segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Vende-se jardim

Vendo por um euro o Jardim
Que herdei por testamento
Tem muita erva ruim
E é muito caro o sustento!

Se o quiserem sem pagar
Podemos falar sobre isso
Já ninguém o quer comprar
Parece que tem enguiço

Mesmo que tenha que pagar
A quem o queira comprar
Eu aceito de bom grado

Não estou mais para trabalhar
Para ter que o adubar
Estou a ficar cansado!

Vende-se Quinta

Vendo a quinta do Governo
Que herdei de uns “parentes”
Que hão-de arder no inferno
Por mentirem com todos os dentes!

São dois passos daqui lá
Até às portas da entrada
Mas é para vender já
Porque amanhã não vale nada!

Vão de graça as governantas
Os animais, os feitores…
E as alfaias já caducas

Também ofereço as mantas
Para embrulhar alguns mandadores
Que são umas “ganda” malucas!

Vende-se Quinta

Vendo a quinta do Governo
Que herdei de uns “parentes”
Que hão-de arder no inferno
Por mentirem com todos os dentes!

São dois passos daqui lá
Até às portas da entrada
Mas é para vender já
Porque amanhã não vale nada!

Vão de graça as governantas
Os animais, os feitores…
E as alfaias já caducas

Também ofereço as mantas
Para embrulhar alguns mandadores
Que são umas “ganda” malucas!

Prece

Especuladores: virai-vos para França e Alemanha
Que têm dívida astronómica e pilim à fartasana
Deixai-nos, porque já estamos depenados
Quase que só nos falta ser crucificados!

Deixai de extorquir os nossos bens
O que ganhais com quem já só tem vinténs?
Metei na ordem os “boches da raça pura”
Ide depressa sacar o milho… enquanto dura!

A vergonhosa hipocrisia de Merkel e Sarkozy
É um conto de vigário como eu nunca vi
Vergai-os até que percam os sentidos!

Fazei-os sentir medo até fazerem xixi
Sugai-lhes a medula, deixai-os sem álibi
Fazei-os pagar os crimes cometidos!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Bailinho

Ó Alberto duma figa
Por mais que o Passos te diga
Que a dívida é para pagar
Tu manda-lo bugiar!

Ao ministro dos impostos
Tu destróis os “pressupostos”
E ao seu ar simplório
Respondes com foguetório!

És o espelho do (des)governo
Que tenta dar-nos a volta
Para proteger os amigos!

Portugal está enfermo
Andam os vampiros à solta
Já só se ouvem gemidos!

MERKELITE…

A Europa padece de uma forte inflamação que quase a impede (e a nós, também) de andar. Vivemos permanentemente ameaçados por uma pandemia global e isso tem sido uma boa desculpa para não cuidarmos da epidemia com epicentro em Berlim, por obra e graça da Srª Merkel, que nada faz para evitar a contaminação dos países da periferia e tudo faz para se manter imune ao vírus do “mercado” que teima em manter activo.
Não faço ideia de quanto a Alemanha já ganhou com a crise, mas tenho a certeza que já foi muito e há-de ser, ainda, muito mais durante uns tempos… o período suficiente para encher bem o saco, até um bocadinho antes de rebentar! Só nessa altura mudará de política e fará o que hoje justa e sensatamente se reclama, isto é, trabalhar afincadamente para a formação de uma verdadeira União solidária de Países e cidadãos.
A Alemanha sempre foi, é e será hipócrita! Quer agora conquistar através do dinheiro aquilo que não conseguiu pela guerra: a hegemonia do velho continente, para impor as suas leis e gerir tudo a seu belo prazer, apenas fiel aos seus exclusivos interesses.
Se nada for feito para travar a Merkelite, não tardará muito que uma grande parte dos Países Europeus, com Portugal à cabeça, tenha que andar de joelhos a mendigar o pão nosso de cada dia, que deixará de ser rezado nas Igrejas e passará a ser chorado nas ruas…
Alguém saberá, por acaso, o montante dos depósitos em bancos alemães feito por magnatas portugueses, espanhóis, italianos e dos Países que estão diariamente a ser ameaçados com a bancarrota? Uma enormidade!
Até quando é que os políticos vão admitir que os especuladores lhes defequem nas ocas cabecinhas sem pestanejar, quais guardas da rainha, limitando-se a dizer YES a tudo o que lhes ordenam os que têm por missão fazer-nos beijar o chão que eles pisam? Muito provavelmente até serem corridos, porque esta geração de políticos ou morrem ou têm que ser empurrados pela janela…nunca sabem onde é a porta de saída!
Esta crise em que estamos mergulhados, na sua essência e génese, tem alguma coisa a ver com o “mundo do trabalho”? É claro que não, mas diariamente insistem em fazer-nos ver o contrário!
O que fazem os outros primeiros ministro e os ministros das finanças quando se encontram para reflectir, estudar, analisar, propor, inventar, encontrar soluções…? Nada, que se saiba! A única coisa que fazem, é ir pelas costas, armados em chicos espertos, “negociar” um favorzinho da Srª Merkel!
É evidente que isto só podia ter como resultado esta Merkelite que nos contagia até à morte!

