domingo, 30 de outubro de 2011

O “ticketzinho” da máquina…

Os deputados da Assembleia da República empolgam-se a produzir um emaranhado de leis que ninguém tem tempo de cumprir, porque vão sendo alteradas a um ritmo que o comum dos cidadãos não tem hipótese de seguir. Os nossos governantes em vez de zelarem pelo cumprimento da lei, sempre que estão em dificuldades, lançam ou aumentam impostos…
O recente aumento de IVA para o sector da restauração, que tanta polémica tem causado, é um exemplo paradigmático da falta de conhecimento do País real dos nossos governantes. Fechados em gabinete para “profundas reflexões” sobre quem vão lixar a seguir, em vez de viajarem pelo país, nos carros que nós lhes comprámos, para verem o que realmente se passa , portam-se como autênticas múmias paralíticas, comandadas pelos donos do grande capital especulativo.
Na quase totalidade das compras de bens e serviços que fazemos, ou não nos dão qualquer papelinho comprovativo, ou nos dão o “ticket da máquina”. Em alguns locais (poucos) perguntam-nos se queremos factura…, como se isso seja coisa do nosso querer e não da sua obrigatoriedade. Normalmente dizemos que não é preciso, porque a factura não vai ter qualquer repercussão nos impostos que pagamos.
Bastava que se acabasse com o “ticket da máquina” e se punisse severamente quem não nos entrega a factura/recibo do que pagamos, para que o montante do IVA subisse em flecha, na restauração e em muitos outros sectores, onde as fugas são muitas e grandes. Se alguém nos vende coisa pouca pela porta do cavalo é porque alguém vende, pela mesma porta, coisa enorme!
Gostava que o senhor ministro das finanças explicasse aos portugueses por que é que os gastos que fazemos ao longo do ano não afectam o nosso IRS. (Estou convicto de que o pequeno benefício que teria cada um de nós, ajudaria a apanhar muitos faltosos e que faria crescer substancialmente o bolo, mas pelo vistos isso não interessa a muito boa gente!)
O “ticket da máquina”, já vulgar em muitos locais, tanto quanto sei, só serve para as empresas, grandes e pequenas, controlarem as suas contas internas e evitar que metam, muito, a pata na poça… Cresce a economia paralela, mas os nossos governantes (não sei por quê) até parecem gostar dela!
Sinto-me indignado com o roubo do subsídio de férias e do 13º mês. Muitos, como eu, sempre contaram com ele para equilibrar a vida que planearam com base em que os Governos Democráticos são pessoas de bem, que cumprem os compromissos assumidos pelos seus antecessores.
Tudo isto saiu furado, porque um escol de trafulhas tomou conta de Portugal e fez dele aquilo que se vê, sem que nenhum repouse atrás das grades e muito poucos gozem o merecido descanso no cemitério. (Estão “vivinhos da costa”, a rir-se de nós!)
Tenho a certeza que três grandes “pilares” da nossa ruína são: esses energúmenos, a obesidade do Estado (de que já não se fala) e o “ticket da máquina”!
Comparados com estes três “pilares”, o subsídio de férias e o 13º mês dos funcionários públicos não passam de pequenos nadas! É claro que estão mais ali à mão, mas como aconselha, agora!!! Cavaco Silva, convém não ultrapassar os limites.

Que bem falava Sá Carneiro quando dizia que os subsídios de férias e de Natal são inalienáveis e impenhoráveis. Mas este bando de tecnocratas politicamente analfabetos, embora continue a reclamá-lo como símbolo, nunca, pelos vistos, estudou os seus ensinamentos.
Miseráveis!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Renunciais a Satanás?

