quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mijoquices

Senhores Ministros:
Já não aguentamos tanto esforço
Precisamos de uma grande ajuda
Para ver se isto muda!
Estamos atolados de m … até ao pescoço!
Veio o Verão e a m… secou
E tudo se complicou!
Por favor ajudem-nos a dissolver a “dita”
e passem a defecar só na sanita!
Chega de m…!
Para aliviar o nosso prejuízo, nós agora precisamos … é de mijo!
De pouco interessa a qualidade
Pode ser dos velhos , dos novos e dos de tenra idade!
Incolor, opaco ou cristalino não interessa
Nós precisamos é de mijo… e depressa!

Dêem-nos mijo da troika, mas separado
Porque esse tem que ser poupado
Essa mijoca vale ouro…
Tem que ser tratada como um tesouro!

Proíbam os sem abrigo de mijar na calçada
Porque esse mijo não vai servir pra nada!
Por favor não desprezem este aviso, nós agora precisamos é de mijo!

Obriguem todos a mijar a horas certas
Seja num balde ou num penico
Não rejeitem quaisquer ofertas
Para que Portugal fique mais rico!

Instalem vasilhame apropriado
Nos sítios mais recônditos e escondidos
Não é preciso que o mijo seja certificado
Pode ser de famintos ou subnutridos…
Por favor não desprezem este aviso, precisamos urgentemente de muito mijo!

Das virgens seleccionem o primeiro das manhãs
Para garantir “colheitas “ temporãs!
Ordenem às beatas que armazenem todo a aguinha
Que lhes brota da insuspeita passarinha!
Pagaremos pelo mijo recebido
Imposto extraordinário acrescido!
Por favor não desprezem este aviso, precisamos de muito,muito,muito mijo!

Apenas vos peço Excelências que nos livreis do vosso …
Que será provavelmente dos melhores,
Mas fazei com ele o que muitos fazem com o “caroço”
Mandem-no para as offshores

Obriguem a vossa governamental rapaziada
A não desperdiçar pitada
A ter bexiga rota
e aproveitar o mijo até à última gota!
Desperdicem em viagens, representações e restauração…
Mas o mijo não!
Eternamente grato ficará o Povo
Que com tanto mijo…
Se for preciso
Dirá que estamos num Pais Novo.
Por favor não ignorem este aviso e inundem Portugal de mijo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pequenez colossal

Aturar hipócritas parece ser o nosso destino e exige uma paciência colossal, tal é a pequenez cívica dos últimos governantes!
Não voltarei a falar de José Sócrates uma vez que ele decidiu afastar-se da ribalta política e os rombos que provocou no “barco” estão identificados e são do conhecimento geral…
É necessário e urgente que nos viremos para o presente e para o futuro, aprendendo com os erros do passado, tentando identificar os porquês do que falhou ou correu menos bem, inovar, encontrar novas saídas, descortinar novas oportunidades… Em vez disso este governo continua a insistir na tecla de que a causa de todos os males são os direitos e os ordenados (muito abaixo da média europeia) de quem trabalha… Em vez de reflectir e mudar de agulha a coligação de direita continua a teimar numa política desmotivadora que induz o desânimo e a letargia em vez de encontrar estratégias que alavanquem o empreendedorismo.
Sabendo o governo que a classe média se sujeita a trabalhos forçados para manter a sua aspiração à riqueza e o seu estatuto social, é a ela que recorre para saciar os seus vícios despesistas, sugando-a até ao tutano, numa tentativa sistemática de a explorar e simultaneamente a empurrar para a legião dos desiludidos que cruzam os braços, perdem as aspirações e a ambição e se acomodam a viver de esmolas sociais… É muito fácil pôr a pata em cima de quem está psicológica e financeiramente debilitado!
Esta colossal pequenez governativa de tentar amarrar a classe média à miséria poupando as grandes fortunas (muitas delas fruto de fraudes, corrupção e especulação), isentando-as de qualquer contributo para a saída da crise é, em minha opinião, completamente irresponsável, direi mesmo criminosa!
A social-democracia do PSD partiu as costelas, capitulou perante o capitalismo selvagem representado pelo Paulinho das feiras, que embora com muito menor peso na governação, pelos vistos, é quem manda!
Portugal tem pela frente um cenário complexo com o PS à procura de caminhos novos, mas ainda um pouco à deriva devido ao passado recente e o PSD sem uma visão estratégica contra a recessão, que se agrava e se reflecte no tecido empresarial de pequena dimensão que está à beira de um ataque de nervos…
Felizes e contentes andam os “pilha galinhas” e os corruptos, muito pela inacção da Justiça que teima em querer manter-se no carril dos últimos anos, que conduziu a esta “bela” situação.
Impávidos e serenos os nossos governantes assistem à deserção da nossa “massa cinzenta jovem” para terras distantes enquanto os lugares de decisão e chefia vão sendo ocupados por medíocres bem apadrinhados, muitos oriundos das jotas que passaram ao lado de uma cultura de exigência e rigor…
Os novos-ricos perdem o tino a armar ao fino! A troika não permitirá desvios ao que foi acordado. Para manterem as suas medievais mordomias e as dos seus afilhados os governantes vão lançando mão de uns “agravamentos extra”, por menu, que ostensivamente publicitam espalhando aos sete ventos que estão a ir mais longe do que o exigido…
É caso para dizer: Este País é um colosso! Está tudo grosso!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Penhoras

