segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

As patacas do ensino…

Tenho andado a magicar nas estratégias dos empresários de ensino privado que de um momento para o outro se viram privados da comparticipação estatal (total) que protegia a sua iniciativa e premiava a sua “cooperação”com o ensino público… Confesso que a última “cena” a que assisti me enojou até à ponta dos cabelos, tão baixo desceram aqueles energúmenos que não hesitaram em envolver crianças em manifestações macabras, de brincadeira com a dignidade de que deve revestir-se a morte de seres humanos, sejam pobres, ricos, santos ou pecadores, analfabetos ou doutores…
Brincar com a morte, ainda por cima, envolvendo nessa brincadeira de mau gosto inocentes crianças em representação de não sei quantas mil famílias (esta linguagem actual de milhões para aqui e para ali, fez desaparecer de algumas mentes as noções de dúzia, quarteirão, meio cento e cento) é vergonhoso e arrepiante, próprio de quem não olha a meios para atingir os seus ignóbeis fins. É um insulto perante o qual não posso ficar calado.
O Estado (e muito bem), de acordo com a nossa Lei Fundamental, tem vindo a fazer avultados investimentos na Escola Pública (com excepção do “investimento” nos professores) e por muitas voltas que dê ao miolo não consigo entender como se continua a encher os bolsinhos de “ilustres cidadãos” que teimam em manter abertas escolas em lugares onde as Escolas Públicas (que consomem rios de dinheiro) estão a ficar às moscas…
A Educação não pode continuar a ser a “árvore das patacas”, tal como não o são outras Actividades Sociais. E Escola privada é sempre bem-vinda enquanto for necessária, mas quando deixar de o ser tem que sujeitar-se a regras, adaptando-se ao “mercado” tanto do agrado de muitos dos seus donos. Eu sei que os defensores do mercado mudam de opinião quando lhes vão aos bolsos (BPP BPN…), mas a Educação é um Direito fundamental de todos nós, que o Estado tem que assegurar, e, não um direito, de duração indeterminada, a benesses injustas por parte dos que decidiram investir ou jogar na Educação em vez de jogar na bolsa, ou investir noutra actividade qualquer
Admito que uma percentagem mínima do investimento no ensino privado tenha sido feito a pensar no bem das crianças, mas parece-me óbvio que o principal motivo foi o investimento num sector rentável que, como tantos outros, está sempre em risco de deixar de o ser.
A avaliar por alguns comportamentos a que assistimos, naquela palhaçada de rua, estamos a lidar com gente pouco escrupulosa, que agita as suas bandeiras envolvendo caixões, pais, professores e crianças … Não ficarei nada admirado se numa próxima palhaçada vir algumas crianças dentro dos caixões, empunhando cartazes contra a Escola pública, para dar um ar, intensa e deploravelmente, ainda mais trágico!
Felizmente são cada vez menos os que se deixam ir em tretas de Paulinhos de feira! Estamos fartos de tragédias e de “respeitáveis” vendedores de banha da cobra.
Antes de terminar gostava de fazer um apelo aos estudantes de tenra idade: peçam aos vossos papás que não vos envolvam em politiquices e toca a estudar, para que a árvore das patacas deixe de existir e, brevemente, voltemos à dignificação do trabalho!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E quando as moscas partirem…

Acabou a campanha presidencial. Já se prepara a máquina para as legislativas, mas pelo menos deixámos de ser obrigados a ouvir aquele chorrilho de acusações mútuas dos candidatos que, se calhar, são verdade, mas que não passam de inutilidades sem qualquer consequência, neste nosso mui célere e digno sistema judicial, cujo funcionamento ultrapassa a minha capacidade compreensiva.
Eufóricos, alegres ou tristes, aos portugueses só resta uma “esperança”: Até data a definir serão cada vez mais os que vivem abaixo do limiar da pobreza, os pobres e os muito ricos e para lá da inevitabilidade da morte, não há outras certezas em Portugal. A instabilidade assentou arraiais… o regabofe continua, os compadrios são o que se sabe, o fausto, o desperdício e o despesismo não param. Prevê-se que as moscas vão mudar, mas a “tal” continua a ser a mesma!