Algures numa reserva de Índios, no Reino dos Feiticeiros, era dia de Juramentos… Paxus, o grande chefe, ornamentado com vestes de seda barata laranja, permanecia sentado e pensativo, no trono das decisões. Ao seu lado estava Portus, vestido com uma túnica azul, a imitar seda. Estava também com ar meditativo, mas de vez em quando soltava um risinho cínico para a “plateia”, onde se podiam ver algumas destacadas figuras da tribo.
À hora anunciada entraram no recinto Xezarius e Macedus, aprendizes de feiticeiro, que foram sentar-se no banco dos julgamentos a trocar olhares cúmplices de embaraço, provavelmente provocados pelas últimas novidades vindas a lume, muito comprometedoras do seu bom porte…
Com algum atraso, chegaram o ministro dos impostos e o ministro das falências, lá do sítio, para os apadrinharem e testemunharem o seu juramento…
Chegado o momento próprio, com ar muito virgem, o grande chefe perguntou: Renunciais a Satanás? E a todas as suas obras? E a todas as suas seduções?
Com ar cândido e envergonhado os dois futuros feiticeiros” responderam, em simultâneo: Renunciamos!
Paxus insiste. Renunciais ao subsídio de residência, a que teríeis direito se morásseis a mais de 100Km de Lisboa?
Os dois responderam: Renunciamos!
Porque fizestes semelhante tal, meus fiéis súbditos?
Cabisbaixos, Xezarius e Macedus não tugiram nem mugiram.
Passados instantes Paxus retomou a palavra para dizer: Compreendo e aceito o vosso silêncio… Deus vos cubra com o seu manto de perdão! Por mim estais perdoados, porque eu conheço a tentação do dinheiro e sei que estais arrependidos pela mentira que agora quereis transformar em verdade. Nunca desanimeis! Ide em frente na difícil cruzada contra quem trabalha! Ajudai-me a sugar-lhe o tutano em nome da TROIKA, do FMI e do BCE.
Seguiu-se um silêncio sepulcral de alguns segundos, interrompido pelo ministro dos impostos para dizer: Tendes que repor o dinheirinho recebido!
Ambos responderam: Assim faremos, com o que estava para vir e com o que já recebemos!
O ministro das falências exclamou de seguida: Esse dinheiro é para os empresários!
Certamente, retorquiram… Não voltaremos a ser falsários!
Em seguida Paxus perguntou: Como pudestes aspirar a tamanha benesse?
Oh… grande chefe: Nunca esperámos que isto se soubesse!
Alguns índios da plateia, incomodados com a resposta, esfregaram os rabinhos nos bancos mas tudo se manteve caladinho perante o olhar ameaçador de Paxus, que em alta voz anunciou:
Declaro-vos nobres feiticeiros!
Repitam comigo:
Prometemos não voltar a mentir… e juramos cumprir o nosso dever…de extorquir ao Povo o que puder ser! (e assim fizeram!)

Só me ocorre um adjectivo: Pulhas!

O altruísta

Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, vai formalizar a ”renúncia ao subsídio de alojamento", com efeitos extensíveis à data da atribuição, que foi em Junho do ano passado.
Com o ar mais cândido do mundo afirmou que deixará de receber um valor que a lei lhe atribuía para "acabar com a polémica e para não ficar condicionado por ela”!
Que lindo discurso de ocasião, dirão alguns. Que gigantesca falta de vergonha, dirão outros. Que cinismo, dirão muitos. Que lata, digo eu.
O seu ar de “anjo”faz-me lembrar alguém que tinha como hobby malhar na oposição! Quer a um quer a outro nunca compraria uma bicicleta em segunda mão, mas parece-me bem mais grave “iludir” a lei do que malhar na oposição…
Afinal onde reside o senhor ministro? Alguém me disse que em Braga não é certamente, porque ninguém o vê por lá! A renúncia ao “subsidiozinho” indicia (para mim) que o senhor ministro não tem muita certeza de “residir” em Braga… É pena que, a ser assim, só agora tenha decidido que mora em Lisboa ou lá perto, para calar as “más línguas”, como se depreende das suas palavras de fuga em frente!
É certo que a hipocrisia não tem limites definidos, mas é muito feio dizer uma coisa e fazer o contrário. Apelar ao nosso aperto de cinto e aumentar o dele, foi o que fez este senhor desde Junho, e, agora que foi apanhado com as calças na mão, decidiu armar-se em altruísta e “oferecer” ao País uma das benesses de que injustamente (ilegalmente?) usufruía. Mesmo com a residência fiscal em Braga, se mora em Lisboa, se fosse uma pessoa coerente, nunca devia ter aceitado receber esse “ condenável acrescento feudal”.
Gostava que os senhores governantes me explicassem por que é que, em tempo de profunda crise, não lhes chega o ordenado a que têm direito, à semelhança do que acontece com o comum dos cidadãos. Não tenho nada contra quem tem ou quer ter várias residências, carros topo de gama e uma vida de luxo, desde que não prejudique o erário público…mas se o dinheiro sai do bolsinho de todos (como é o caso) tudo muda de figura!
O “altruísmo” do senhor ministro Macedo (que me mete medo) não passa de mais um remendo na esburacada “manta de retalhos” governamental. É mais uma tentativa de “lavar” procedimentos nojentos, atentatórios da dignidade de quem trabalha e recebe o seu salário no fim do mês, tendo que residir, viajar e comer dele…
Aponta-se (e eu estou de acordo) que um dos nossos males de Portugal é a subsídio dependência. Não será altura dos senhores governantes, senhores deputados da Nação, senhores Autarcas e tantos outros “Monarcas” darem o exemplo aos senhores que usufruem de rendimento de inserção social e não querem ouvir falar de trabalho?
Senhores governantes que tanto dizeis e tão pouco fazeis: Deixai-vos de falsos altruísmos e de tantos malabarismos! Lavai as mãos e sede “apenas” cidadãos!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vitalícias mordomias…