PS - (Felizmente?) Os especuladores, que sabem onde está o dinheiro, já se preparam para apertar o cerco à França e à Alemanha, porque os países que estão nas lonas, como nós, já pouco têm para dar… Pode ser que, quando sentir o “rabinho” quente, a Srª Merkel desça do seu pedestal e se torne digna de liderar o projecto europeu com que sonhávamos quando entrámos neste comboio…
Oxalá nessa altura, não seja tarde demais!
Se a Merklite se transforma em Merdlite, não há esgoto que resista!

domingo, 20 de novembro de 2011

O “senhor” que se segue…

Tal como qualquer cidadão minimamente “avisado” previa, o próximo objectivo da troika é baixar os salários dos privados…
Como é que havemos de suportar os chorudos salários que eles auferem para nos lixar, se as medidas até agora tomadas se mostram, ainda, insuficientes para nos colocar na “rota da desgraça”, que permita que aceitemos mudos e quedos tudo o que esses energúmenos decidam fazer?
Somos uns miseráveis! Continuamos a acreditar que, quando “mexem” nos bolsos dos outros pobres e remediados, isso não nos diz respeito e, portanto, alheamo-nos do assunto, acenamos que sim com a cabeça ou batemos palmas…
Quando o Governo decidiu “brindar” os funcionários públicos, os reformados e pensionistas (que descontaram uma vida inteira e não meia dúzia de anos) com os cortes que todos já conhecemos, muitos foram os trabalhadores e pequenos empresários privados que louvaram tal atitude, convencidos que “ o capital selvagem” alguma vez fica saciado…!

Tive oportunidade de dizer a alguns deles: “Espera e logo verás…” e fiquei com a sensação que muitos, quando lhes virava as costas, ficavam a dizer para os seus botões: “Este caramelo está ferido de asa e anda a cuspir veneno para desabafar”…
Passado este pequeno período de “interregno privado” o que vejo são os pequenos empresários a sucumbir (porque quem não tem dinheiro não consome) e os trabalhadores privados a serem “convidados” a ganhar menos e trabalhar mais!
Muito sinceramente confesso que a muitos deles, esta situação assenta-lhes como a esmola a um pobre e só não me rio, porque considero que estamos perante uma tragédia que até o senhor presidente (louvado seja Deus) já denunciou!
Vai sendo altura de deixarmos de ser macambúzios e de encostar o dedo ao nariz dos “troika tintas” e das “melgas” que elegemos para nos governar e que, em vez disso, só pensam no seu conforto!
Não sei o que vai ser exigido pela troika, depois do abaixamento dos salários dos privados (certinho e em breve), mas que há-de ser uma coisa do género de suprimir uma refeição a quem comer mais de uma vez por dia…Seja o que for que esses fdp sugiram o melhor é não bater palmas, mesmo que isso não nos afecte directamente, no imediato…
Quando os vampiros saem à rua, mais tarde ou mais cedo acabamos por ser suas vítimas!