Os nossos líderes e decisores políticos actuais continuam a a não conseguir entender-se, à excepção de quando se trata de lixar os mais fracos. Relativamente a tomadas de posição para sairmos da crise e recuperar a nossa depauperada economia, apenas conhecem os cortes salariais e redução dos direitos de quem trabalha ou trabalhou.
Seria bom que esses novos-ricos, aburguesados e gastadores (que mesmo que alguma vez venham a ser eleitos apenas por 10% dos eleitores, hão-de continuar a reclamar legitimidade) assumissem as suas responsabilidades. Deviam colocar-se ao serviço do País, mas em vez disso continuam no seu pedestal a insultar-nos com as suas mentiras, a sua preguiça e incompetência e a sua arrogância sem limites.

A vitória de Cavaco Silva provocou, certamente, nos seus apoiantes, que trabalham para granjear o seu sustento, a sensação que as coisas irão mudar para melhor (ou no mínimo não piorar), mas não tardará que esse sentimento termine, a avaliar por um conjunto de medidas que se anunciam, designadamente a nível laboral.
Para alguns “patrões” (empresários há poucos, para além de Rui Nabeiro, a quem presto homenagem) não importa que pessoas que trabalharam árdua e fielmente uma vida inteiro ao seu serviço, tenham sempre recebido ordenados de miséria, comparados com os de outros países europeus que são o seu “modelo”… O que eles querem, agora que estão de bolsinho cheio, é poder despedi-los sem pagar ou pagar quase nada!
É evidente que um patrão não deve ficar pobre para ficarem ricos os que para si trabalham, mas também não deve viver como um nababo à custa da miséria de quem para si dedicadamente trabalhou. Dentro das suas possibilidades deve apoiá-los e não escorraçá-los como vejo fazer a alguns.

Todos sabemos que os tempos são difíceis e por isso é que cada um deve assumir o seu papel e dar o seu contributo. É urgente falar verdade, dar o exemplo e não brincar com coisas sérias. Infelizmente “disso” vemos pouco… Muitos são os que vêem e denunciam o cisco no olho do vizinho, mas ninguém é julgado e muito menos vai para detrás das grades, por mais “aparentes evidências” que revelem os seus actos.
Desrespeito e impunidade competem com cumprimento do dever e seriedade, mas com motores mais potentes!
A última verdade de que me lembro foi a famosa “gaffe do país mais pobre”, o último bom exemplo que recordo foi aquele “jamais”(en français) e quanto a coisas sérias ocorre-me aquele “porreiro, pá!”
Como mentira ainda recente refiro aquela do aumento dos juros da dívida se houvesse 2ª volta e aqueloutra da injustiça dos cortes salariais da função pública, proferidas em tom solene e sábio.

Todos sabemos que mais tarde ou mais cedo estas “moscas” vão partir, mas, porque já conhecemos a qualidade das que lhe sucederão, sabemos que a “ dita” vai continuar, enquanto metermos a cabeça na areia a fingir que não sabemos que a Democracia ou acaba, ou então, enquanto existir, tem como única “arma” o voto consciente e o dever de sermos exigentes com quem escolhemos para gerir os destinos do País.

Mesmo assim, Portugal continua lindo e a cantar “e quando as moscas partirem…”
Ah Portugal duma figa!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Algemas, mas, mas, mas!