Se a Assembleia da República decidir que os antigos titulares de cargos políticos vão escapar ao esforço adicional de austeridade, exigido aos funcionários públicos e pensionistas que ganhem mais de mil euros, escusam os políticos de vir com blá blá blá justificativo, porque não passam de oportunistas que fazem leis em benefício próprio.
Os sacrifícios que temos que fazer (depois de estarem atrás das grades e serem despojados dos seus bens os larápios que nos arrastaram para esta situação) devem ser repartidos por todos na exacta medida das suas posses.
Explicando claramente aos portugueses a forma como seria possível equilibrar as nossas contas e resolver o problema do défice a Oposição tem que votar contra o Orçamento de Estado pelas injustiças e abusos que ele reflecte. Mais este atentado mostra bem o respeito dos políticos por todos aqueles que cumprem as suas obrigações.
Se a oposição não denunciar este “crime” mais vale que arrume a viola e vá tocar tangos para outra rua, porque já bem basta a maneira como essas pensões foram adquiridas, quanto mais dispensá-las de corte… É uma autêntica (falta de) vergonha, própria de um país que vive afastado dos seus problemas suportando uma classe política de “saqueadores” dos bolsos de quem trabalha ou trabalhou para ter uma vida equilibrada e digna.
Não prevejo nem desejo vida longa ao actual Governo! A ânsia de mostrar ao capital especulativo que é “bom menino”, levou-o a ultrapassar a troika a grande velocidade e está a conduzir o Portugal para um “estado de nervos” de imprevisíveis consequências. Vamos certamente viver os dias mais negros depois de Abril… Mesmo assim, espero que o senhor ministro dos impostos recupere daquele ar cansado com que aparece na televisão e que me preocupa, porque não desejo a morte aos meus inimigos.
Está em marcha um ajuste de contas dos “donos”do dinheiro… É o preço que estamos a pagar pela liberdade e pelos erros que cometemos quando escolhemos os nossos representantes, sem cuidarmos se eram pessoas de bem ou falsários! Fizemos uma Revolução, poupámos e perdoámos ao inimigo, depois adormecemos e fomos gastando… Foram aparecendo “profetas” e, quando falhavam as profecias, continuávamos à espera de D. Sebastião…
Acreditámos na bondade do capitalismo, que se foi tornando selvagem até se tornar num monstro. Chegámos a ter a ilusão de que um dia seríamos todos ricos. Muitos de nós convertemo-nos em cigarras, desrespeitando as formigas…
Está, quem sabe, na hora de fazermos outra Revolução, mas desta vez uma “coisa mais a sério”! Onde não haja lugar para corruptos, falsários e cães de fila e que a sede de justiça inunde os nossos corações!
Ai que lindo é… respeitar o Zé!

Arre! Toc, toc,toc!

