o Povo deixou de ser contra os ricos, mas, evidentemente, precisa e exige bem-estar e qualidade de vida.
Quem achar que isso não é possível deve retirar-se da política!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fumo, com fogo…

Se não fosse tão tristemente triste, até dava vontade de rir ouvir o senhor ministro Rui Pereira falar de incêndios…Assim limito-me a tirar o meu chapéu feito de pele de ghióó hióó ióóh, que é um adereço muito em voga na minha santa terrinha, para nos protegermos da senilidade provocada pelo Alzheimer…
Comparar incêndios a teatros de guerra é a mesma coisa que comparar “cú de judas” com o propriamente dito. Um é muito longe e o outro é mau demais, tal como a guerra (que felizmente vai longe) e a estratégia de combate aos incêndios que é má demais, para que alguém possa dizer bem dela.
Essa “diarreia” de comparar áreas ardidas em diferentes anos é o que de mais asqueroso pode lembrar a alguém. Mete-me nojo! Agora até aqueles que sempre condenaram (e muito bem) a União Soviética pelo seu totalitarismo redutor, (que conduz ao arcaísmo e ao atraso tecnológico em tudo o que não seja “indústria do armamento”) apontam os incêndios na Rússia como álibi da sua incompetência e ausência de visão estratégica, fora do “quadro” do actual “monopólio dos incêndios”.
Provavelmente Rui Pereira foi induzido em erro pela quantidade de medalhas e condecorações que exibem os “comandantes” dos diversos ramos ligados aos fogos, à semelhança das chefias militares “supostamente preparadas para teatros de guerra “, mas que nunca souberam nem sabem o que é guerra, a não ser em livros que, acredito, tenham lido… Quase não há espaço para tanta medalha! O que vale é que normalmente são “anafadinhos” como é timbre de “operacionais”, o que aumenta substancialmente a superfície disponível para espetar os alfinetes.
Precisamos urgentemente de um Ministro que saiba o que é um incêndio, seja capaz de compreender o que está em causa e potencia a existência deste flagelo, todos os anos, num país que, em dimensão, é pouco mais que uma província espanhola.
Enquanto isso não acontecer viveremos neste inferno de Verão.
Falar de área ardida, cheira-me a sádico! … e um País militarizado será sempre terceiro-mundista!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Afinal… era uma clínica virtual!!!

A pouca vergonha na Saúde continua. Desta vez o lamentável “episódio” teve lugar a Sul e teve como consequência a possível cegueira de quatro pessoas.
O Serviço Nacional e Saúde, pouco a pouco, vai sendo minado pelos interesses privados dos médicos e das multinacionais que lhes equipam os consultórios com os mais sofisticados equipamentos que nos Hospitais públicos não existem, estão avariados, ou por qualquer motivo não funcionam em pleno.
A Ordem dos médicos, que a minha avozinha dizia que era a gestora do lobby, cúmplice com o actual modelo de acesso, formação e carreira médica, só se ouve falar para reivindicar “papinho cheio…”
Em termos de saúde pública caminhamos aceleradamente para uma república dos abacaxis com o “generais” Pedro e Paulo à frente de um “exército” armado de (dinheiro) até aos dentes, criado para acabar com esse “luxo” de os que não têm dinheiro poderem ter acesso à Saúde.
A “cena” comum, segundo me disse alguém (eu não sei mas não me custa a acreditar) é mais ou menos esta: As clínicas, consultórios ou lá como se chamam fazem o servicinho. Se a coisa corre benzinho recebem o pilinzinho e o caso fica arrumadinho… se corre malzinho recorrem ao hospital vizinho e o SNS que suporte os custos dos “azaresinhos”…
O “mais ignóbil” disto tudo é que as “virgens” não sabiam de nada… Pelos vistos o “espaço”estava bem disfarçado e as pessoas que nele trabalhavam e a ele recorriam, iam mascarados de peixes e toda a gente (incluindo as autoridades de saúde) pensava que aquilo era um aquário.

A Autarquia não sabe de nada, a ARS-Algarve nada sabe, a Ordem dos médicos “moita carrasco”, a Inspecção Geral das Actividades de Saúde népia…
Os pobres dos doentes que “confiaram no barato e bom” estão, agora, internados no Hospital dos Capuchos cegos ou em perigo de o ficar. O dono do “aquário” foi p´ra banhos. A Senhora ministra da saúde anda algures a visitar “obra”e a distribuir “charme”. O País está de férias, moribundo. Os profetas recarregam baterias algures em resorts paradisíacos. O Povo parece à espera que as pombas que voam nos céus, lhes acertem na cabeça com o fruto das suas digestões para, então, soltarem um grito de raiva, “fingindo” que estão vivos…
Este Portugal é uma maravilha. É pena que seja para tão poucos!
Ah! Já foi aberto inquérito e tudo indica que vão ser criadas várias comissões, para que o assunto não “caia em saco roto”, como acontecia na Idade Média.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Queríamos Justiça, sff