Dois reclusos, suspeitos de narcotráfico internacional conseguiram fugir, agredindo os guardas que os acompanhavam numa carrinha celular.
Segundo um testemunho que ouvi, quando liguei a televisão ao acordar, (penso que do senhor director dos serviços prisionais, mas não tenho a certeza, porque não voltei a ouvir tal relato) as algemas que lhes colocaram abriam-se sem chave, como ele próprio havia verificado.
Isto nem parece possível, mas o certo é que foi e isso é de tal maneira grave, que não pode ficar impune! Para não me perder em possíveis interpretações menos abonatórias, direi apenas que o facilitismo e/ou a falta de formação dos senhores agentes envolvidos é confrangedor e que a falta de responsabilidade a alto nível, me parece crime…
A minha prima Micas que é uma brincalhona, quando lhe liguei para lhe dar nota do ocorrido, gritou-me do outro lado: Não me interrompas, porque estou a tentar desvendar um mistério! Já te ligo! … e desligou!
Há minutos ligou-me e disse-me: Vai ao email. Foi de lá que retirei a prosa que se segue:
Meu primo: Num exaustivo exercício intelectual, que até incluiu um brainstorming com a família toda cá de casa, posso garantir-te que as algemas utilizadas nos reclusos que fugiram têm muitas probabilidades de ter sido compradas em saldo, num qualquer outlet de vendas com pequeno defeito, devido aos cortes impostos pelas restrições orçamentais provocadas pela crise… Hipóteses mais estapafúrdicas podem levar-nos a admitir que se tratava de “algemas pulseira” para VIPs, tipo administradores do BPN, por se tratar de personalidades de baixíssimo risco (e valor, digo eu). Também pode tratar-se de “algemas de abertura fácil” tipo super bock mini, para presos acompanhados por agentes já idosos com artrose , ou então “algemas tipo chinês” que só funcionam uma vez! Outra possibilidade é serem “algemas com chave pendurada” para que nunca fique extraviada! Rematava o escrito, dizendo “seja qual tenha sido o tipo de algemas utilizadas, isto é uma anedota e já me fez rir às gargalhadas!”
Confesso que me ri quando li, mas perdi a vontade quando pensei nas algemas utilizadas, num dos dois sindicalistas detidos à porta do senhor primeiro-ministro, quando exerciam o seu direito de manifestação e indignação…
Essas, pelos vistos não eram “algemas de brincar”, eram de qualidade e funcionaram sem falhas, porque “agitadores sindicalistas”merecem ”algemas à séria” … São pessoas altamente perigosas para a segurança das ruas e do próprio Estado “a que chegámos”!
Senhor ministro: Demita-se!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Encerrado para balanço…

Portugal encerrou para balanço. O estado de depressão em que vive uma boa parte dos portugueses devido às políticas implementadas pelos sucessivos Governos (o de José Sócrates incluído, mas não o único) transformou-nos num País sem chama e sem auto estima, o que muito dificulta a necessária reviravolta que nos permita enfrentar o futuro com optimismo e sair da crise em que estamos mergulhados até ao pescoço…
Se não fosse o pedido de demissão do presidente do Sporting as televisões teriam tido muitas dificuldades nos destaques de abertura dos telejornais, tal o marasmo rotineiro em que caímos. A falta de trabalho e responsabilidade de quem devia passar o tempo nos gabinetes a dar no duro, mas que substitui esse dever por algo bem mais atraente que é viver em permanente propaganda, passeios e festins, viajando em carros topo de gama, envolvidos em maquilhagem, envergando fatos caros de marca, papagueando discursos de encomenda, conduziu-nos a este beco…
O País anda de pernas para o ar. Quem trabalha vive à míngua, quem especula enriquece, quem desvia, sempre alcança! Seo rumo continuara a ser este Portugal corre o risco de vir a transformar-se num Júlio de Matos gigante. Ninguém aguenta tanta mentira, tanta incompetência e tanto compadrio.
A”medicação” que nos receitam está fora do prazo de validade. A doença da crise transformou-se em Destino… Vivemos alheados de tudo. Ninguém se importa com coisa nenhuma. É o “abandono” total temperado com molho de regabofe!
O desemprego continua em alta! (Valter Lemos desdramatiza e com toda a razão, porque tenho a certeza que ninguém da sua família está desempregado).
As empresas abrem falência a um ritmo estonteante. As pequenas indústrias e o pequeno comércio agonizam em silêncio. Os produtos agrícolas “cultivam-se (importados) nas prateleiras das grandes superfícies.
Os combustíveis upa! upa! e parece que o preço do petróleo só serve para justificar os aumentos de preço. Petróleo barato não implica, pelos vistos, preços mais baixos! (Abençoado inferno que vos há-de acolher!)
A saúde está doente. A Escola é um espaço de lamúrias. A cultura vai-se transformando em batata. A justiça é o que está à vista de todos mais o que não sabemos… O ambiente é o que se pode constatar dando um passeio pelos campos abandonados e pelos subúrbios habitacionais.
Já ninguém tem paciência para ouvir os candidatos presidenciais! A campanha não passa de um chorrilho de vulgaridades.
Cavaco vai esfregando as mãos! José Sócrates reuniu o staff máximo para apelar ao apoio a Alegre, mas saiu para mundo, à procura de dinheiro, porque, também ele, sabe que Cavaco é a sua tábua de salvação…
Devagar devagarinho e aos saltinhos vamos indo a caminho da derrocada, mas os altos dirigentes políticos da nação não se preocupam, porque sabem que há sempre um banquinho dourado para quem mete o gentio no lugar.
Continuamos de mão estendida para o mundo, a pedir dinheiro para pagar dívidas, a fingir que não se passa nada de grave. (O problema é que pedir dinheiro para pagar dívidas não cria desenvolvimento)
Os juros da dívida soberana não estabilizam nem param de subir, por mais que o senhor ministro das finanças se desfaça em amabilidades e habilidades, para tentar credibilizar a sua teoria… (caduca?)
Felizes e contentes os nossos deputados e ministros saboreiam a vingançazinha “do corte salarial à função pública” a pensar como hão-de fazer para que o seu e de alguns outros seja compensado por criativas benesses…
E assim vamos indo… pró fundo! (à espera de Santa Merkel, que há-de aparecer um dia, pela mão de D. Sebastião!)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma questão de (idone)idade …