Passos e Portas foram incumbidos pela alta finança, de confirmar as palavras de Barroso, antes de fugir para Bruxelas: “Portugal está de tanga!”
Diz-se por aí que quando o chefe da troika perguntou a Passos se Portugal estava mesmo de tanga, ele prontamente respondeu: Fique descansado, ainda não está mas garanto-lhe que vai ficar! Portas, terá apenas dito: Acredite, isto é “homem de palavra”!
Verdadeiro ou não este episódio, uma coisa é certa: vamos ter que aguentar a “serenata dos cortes”com língua de palmo e bolsos vazios, porque, como diz o PSD (e bem), os Governos do PS também “ajudaram à missa”, dando um inequívoco contributo para o desenvolvimento… da crise!
Cada vez mais, penso que vamos ser espremidos e nada vai resultar de positivo para Portugal, se a sra Merkel e o senhor Sarkozi continuarem a pensar que são os donos da Europa.
O nosso Governo devia ser menos exigente com quem trabalha e gastar mais do seu tempo a tentar fazer valer, nos lugares próprios, os direitos dos pequenos países.
O monstro da dívida continuará insaciável depois de nos sugar tudo… Se nada mudar na desUnião Europeia, estamos irremediavelmente condenados!
Está à vista que este aperto na economia vai levar à falência muitas empresas e provocar o desemprego de muitos, deixando assim de entrar nos cofres do Estado o dinheiro que ele precisa para pagar as dívidas. Esta pescada de rabo na boca em que estes “papalvos”estão a transformar a nossa economia para “mostrar serviço” vai levar-nos à ruína, como é defendido por pessoas de alta competência técnica na matéria.
Anestesiados pelas palmas da bancada parlamentar os açougueiros seguem em frente, guiados pelo ministro dos impostos, “a modos”que a querer dizer:
-Como consta na enciclopédia… para pagar temos a classe média!
-Que se lixe a rapaziada… que coma água e pão sem nada!
-É preciso pôr na linha esta malta… senão até para nós vai haver falta!
-Toc toc toc arre arre arre…quem tiver unhas que nos agarre!



Muito feio

Não conheço os contornos que poderiam ter levado Carlos Queiroz a afirmar que, com ele à frente da selecção, Portugal já estaria apurado e proferir aquele chorrilho de baboseiras relativamente a Paulo Bento…
Afirmações daquela natureza fazem-me pensar que Queiroz está bem longe da plenitude das suas capacidades … Provavelmente Queiroz estava apenas irritado quando lhe puseram o microfone na frente…
De uma maneira ou doutra, ficou muito mal na “fotografia” e vai ser muito difícil alguém esquecer este momento “infeliz”da vida de quem já tantas alegrias desportivas nos proporcionou, mas que corre o risco de sair do desporto português pela porta lateral pequena.
Claro que, como qualquer cidadão, tem o direito de dizer o que pensa, mas o seu prestígio obriga-o a não dizer a primeira coisa que lhe vem à cabeça!
Os resultados da selecção na era Queiroz são bem demonstrativos do ridículo das suas palavras. A sua pretensa comparação com Paulo Bento é leviana e até, talvez, intelectualmente desonesta. As palavras do ex seleccionador são uma ofensa a todos nós, que vimos a selecção ir ao fundo e renascer sob a batuta do seu sucessor.
Até admito a “raiva” de Queiroz aos dirigentes da FPF donde saiu de candeias às avessas (tão amigos que eles eram), mas relativamente a quem o substituiu com relativo êxito, o melhor seria estar bem caladinho… Ficava-lhe bem um pedido público de desculpas!
Espero que consigamos apurar-nos para o Europeu 2012. A imprensa não deve procurar “sangue” , deve sim dar o seu contributo para que as águas fiquem calmas. Não é tempo de ajuste de contas.
A maré deve ser de união, motivação e apoio. Queiroz, tal como qualquer cidadão que gosta de desporto, não está dispensado de entrar nesta onda!
Instabilidade no grupo de trabalho já basta aquela que os adversários que temos que defrontar sempre tentam criar!
Um contributo negativo por parte de Queiroz é altamente reprovável.
Haja bom senso!