PS - A Europa, a que pertencemos, tem meios para”domesticar” os especuladores. Se os quer manter selvagens, tem que nos explicar por quê! Que União é esta? Ninguém ousa “aromatizar” Merkel e Sarkosy?
E já agora: Este modelo de capitalismo é justo e está perfeito? Nasceu para ser eterno? Temos que aceitá-lo como imutável?
Vão à rua… ver se estão em casa!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Genericamente…

Senhor doutor
Tenho uma dor
Quando me dá, quase perco o juízo
Receite-me algo, que eu bem preciso!
Ora essa amigo Alfredo!
Não vai morrer! Não tenha medo!
Vou receitar-lhe um medicamento
Que é topo de gama, neste momento!
Mas quando aviar o receituário
Não vá na treta do boticário!

Boa tarde senhora farmacêutica
Venda-me aqui esta terapêutica
Respeite a vontade do meu médico
Dê-me do mais caro, não quero genérico!
Esses doutores são uns “lérias”
Só pensam em Congressos de férias!
Leve este que é baratinho
E até pode tomá-lo com um copinho!
Nem me diga semelhante tal…
Já nem me sinto tão mal!
E não há nenhum ainda mais barato
Que também me ponha apto?
Há sim senhor, mas é muito fraquinho!
E tem que ser tomado “sozinho”!
Desse não quero, não!
Pode fazer-me mal ao coração!
Traga lá desse, que se lixe!
Barato… é fixe!
Eu só não quero morrer!
E o médico nem precisa de saber!

Como estás ó Joaquim?
Venho ali do botequim
Fui lá com uma receitazinha
E aviaram-me outra, mais baratinha!
Santa Madre padroeira…
Não será uma rasteira?
Cheira-me a mais uma aldrabice
Igual às muitas que o Passos disse!
Todos querem é … prendas e passeios
E estão-se nas tintas para os nossos anseios!
Férias, descontos, congressos, colóquios…
Temos que estar atentos aos pinóquios!

Andam larápios e cães de vila
A lixar-nos à má fila!
Insensíveis aos nossos ais
Só querem ganhar cada vez mais!
E nós quedos, mudos e moucos
Vamos sucumbindo aos poucos!
Genericamente,
A gente sente
Que Portugal está doente!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

D. Justiça

Enquanto a Ministra da Justiça, o Bastonário da Ordem dos Advogados e os Meritíssimos Juízes se “divertem” em acusações mútuas e troca de mimos de muito mau gosto (às vezes), Portugal continua como dantes, isto é, a (des)esperar que a Justiça funcione em tempo útil e que seja justa…
O cidadão comum, não especialista em leis e questões de direito, não compreende este “desacato” permanente, na praça pública, entre os principais intervenientes na administração da Justiça.
Se perdurar esta confusão reinante há vários anos, não haverá falta de trabalho para os gabinetes de advogados…Estarão também “justificados” os elevados gastos e salários dos Tribunais e a sua fraca produtividade…, mas isso só ajudará à ruína que paira sobre o nosso horizonte!
Entre nós, são muitos os que se queixam da (in)Justiça!
Se não fossem os radares e os soldados da GNR, da PSP e da Polícia Municipal a “zelar”pelo pagamento de multas de velocidade, de minutinhos de atraso a meter a moeda no parcómetro e de esquecimento do cinto de segurança, quase nem se dava conta que vivemos num Estado de Direito, onde as Leis se aplicam e são cumpridas!
Não me parece que seja (ainda) desta vez que o nosso sistema judicial vai ganhar credibilidade interna e externa e ajudar a resolver os graves problemas com que nos debatemos…
Em Portugal há corrupção, mas não há corruptos; há roubos, mas não há ladrões; há crime mas não há criminosos… há de tudo, menos Justiça!
Deliberadamente ou não, os processos amontoam-se! Demora-se uma eternidade, que faz prescrever uma parte deles e tira todo o sentido a muitos outros.
Os magistrados são assim uma espécie de principezinhos sindicalizados, com “salvaguardas” à medida… Quando vestem a meritíssima veste, nem sempre ficam bem na fotografia…
Muitos advogados limitam-se a encontrar “pintelhos” processuais (para citar o Dr. Catroga, de má memória) que permitam lavar “as faltas” dos seus clientes.
A Senhora Ministra da Justiça parece-me mais apostada no “verniz” e no “markting” do que em tomar decisões.
Assim, obviamente, não vamos lá!