Talvez pela educação que me foi dada, confesso que tenho alguma dificuldade em dizer mal de quem morreu. Ouvi várias vezes o meu pai dizer que um morto é sempre boa pessoa, independentemente do que tenha sido. A minha mãe reforçava esta ideia afirmando peremptoriamente: Nunca se diz mal dos mortos!
Nunca os questionei se as suas afirmações eram convictas, fruto de “medo” pelo desconhecido, ou fruto da tradição, mas absorvi-as ao ponto de, como disse, hoje me causar algum incómodo falar mal de quem morreu…
Vem isto a propósito da morte de Carlos Castro, pessoa que sempre abominei, não por ser homossexual, mas pela forma com exteriorizava esse facto, contribuindo fortemente para que as crianças e jovens se habituassem a considerar normalíssimo, aquilo, que devemos respeitar, mas não promover como se de um “bem para o mundo” se tratasse!
A sua morte horrenda, que lamento e condeno, ocorreu pela acção de um dos seus amiguinhos (ocasionais?), um jovem modelo, que provavelmente viu nele um trampolim para a sua carreira, mas que pelos vistos não se adaptou aos seus caprichos. Alguém já muito maduro, homossexual ou não, que, tudo o indica, envolvia nas suas fantasias sexuais pessoas de quem podia ser avô, a troco de eventual fama e ou dinheiro, demonstra uma pequenez de espírito que, embora não deva confundir-se com pedofilia, é bem reveladora de uma mente perturbada e maléfica que nada de positivo acrescenta (antes pelo contrário!) à construção de uma sociedade regida por valores e princípios que respeitem a dignidade humana…
Apesar dos elogios da imprensa rosa (e não só) e dos testemunhos recentes de proeminentes figuras, Carlos Castro ficará gravado na minha memória como “exemplo a não seguir”.
Paz (e silêncio) à sua alma!