Voltar a trazer para a ribalta o caso Freeport ou outro qualquer (infelizmente não é caso virgem), ajuda a compreender o verdadeiro estado da nossa Justiça (dá vontade de chorar!), mas é também uma maneira de não fazer “ondas “sobre muitos outros “podres “do nosso sistema judicial que, diariamente, com a demora e inoperância que lhe são próprios, contribuem para o afundamento de Portugal, através de uma perca constante de credibilidade e um “atar de mãos” a muitos empreendedores… Muitas ideias inovadoras não são postas em prática, porque os seus autores sabem que, se alguma vez tiverem que recorrer à Justiça, estão desgraçados.
Quantos milhares de portugueses aguardam por decisões dos tribunais, resultantes de processos com “barbas brancas”? A comunicação social tem denunciado sistemática e abertamente esta questão ou está mais interessada em só abraçar o que é grande e mediático? (este paradigma de desprezo pelas pequenas coisas, um dia vai sair-nos muito caro!)
Sempre fui amante da arte circense. Cresci com o “gozo” que me proporcionavam malabaristas, palhaços e acrobatas, mas quando estas “habilidades” passaram a ter como actores, gente(?) que nada tem a ver com o circo, morreu a magia dentro de mim e a “revolta” não tem fim! Se me pedissem para definir numa palavra a Justiça Portuguesa eu diria precisamente essa em que pensou…
Basta de brincar com o pagode! Senhores Doutores Juízes, Senhores Advogados, Senhores Procuradores, em todos os vossos graus e qualidades: Assumam as vossas responsabilidades! Deixem-se de trocadilhos. Estamos fartos de lavagem de roupa suja.
Poupem-nos ao trabalho de termos que ouvir, sempre os mesmos, todos os dias, a despejar a mesma cassete… p´ra mais tarde se abraçarem!
O que nós queremos é JUSTIÇA! (sff)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pb nos chumbos…

Anos depois do aparecimento da gasolina sem chumbo, os nossos governantes lembraram-se de criar a Escola sem chumbos num acto de profunda compreensão tanto daqueles que se estão a borrifar para as aulas como daqueles que estão interessados em que isso aconteça, sempre carecidos de mão de obra barata que satisfaça as suas necessidades…
Está aberto o debate para acabar com as retenções. O presidente cessante do Conselho de Escolas já deu o mote (fora de tempo, digo eu) e a senhora ministra parece estar entusiasmadíssima com a ideia, tornando-se adepta convicta do modelo nórdico (que. tudo indica, conhece profundamente)…
Vamos levar a ideia a sério, ou será que se trata de mais uma “moda”, para acrescentar ao rol infindável de experimentações que terminaram sem ser avaliadas?
Para já vai o meu sorriso de desprezo para a “nova ideia”da nova equipa ministerial (pós Maria de Lurdes) constituída por profissionais de questionável saber e competência técnica que, tal como a anterior, confunde edifícios e equipamentos com qualidade de ensino e “continua a cruzada de meter os professores na linha”, “à semelhança” do que fazem os seus pares na Justiça e na Saúde, para citar apenas os exemplos mais relevantes e “baratinhos” e de “elevados” padrões de qualidade para os utentes …
Arrumada (?) a questão dos professores, “bola prá frente”nas “reformas” do Ensino. É agora vez de resolver a questão dos alunos indisciplinados e “baldas” que andam na escola, mas que por variadíssimas razões não lhes apetece estudar, preferindo infernizar a vida dos professores e funcionários…
O que interessa é ter o “diploma”!
O Zé Pagode parece nem se aperceber que o baixar o nível de exigência da Escola pública vai condenar os seus filhos ao fracasso…
Sem hábitos de trabalho, disciplina, conhecimentos e competências os seus filhos não vão longe, num mundo cada vez mais exigente?! (Quem souber diga-me um colégio VIP onde o clima seja de facilitismo e indisciplina)
Com este “novo” paradigma a escola pública tem condições para estimular os estudiosos, ajudar os que têm mesmo dificuldades e meter nos eixos os mandriões?
Afinal para que serve a Escola? Querem transformá-la num “depósito” de crianças e jovens que os pais não conseguem educar e que os professores têm que passar no final do ano, (em que mais não fizeram do que cabular e criar problemas) com base no critério da “ausência de critério”?

Com a habitual “clareza” Isabel Alçada já concluiu que as retenções "não têm contribuído para a qualidade do sistema educativo “ e que o objectivo será sempre o de "melhorar o desempenho dos alunos" e encontrar "novas formas de combater o insucesso escolar". Nessas novas formas, digo eu, só não cabem a exigência, o rigor e a disciplina, valendo outras que ela certamente dirá, quando decidir ser um bocadinho mais concreta…
Ninguém diz à senhora ministra que os “parceiros educativos portugueses” nada têm de comum com os nórdicos?

Enquanto não se “aplicar a fórmula” de premiar o mérito, condenar a preguiça e o desleixo, e implicar e responsabilizar os pais pela educação dos filhos (impedindo-os de invadir o “terreno” dos professores), ninguém espere que a Escola pública melhore…
Contrariamente ao que pensam alguns, não são os professores os grandes culpados pelo insucesso escolar… nem pouco mais ou menos!
Haja tino!