PS- Por favor, senhores pinóquios do governo: Se for preciso comprar mais uns “topo de gama” para os “chefões”da Justiça, não se acanhem! Lancem um “desconto” (para não ser imposto) de 5 euros a cada cidadão (menos aos ricos, coitados!) para pagamento dos mesmos. Somos macambúzios, mas não somos forretas, nem capazes de ver sofrer quem nos fofofofaz “bem”!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

“Isaltai”!

De recurso em recurso
Vai seguindo o seu percurso
Ele não é nenhum urso!
Não é nenhum zé ninguém
Daqueles que o Estado mantém
Nas prisões, aqui e além!
Com ele piam fininho
Porque é um reizinho
E sabe que não está sozinho!
Tem com ele a finess
Faz tudo o que lhe apetece
Sabe que nada lhe acontece!
E quem se mete com este “amigo”
Arrisca-se a um castigo
Ouçam bem o que eu vos digo!
Não se lhe acaba o dinheiro
Porque está no estrangeiro
Num “offshore verdadeiro”!
Não vivam na ilusão
De que vai parar à prisão
Mesmo sendo um aldrabão!
Pertence a famílias “nobres”
Está-se nas tintas para os pobres
Só lhe interessam os “cobres”!
O erário público é um filão
Que está sempre ali à mão
E que não existe em vão!
Meterá a mão no pote
Mesmo que isso se note
Enquanto o Povo nele vote!
Está protegido por lei
Qual… isso eu não sei
Porque nunca a vislumbrei!
Tem um grupo de doutores
Que são os seus defensores
E lavam os seus horrores!
À inocência dos seus “males”
Eles dão os seus avales
E dizem-lhe: não te rales!
Recorrerá ao tribunal divino
Já está a compor o “hino”
Que será um “verdadeiro desaltino”!
E se não for ouvida a sua voz
Criará um concilium de tótós
Que absolva, de vez, os seus cocós!
Continuará até que a mão lhe doa…
Porque é rapaz de vida boa
E nunca faz as coisas à toa!

PS – Exalto ao Senhor meu Deus que nos livre destes fariseus!

Quem quer calçar as pantufinhas rosa?

No conforto do Largo do Rato, o PS vai tentando encontrar formas de contabilizar a seu favor algumas “oportunidades” resultantes da crise que ajudou a construir, é certo, mas que este governo de mentirosos e charlatães, na ânsia de proteger os mais abastados, agravou significativamente!
No quartel-general azul laranja procura-se a todo o custo empurrar a responsabilidade da crise para os ombros do PS, enquanto se prepara o assalto final aos bolsos dos funcionários públicos, reformados e pensionistas, colocando “de reserva” uma legião de desempregados que possam servir os seus propósitos de exploradores de mão-de-obra barata.
Constituem um anedotário hilariante as opiniões e promessas de Passos Coelho antes de ser chefe do Governo. È um autêntico compêndio de mentiras, que vai certamente ficar tristemente célebre, porque, com “gente” desta envergadura, Portugal não pode ir longe… Sempre ouvi dizer e oxalá assim seja, a mentira tem a perna curta!
José Seguro, na perspectiva de ganhar eleitorado, calçou as pantufinhas para não “atamancar” os “privados” e depois de fazer um pequeno tabu orçamental, anunciou, com alguma pompa e circunstância, que o PS vai propor a manutenção de um dos subsídios, o de Natal ou o de Férias, para os funcionários públicos, reformados e pensionistas.
De uma só cajadada, o PS quis matar dois coelhos: granjear a simpatia dos funcionários públicos, reformados e pensionistas (que assim receberão um “presente” de que já não estavam à espera) e simultaneamente “piscar o olho” aos “privados” a quem (tal como o PSD e o PP) isenta de participar no esforço colectivo para vencer a crise em que estamos mergulhados até aos “queixos”…
É o que pode chamar-se “entrada de pantufas na caça aos gambuzinos”, por parte do PS, a contrapor à “entrada de chancas na caça ao euro”, do PSD/PP!
Pé ante pé, de zig zag em zig zag, “sempre no interesse nacional”, as chefias partidárias (todas) continuam a confundir o que é justo com aquilo que é menos penoso para os seus interesses… No que ao PS diz respeito, trata-se de uma jogada estratégica de muito mau gosto, que nada dignifica o Partido e os seus dirigentes.