domingo, 9 de janeiro de 2011

…no vazio

Já todos sabemos que no BPN se escondia uma corja de larápios e falsificadores que muito contribuíram para levar o país à situação ruinosa em que nos encontramos.
Já sabemos que Cavaco Silva comprou lá uns bilhetes tipo D. Branca (a preço de saldo) que rentabilizaram 140%, operação avalizada pelo seu amigo de longa data… (imagine-se a casualidade!).
Também já sabemos que, Manuel Alegre fez um servicito literário para o BPP e já não se lembra se devolveu o dinheiro… mas pelos vistos não!
Meus ricos senhores: Já chega de Bancos! Não mexam mais na porcaria, porque o cheiro tornou-se nauseabundo. Digam-nos o que farão se forem eleitos! Mostrem-nos as vossas estratégias para ajudar a salvar Portugal! Falem-nos de coisas sérias e importantes para o nosso presente e futuro! Nós sabemos que são sérios e honrados! Se o não fossem já tinham caído nas malhas da Justiça e sido condenados, como tem acontecido com tantos e tantos, ultimamente!
Enquanto a rapaziada da Assembleia da República anda numa roda viva para formar mais uma Comissão de inquérito para o “Caso Camarate” e o Presidente da República se entretém na Campanha para um segundo mandato (numa surpreendente e pouco educada troca de “mimos”), temos que ser nós a encontrar uma saída deste labirinto onde os nossos governantes nos meteram, depois de terem dado uma chave da porta de emergência aos amigalhaços.
Por irresponsabilidade de nós próprios, mas sobretudo dos mentirosos e ladrões que se instalaram no aparelho do Estado (com conivências descaradas de quem tinha que agir) somos obrigados, em cada dia, a apertar mais o cinto, porque os preços não param de subir…
É um real pagode! Todos os candidatos se fartam de botar faladura, mas nenhum define um rumo para o país, porque todos querem votos de todos os quadrantes… Depois no poleirinho logo se verá, de acordo com aquilo que nos obrigarem a fazer os senhores do capital especulativo.
A Alemanha está bem e recomenda-se… a Europa está “safa”… Portugal está no “bom” caminho… D. Sebastião há-de ajudar-nos a sair da crise! (claro que em parceria com o novo presidente, o senhor primeiro ministro e todos os líderes partidários).

Esta campanha eleitoral é um vazio de ideias que nos ofende, tal como à memória dos nossos antepassados descobridores. Apetece-me chorar de tristeza quando me ponho a pensar na “venda” de todos os valores seguros da nossa economia feita por Cavaco e seus pares, a troco de vagões de dinheiro que, por não falar, não se sabe onde estará.
Mal empregado dinheiro que está a ser gasto nestas “campanha conversas da treta” que temos que pagar com língua de palmo. Valia mais que os senhores candidatos se recolhessem ao silêncio e entregassem o dinheiro às empresas de propaganda com quem fizeram contratos (porque elas não têm culpa desta pobreza de espírito) e dessa forma, pelo menos não tínhamos que os ouvir!
Ou muito me engano ou vão ser poucos os que vão às urnas!
Estou desertinho para ouvir os discursos nessa noite! Já estou a imaginar os staffs todos a cantar vitória, espero que sem Cavaco a dizer que “agora sou presidente de todos os Portugueses”. Se isso, por infelicidade, acontecer, gritarei para dentro mim: Todos menos um! (… e chorarei pela noite fora!)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Os pópós dos senhores governantes e Cª Ilimitada