Segundo o DN, “entre salários, pensões, contas bancárias, casas e carros as Finanças estão a fazer uma média de 354 penhoras por dia”prevendo-se que este número venha a aumentar na segunda metade do ano, porque é nesta altura que acontece o maior número de instauração de processos de dívida, relativos principalmente ao IRS e ao IMI. A mesma fonte refere ainda que este número, relativo ao primeiro semestre de 2011, corresponde a cerca de 20% das penhoras marcadas, pois 80% dos contribuintes optou por regularizar a sua situação antes que o rendimento ou o bem lhe fosse efectivamente confiscado…
Este cenário trágico espelha bem o nosso País, onde uma boa parte das pessoas, anos e anos a fio, foge ao pagamento das suas obrigações fiscais, exibindo muitos deles, ostensivamente, os seus sinais exteriores de riqueza, numa vaidade incontida, quase sempre acompanhada de uma acusação à função pública pela crise em que vivemos…
Lamento, sinto raiva e estou solidário com aqueles que de um momento para o outro se vêem privadas dos seus rendimentos por causas inesperadas a que são alheios; mas não tenho pena nenhuma (antes pelo contrário) da esmagadora maioria daqueles que quando os ameaçam com execuções fiscais, pagam voluntariamente a dívida. São os crónicos fugitivos ao fisco, que por saberem que não lhes acontece nada, adiam, adiam, adiam até prescrever…Com o escandaloso peso de advogados e juristas nas cadeiras da AR, a fabricar e alterar leis a velocidade relâmpago a justiça não passa de um sonho, no reino da impunidade…Os golpistas estão a coberto! É apenas uma questão de “lata”, capacidade para arriscar e vergonha!
Estamos todos à espera que a Justiça funcione e que a corrupção e as fugas ao fisco sejam enérgica e severamente combatidas. Sabemos que as penhoras não vão parar, porque elas são características da crise em que vivemos.
O que se espera é que acabem os voluntários a pagar, apenas quando sentem o rabinho apertado… E, ele, há tantos!
Que não aconteça às Finanças o que aconteceu com um cidadão que a determinada altura deixou de saber se ia visitar um amigo para cobrar uma dívida, se para fazer festas ao cão ou simplesmente para beber um conhaque. Convém que o Governo e o Ministério das Finanças saibam exactamente o que querem e a quem devem penhorar prioritariamente… Se possível, menos penhoras e mais dinheiro! Tenho a sensação que muito peixe graúdo escapa …

PS- Espero que, por engano, não venham a confiscar os bens a um tal de Loureiro natural de Aguiar da Beira e de outros figurões que calmamente saltam à vara por aí… Com o ex-primeiro escusam de preocupar-se, porque parece que ele não tem rendimento colectável.