Meu caro José Seguro:
Por mais voltas que dê ao texto, está a defender uma barbaridade, completamente alheia aos princípios do partido que lidera (?). Está a deixar-se iludir com as palmas e as palmadinhas da “herança” do seu antecessor, que teve que aceitar…
Com muita mágoa, tenho que lhe dizer que a posição que anunciou nada tem de socialista e tem tudo de oportunista! Socialismo seria todos pagarmos na exacta medida dos nossos rendimentos, independentemente de pertencermos ao sector público ou ao sector privado, reformados ou no activo.
Os funcionários públicos e os pensionistas não precisam de favores! Precisam de Justiça e é por ela que o maior partido da oposição deve pugnar!
Deixe-se de idiotices! Mesmo que saia vitorioso… é a vitória da mediocridade!

Parabéns Rui Rio!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ínclita (de)Ge(ne)ração

Os governos presididos por ministros socialistas deram à luz alguns “artistas” de grande gabarito na “nobre arte de surripiar, mas a ”Ínclita (de)Ge(ne)ração” provém de governos presididos por Cavaco Silva, que acredito, apesar daquelas acçõezitas que não me saem da cabeça, que seja um homem impoluto.
Na altura em que foi 1º ministro entrava dinheiro a rodos em Portugal, que em vez de ser aplicado no desenvolvimento do País, era consumido em megalomanias, iates, carros e vivendas de luxo ou posto “a coberto” em offshores.
Grande parte dos projectos que justificavam a vinda do dinheiro não passavam do papel, o que permitia “chorudas negociatas” em que todos ganhavam e só perdia o País…
Reinava a “sensação nacional” que os prejuízos causados ao Estado não prejudicavam todos e cada um de nós. Ninguém estava preocupado com o “surripanço” do alheio… Sirvam-se à vontade que o dinheiro não é meu, pensavam e diziam muitos!
Com o decorrer do tempo vieram a lume a rede de “nobres falsários” que se instalou e algumas negociatas que se fizeram, mas… atrás das grades continua a não se avistar ninguém e, pelos vistos, assim vai ser por todo o sempre!
O Povo, estúpido, triste e macambúzio, deixou de se preocupar com “isso” e cada um no seu “xicoespertismo” continua a espreitar uma oportunidade de (também) ludibriar quem puder, legitimando assim a velha máxima “negócio é negócio, só se deixa enganar quem quer ou quem é burro”, o que facilita a “lavagem” de toda a sujidade ao nível em que os milhões gravitam!
É a degeneração total da democracia, por ausência do seu indispensável sustentáculo económico, do qual diariamente é espoliada!
A “corrida ao ouro” já começou!
De olhos (fechados) postos em Oliveira e Costa e Dias Loureiro como exemplos de “cidadania” aguardemos em silêncio, como faz Duarte Lima (refugiado em casa, a contas com a justiça brasileira) o resultado das “negociações” entre cowboys e marechais!
Conheço um “fora de prazo” que, provavelmente, para justificar o enriquecimento de alguns à sombra da política, costuma dizer que a gamela (de porco, onde come) não dá para todos!
Conheço outro que, talvez com a mesma finalidade, diz que muitos são os eleitos, mas poucos são os escolhidos!
Eu persisto em dizer: As prisões continuam vazias!