Num país em crise como o nosso é um escândalo o que se passa com as “bombas” dos senhores governantes (a todos os níveis), dos laboriosos administradores das empresas públicas, dos mui altruístas responsáveis de ONGs e Instituições Humanitárias e de outros “beneméritos”… que eu não digo.
Muitos são os que, impunemente, abusam dos seus privilégios, incompreensíveis nos tempos que correm. O cidadão comum aperta o cinto até ao último furo, enquanto os agiotas que nos levaram à ruína se passeiam à vontade, nos carros pagos e suportados com o dinheiro dos impostos que pagamos, muitas vezes em serviço de família! É uma monstruosa falta de vergonha! Os políticos e os seus “afilhados” perderam a noção da ética e do bom senso, formando um “clã de silêncio” que atravessa todos os partidos, numa cumplicidade arrepiante, para protecção mútua.
Ainda gostava de saber porque é que os “burros” tem que ir para o emprego em carro próprio ou em transporte público e neste momento de crise, ainda temos que alimentar esta chulice toda… Ainda se governassem ou gerissem bem, vá lá que não vá, mas assim…deviam (mas era) andar a pé, para castigo!
Que falta de solidariedade! Que nojo ter que suportar os seus sorrisos enganadores! A única coisa que nossos iluminados líderes políticos sabem fazer é prometer-nos um futuro mais risonho, que nunca vem, em nome do qual cada dia nos pedem mais sacrifícios, uns de uma forma mais optimista que outros.
A Democracia corre perigo devido à situação económica e financeira em que vivemos. Só no dia em que este povo macambúzio, triste e imbecil acordar, obrigando muitos de vós a fugir da nossa frente é que poderá voltar a haver esperança!
Enquanto os nababos se deliciam e desvalorizam o trabalho, muitos são os que trabalham como desalmados para conseguir o simples sustento diário e muitos outros estão desempregados… Aumenta significativamente o número dos tendencialmente pobres. A miséria de muitos vive paredes meias com a ostentação de uns quantos…Talvez que, quando houver corte em todos os salários, o povinho acorde, porque depois não afecta só os “malvados” dos funcionários públicos! Até lá, seremos obrigados a suportar o vosso fedor… disfarçado com o “perfume” com que nos enganais…conspurcando tudo ao vosso redor… com os vossos blá blá blás habituais!
Não seria pelas (medievais) mordomias públicas que deveria começar o combate à crise, em Portugal?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Coisitas sem importância...

A bagunça provocada pelos carros mal estacionados nas imediações do Palácio do Gelo em Viseu, nos dias de euforia natalícia e de Fim de Ano (e não só) traz-me à mente a muito provável possibilidade de haver dois pesos e duas medidas para com os condutores que “querem entrar com os carros para dentro” dos estabelecimentos comerciais, consoante se trate de pequeno comércio tradicional ou de grandes superfícies.
Passei, com muitas dificuldades, várias vezes na rua traseira do Palácio do gelo (uma delas ia mesmo batendo num “distraído” que estacionou mal e abriu a porta à papo seco) e nunca lá vi nenhum daqueles “zelosos senhores, eficientíssimos “ sempre presentes quando estacionamos bem e nos dirigimos a um qualquer estabelecimento sem tirar ticket, porque só vamos demorar uns minutinhos, cujo pagamento a máquina não aceita. (Como é possível que, em plena rua, pública e feita para nos servir, nos obriguem a pagar minutos de estacionamento que não vamos utilizar?!) Ao que isto chegou!
Considero que pagar estacionamento nas ruas da (minha) cidade é um abuso de poder, mas como o dinheiro reverte numa parte considerável para os bolsos de beneméritos tipo Belmiro e outros, aceito pagar (com muitas dores de estômago) pelos mui altos fins a que o dinheiro se destina…, mas parece-me super abuso de poder obrigarem-me, na rua, a pagar por tempo que não vou utilizar! Aquele tecto mínimo de custo de estacionamento dá-me a volta aos fígados, mesmo num continente em que 2 euros são uma moeda, sendo 1 dólar uma nota, nas terras do Tio Sam…
A autarquia, tanto quanto sei, utiliza os tostões que arrecada em apoios sociais humanitários e outros de igual valia, pelo que não me atrevo a chamar nomes feios aos responsáveis pela prática do estacionamento pago nas ruas da cidade, mas não me parece que tivesse sido pior que as suas iluminadas mentes traduzissem as suas brilhantes ideias em pinturas de penicos…
O papel dos senhores agentes nisto tudo, nem sei nem me interessa. Sei apenas que não me parece isento e parece-me cinzento. Se, efectivamente, o é ou não, isso ultrapassa a tonelagem da minha camioneta.
Ah! Já me esquecia. Meus senhores: Regulem o estacionamento nas imediações do Palácio, nem que vos custe muito! É que, aquelas ruas e parte da obra foram feitas com o dinheirinho de todos nós, através de incentivos a fundo perdido, paguinhos com língua de fora, em pré morten, com o dinheirinho dos nossos impostos…
Termino com as palavras sábias de um falecido anónimo: A rua também é minha! Tratem bem dela, excelências!