domingo, 17 de julho de 2011

Obamices…

O presidente dos USA, a propósito da situação de “calças apertadas” em que está metido, fruto das dificuldades financeiras e políticas, terá afirmado “não somos a Grécia ou Portugal”!!!
Provavelmente sem outra intenção que não fosse afirmar a importância do seu (”pequeno”) país acabou por nos fazer um grande elogio.
Não são e ainda bem, senhor Obama, pois apesar das enormes dificuldades que atravessamos, muito por nossa culpa, (mas também muito pelo papel do país que (des)governa), a política Portuguesa têm-se revelado bem mais digna do que a dos Estados Unidos…
Em termos de seriedade e transparência ninguém se confunde convosco! Os petrodólares, o Vietname e o Iraque são apenas parte do rosto visível de uma política belicista e de rapina que nos orgulhamos muito de não partilhar… Sentimo-nos muito felizes por não pertencermos a essa família!
No seu papel de gigante, Obama ridicularizou os mais pequenos e mais fracos e isso é impróprio de um Estadista digno desse nome. (Não lhe ficava nada mal pedir desculpa pelo que disse, embora me pareça que não tem estofo intelectual para isso).
O problema dos Estados Unidos é quererem ser donos do mundo. Apesar dos vários “avisos” que já tiveram, insistem na cruzada belicista que, mesmo tendo muitos coniventes, um dia terá fim! Gastam muito em guerras (e pouco em políticas sociais) o que levou à dimensão astronómica da dívida pública e do défice actuais… Gastam muitos, muitos, muitos milhões para nos fazer crer que a poderosíssima indústria de armamento é o garante da paz mundial!!!
A situação de Portugal é bem mais fácil de resolver, apesar da fragilidade que a nossa pequena dimensão acarreta e da pressão que os países mais poderosos exercem sobre nós para gastarmos dinheiro em coisas inúteis. Para resolvermos a nossa situação, muito provavelmente, temos que começar por deixar de ter os Estados Unidos como ídolo e virar-nos para a Europa a que pertencemos e para o mundo que descobrimos e que nem sempre tratámos bem. Alguém, civilizado, tem que ter a coragem de dizer aos Estados Unidos que a Democracia os impede que sejam donos do Mundo e muito menos da nossa vontade própria.

Senhor Obama: Deixe Portugal em paz. Resolva os seus problemas e deixe-nos tentar resolver os nossos! Quando se lembrar de Portugal evite dizer o que quer que seja. Vá passear o seu cão preto que parece que é de raça portuguesa…
Na hora do Juízo Final Deus julgá-lo-á… Leve roupas frescas, porque o “calor” há-de ser muito!



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Rating…

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou em entrevista ao jornal espanhol ‘El País’ que a Europa tem de controlar as agências de rating e romper com o seu oligopólio.
Controlar??????? Em nome de quê e de quem e por que motivo(s)?
O que a Europa precisa é de se afirmar no mundo pelo exemplo humanista que deve abraçar, cooperar e ser solidária internamente e deixar-se de americanices parvas …
As agências de rating são livres de existir e emitir o seu parecer ou são só para dizer o que agrada aos políticos engravatados que se sentam nas cadeiras do “poder” apenas para auferirem chorudos ordenados?
Os serviços que lhes encomendam e pagam principescamente passaram de mandamentos a pecados mortais?
Quem faz e aprova as leis que permitem aos especuladores assassinarem as economias dos países e esconderem os despojos da sua especulação em offshores impenetráveis?
Quem permite que andem à solta os criminosos que roubam o suor do nosso rosto e vivem em autênticos paraísos fiscais, gozando de regalias vergonhosas, próprias de uma sociedade medieval?
O que é que já fez a UE, não sendo protestar, avulso, para combater o flagelo dos especuladores? E quem são e onde estão os especuladores? O que é que levou a que o dinheiro deixasse de ter rasto e rosto?
Em Portugal, o que é que já fez o nosso governo (a não ser roubar-nos os nossos direitos adquiridos ao longo de uma vida de trabalho) para mostrar que vai cortar nas mordomias e no despesismo escandaloso do Estado que alimenta uma série de parasitas escondidos em Institutos, Fundações, Empresas públicas e outras Organizações de reconhecida inutilidade?
Todos sabíamos que as agências de rating são um instrumento ao serviço do capital especulativo… o que eu gostava que me explicassem é o motivo pelo qual os países europeus lhe pagam os rios de dinheiro que começam agora a ser do nosso conhecimento…
A especulação económica e financeira é muito boa para muita gente, e, muitos dos que se aproveitaram e aproveitam dela, combatem neste momento as agências de rating a quem contrataram e lamberam as botinhas!
As mediocridades agora proferidas contra as agências de rating não passam disso mesmo enquanto acharmos que elas são boas se disserem bem de nós e más quando as suas análises nos desfavorecem. São livres de existir, de pensar e de dizer. Só é preciso que à semelhança de muita outra gentinha (que não é) sejam responsabilizadas pelos seus actos.
Ser hipócrita é tão ordinário como ser especulador! Tentar lavar hipocrisia, como o faz o senhor Van Rompuy quando, só agora , diz que "no passado as agências de rating cometeram muitos erros e acarretam uma parte da responsabilidade pela crise imobiliária que originou a actual crise financeira e económica”é, pura e simplesmente vergonhoso. Chamo a isto hipocrisia tamanho XXXL!
Não foram as agências de rating que nos colocaram na fossa… mas nossos governantes (especialistas em números) parecem sentir-se bem na pele de desgraçadinhos injustiçados, depois de terem tirado a quem trabalha uma boa fatia do seu sustento… (Pudera!!!)