PS - Repousai tranquila D. Filipa! Os vossos filhos Duarte, Pedro, Henrique, João e Fernando nada têm a ver com esta pandilha.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Kag kilomilhões

Noticiam alguns jornais que o asteróide 2005 YU55 irá passar junto à Terra no dia 8 de Novembro. Segundo a NASA passará a uma distância de 325 mil quilómetros, ficando mais próximo da terra do que a lua… (mais milímetro menos milímetro, digo eu.)
Com os milhões, os mil milhões e os kag kilomilões de euros com que somos bombardeados todos os dias, pelos mais diversos motivos, perdemos a noção da realidade e até ficamos com a sensação que o dito asteróide vai passar ao lado das nossas cabeças (tontas)… Em termos cósmicos trezentos mil quilómetros é um pontinho, mas dizer “passar junto” para se referir a algo que passa a 325.000 Km, parece-me um exagero, até pelo pânico que pode causar no comum dos mortais, como eu.
Será provavelmente esta relação cósmica que leva a que alguns “iluminados”confundam com a maior das naturalidades “milhões” com “milhares de milhões” de euros, como se da mesma coisa se tratasse…
Quando da invasão de Portugal pelo dinheiro da Europa, (que agora temos que pagar com língua de palmo, depois de muito dele ter regressado à proveniência, em compras de inutilidades), perdeu-se a noção dos valores e das medidas. Com o euro, o problema agravou-se havendo até há bem pouco tempo (e ainda haverá) muito boa gente que relacionava 1 euro com cem escudos e outra que confunde euros com contos de reis…
Quando olhamos para trás até parece que já foi há séculos que mil escudos era dinheiro e que mil contos era uma fortuna… Hoje tudo o que não seja milhões ou milhares de milhões, (nem que seja de esfomeados) já nada diz a uma grande parte dos nossos políticos, governantes e outros endinheirados.
Estamos em plena época dos kag kilomilhões! Ninguém sabe muito bem quanto será, mas todos sabemos que é muito.
Os nossos políticos, com o ar mais inocente e sério deste mundo, atiram-nos para os ouvidos com números astronómicos de dívida, ao mesmo tempo que nos querem fazer acreditar que um euro é um euro e que um aumento de vinte e cinco euros no ordenado mínimo nacional seria uma tragédia… (Quando se trata de falar para a arraia miúda, metem-se os milhões no saco e vinte euros transformam-se numa fortuna!).
Enquanto o nosso dinheirinho (algumas vezes ganho com sangue, suor e lágrimas) estiver a entrar no poço sem fundo dos kag kilomilhões) todos nos dizem que estamos no bom caminho e que o futuro há-de sorrir-nos… Se trabalharmos cada vez mais, ganharmos e gastarmos cada vez menos, os nossos (des)governantes prometem-nos o paraíso terrestre ! (sempre adiado.)
Estranhamente, desde há poucos dias, das palavras do troca-tintas do líder dos sociais-democratas, começa a depreender-se que “finalmente” descobriu que sem financiamento e poder de compra a economia não funciona. O facto de produzirmos muito, nada conta, se não houver quem compre! E para comprar é preciso ter dinheiro! E para ter dinheiro é preciso ter emprego! E … é preciso haver bom senso!
O “cancro” da sociedade actual são os especuladores e as offshores, mas aí, os governantes (adivinhem os motivos) não estão interessados em mexer!!!!! Preferem lançar e aumentar impostos que sustentem as suas faustosas vidas e as dos seus apaniguados.
Estamos endividados (arruinados, digo eu), mas a Presidência, o Governo, a Assembleia e os “escolhidos” continuam a viver à grande e à francesa.
As benesses continuam, o regabofe aumenta a cada dia que passa! Das gorduras do Estado deixámos de ouvir falar! Os Institutos, as aFundações e as outras aberrações… foi chão que deu uvas! (caladinhos como ratos!)
Pobre sorte a nossa!