Não precisamos de pena nem de dó europeu… precisamos de ser sérios e de erguer a nossa voz nas organizações onde estamos representados, para exigir que nos respeitem!
Fomos o País que mais fundos recebeu, per capita, e que pior os aproveitou… Talvez seja altura de meter alguém na cadeia, ter tino e encontrar rumo!

sábado, 9 de julho de 2011

Pacovices

Metem dó e fazem-me cócegas na pituitária as declarações dos senhores presidentes das Câmaras de Lisboa, Porto e Sintra relativamente ao cancelamento do contrato com a agência de notação financeira Moody’s…
A dar ouvidos a esses senhores, até parece que a Moody’s era uma instituição credível enquanto falou a linguagem de quem a contratou e deixou de o ser a partir do momento em que as suas análises passaram a borrifar-se em quem lhes pagou chorudos dividendos, subtraídos ao bem-estar dos munícipes (espero que com a devida autorização).
Chego a pensar que estas contratações funcionavam como um “chapéu” para os seus devaneios e ousadias, dada a debilidade da argumentação utilizada.

Deixa, também, muito a desejar o “pluralismo, a competência e poder de encaixe” do nosso compatriota Durão Barroso e do Senhor presidente da República, que parecem ter descoberto só agora que a Moody’s está ao serviço do grande capital especulador norte-americano.

Vai sendo altura de os nossos políticos perceberem que ninguém consegue saciar o “monstro especulador”e que, cada vez que cedemos de “olhos fechados” às suas exigências, ele se reforça para atacar de novo, mais ferozmente.

Contrariamente ao que muitos pensavam e alguns ainda pensam, o “mercado” não é um Deus; e, se nada for feito para combater a especulação e a corrupção, a Europa vai sucumbir a breve prazo… Os ataques do dólar e dos especuladores têm que ter resposta firme e adequada, para que o retrocesso europeu não se acentue para níveis inaceitáveis que comprometem a paz na Europa e no mundo.

No essencial, a União Europeia não passa de uma hipocrisia comandada pela senhora Merkel, em benefício da Alemanha, sendo alguns países considerados meros números e consumidores de produtos que fazem crescer a sua próspera economia.
A aposta na não produção e na subsidiodependência que caracterizam o nosso país em sectores chave da actividade económica, não são culpa da Moody’s, são culpa dos nossos governantes e de nós próprios…

Sr. Dr. Cavaco Silva: após aniquilar a nossa agricultura e pesca, de pouco valem as suas intempestivas (tardias) proclamações de boas intenções...
Esta hora é de acção e não de palavreado.

Estadistas precisam-se!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Poupem-nos, por favor!

Alguém me diz por que estala o verniz de Francisco Assis? Será da qualidade do propriamente dito, será do diluente que lhe adicionaram, será por ter sido aplicado de forma inadequada ou será simplesmente porque todo o verniz estala?
Para quem sempre manifestou incondicional apoio pela “Democracia muda de Sócrates “ este desejo de debater a todo o vapor, não apenas no interior do partido, mas também na rádio e na televisão, sinceramente cheira-me a demagogia barata, porque que eu saiba quem elege o SG são apenas os militantes com as quotas em dia, (espera-se que pagas pelo próprio). Acho bem que Seguro e Assis tenham direito a um show televisivo para que o Povo possa avaliar as suas capacidades discursivas e argumentativas, bem como a sua presença em “cena”, mas no exterior do partido, tudo o que passe disto, parece-me demasiado…
Empreguem o vosso tempo a estudar “tolerância” e “estratégias activas de participação militante” e a debater interna e amplamente propostas que nos ajudem a sair desta crise em que o PS nos ajudou a mergulhar e verão como o PS se fortalecerá e o Povo voltará a acreditar nele… Deixem-se de propaganda barata… pouco palavreado e muita acção! Ganhem algum tempo a pensar na renovação do partido e na forma de dispensar as lapas que não desgrudam e com a maior naturalidade do mundo, numa falta de ética deplorável, combatem hoje aqueles que apoiaram ontem e vice-versa. A primeira coisa que o PS tem que fazer, se não quer sujeitar-se a um jejum muito prolongado, é alterar o rumo e o estilo e isso não se faz com os dirigentes concelhios, distritais e nacionais que passam a vida a somar derrotas, agarrados ao poder, em seu benefício próprio.
O grande debate é a nível interno! Poupem-nos de banalidades sem qualquer efeito prático. Queiramos ou não, o passado recente foi muito mau. A fotografia está muito tremida… Seria de bom tom que o PS começasse por pedir desculpa aos portugueses pela forma como legislou e governou. Assis não me parece homem para isso, sendo essa uma das razões pela qual apoio José Seguro, que me parece bem menos arrogante.
Ontem passei pelo Hotel Montebelo e com grande estranheza minha vi José Seguro rodeado dos que há bem pouco apoiavam incondicionalmente Sócrates, que na sua vaidade incontida teimou em não sair quando devia, para depois da derrota dar de frosques , deixando o PS na lama. Eis um possível mote para debate interno!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Socretinices…

Segundo o jornal i, o governo presidido por Sócrates apagou informação dos computadores, depois de perder as eleições e bateu em retirada com a (falsa) promessa de regresso às bases… (alguém sabe dele?)
Na semana que antecedeu a tomada de posse do actual governo, os funcionários dos gabinetes dos Ministérios das Finanças e da Economia ficaram sem informação nos computadores com que trabalhavam.
Os discos rígidos foram limpos, os emails profissionais deixaram de ter histórico…
Parece que foram dadas ordens no sentido de não deixar qualquer informação nos computadores profissionais, como se alguém fosse o “dono” da documentação existente paga com o dinheiro de todos nós e que se continuasse disponível pouparia muitas horas de trabalho, que poderiam ser gastas noutros afazeres mais úteis ao País.
Este procedimento de quem parte não é coisa inédita e, tanto quanto sei, repete-se, a todos os níveis, sempre que há troca de poder. Esta “demência” ajuda a perceber a qualidade da transparência de quem senta o rabinho nas cadeiras do poder e o respeito que tem pela vontade do Povo. “Cheira-me” a vingança dos vencidos, o que é muito feio, deselegante e nada democrático, próprio de reizinhos mimados, de competência e seriedade duvidosa, que na hora da partida tem que esconder o que fizeram enquanto “serviram” a causa pública.
Vai sendo altura de aqueles que optam pela vida política aprenderem a respeitar-se uns aos outros nas suas diferenças, que devem ser assumidas, mas nunca em prejuízo do interesse público.
Destruir informação útil e necessária a quem chega, por direito que lhe advém do acto eleitoral, para mim é crime, mas mesmo que o não seja na Lei, considero que é nojento, seja quem for a fazê-lo.
De Sócrates e de muitos que constituíam a “máquina” de que se rodeou já nada me surpreende, mas, sinceramente, fico desiludido quando vejo tantos “colunáveis” do PS a querer dar continuidade à sua “obra”.
Será que, como espero, Assis for às malvas, haverá “delete” nos computadores do Largo do Rato, das Distritais e das Concelhias?
Espero que não, mas se tal acontecer não será surpresa para mim!