sábado, 15 de outubro de 2011

… da Madeira

Continuo a questionar-me se Alberto João devia andar de “fato às riscas transversais”, algures no continente, para respeitar a lei e aprender quem manda… Continuo inclinado para o sim, mas se ele continua como e onde está, a culpa não é dele e não tenho outro remédio senão aguentar… (a ele e a outros que por aí circulam).
Mas, por favor, não me digam que ele “perdeu”, porque isso provoca-me náuseas!
Quem ganha com maioria absoluta nunca perde, por muito que isso custe àqueles que não ganham. Mesmo que não conseguisse maioria absoluta era ele o vencedor, embora neste caso a situação fosse muito diferente.
Os dirigentes políticos são férteis a “descortinar” vitórias nas suas derrotas e mais uma vez não resistiram à tentação de “ignorar” os seus resultados e analisar os dos outros.
Parece-me que os madeirenses voltaram a escolher Alberto João, porque pensaram que é a pessoa indicada para negociar a melhor forma de sair do buraco em que estão metidos.
Aquilo que o PS disse já os madeirenses estavam fartos de saber… Certamente estavam à espera que O PS apontasse caminhos para evitar o “dilúvio”, mas o Largo do Rato preferiu basear a sua estratégia na crítica à falta de informação do PSD e do CDS quanto às medidas duras que iriam adoptar, como se isso resolvesse algum problema ao cidadão comum… Até parece que conhecer o mal na véspera pode fazer alguém feliz!
O PS Madeira parece viver noutra galáxia. Mete dó! Aquela máxima de Maximiano Martins, que a seguir ao desastre eleitoral, assumiu a derrota no Funchal como sua, para logo de seguida proclamar que “só perde quem desiste de lutar”, é bem demonstrativa dos princípios que animam muitos militantes do “novo PS” que de derrota em derrota prosseguem, impávidos e serenos, a sua carreira de dirigentes…
José Seguro, que parece ainda não se ter apercebido da “herança” que o rodeia, veio tentar segurar o “tapete”, cometendo um erro desnecessário. O que a Madeira precisa é de novas caras, uma nova estratégia alicerçada no dinamismo, na coragem e na capacidade de iniciativa, em novas formas de estar, de pensar e de fazer. Quem perde tem que dar lugar a outros e voltar à base! (quanto mais quem perde, perde, perde…!!!)
Custa-me, mas tenho que felicitar Alberto João pela sua VITÓRIA e pela louca coragem de ter lutado contra a estrutura nacional do seu partido, assumindo a responsabilidade pela dívida ocultada, que vai ter que agora assumir, negociar e liquidar com a vigilância da TROIKA (se fosse do Governo eram favas contadas). Com o aplauso de muitos, podia ter passado essa responsabilidade para outros e ir gozar “merecidas” férias para um país distante.
Estou ansioso para ver o que vai acontecer.
Ou muito me engano ou o 1º Ministro e o Ministro dos Impostos vão ter que destapar mais num canto para tapar mais um santo…!
… e tu, Alberto, se conseguires dar a volta à Troika, serás perdoado para sempre!

10 Out

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

…sempre a crise!

O governo, apenas empenhado em garantir a consolidação orçamental, sem qualquer estratégia para o crescimento de Portugal está a conduzir-nos por caminhos que não garantem o objectivo da consolidação e podem levar-nos a uma recessão económica de consequências políticas e sociais muito graves, de consequências dificilmente previsíveis.
São evidentes os sinais de um país parado, sem alma, sem iniciativa… à espera do pior ou da vinda de D. Sebastião! Os portugueses estão a perder a sua capacidade criativa e mobilizadora, sem motivação para o que quer que seja, “a modos” que a ver a banda passar… Os “falsários”continuam a gozar de prestígio e a merecer a admiração de muitos a quem a vida demonstrou que quem trabalha não tem tempo para enriquecer! Diz-se que é preciso combater a corrupção, mas até agora a única coisa que se viu foi prender e soltar o rei da sucata que dava uns robalos “de prenda” pelo Natal aos amigos… Não se nota qualquer dano na “barca” dos políticos que nos enchem os ouvidos e o estômago com mais, mais e mais sacrifícios, inúteis sob o ponto de vista prático, porque os donos do capital especulativo são monstros insensíveis cujo objectivo é o enfraquecimento do trabalho, para puderem sugar-nos o tutano…
Nunca ninguém me explicou como é que um país como o nosso vence o seu atraso estrutural se não lhe forem dadas condições de excepção relativamente aos países desenvolvidos. Está à vista de todos que os fundos estruturais não são suficientes, porque são essencialmente gastos na compra de bens (e muitas inutilidades) aos países que controlam a União. É certo que nos habituámos a viver à fidalga, mas este corte radical na circulação do dinheiro não vai resolver (penso eu) os nossos problemas. Na sua analfabeta simplicidade o meu pai sempre me disse que pedir dinheiro para pagar juros leva à ruína, mas pelos vistos estes senhores engravatados que percebem de economia e finanças descobriram “uma pólvora” para nos convencerem que ganhando menos, ficando com menos direitos, trabalhando mais, sendo bem comportados, ficando muito caladinhos e fazendo o que manda a troika é possível sair da crise! Prometem-nos o paraíso num futuro que nunca chega em troca do presente digno que nos negam… Sempre, sempre, sempre só temos direito a futuro! O hoje é só “eles”!
Estamos falidos, mas não podemos declarar falência, porque isso prejudica o FMI, a sra Merkel, o sr Sarkozi e Cª Lda. Os burros de carga, que são uma grande parte dos portugueses, cá estão para lhes salvar a vidinha, ficando desempregados e sem meios para viver em condições minimamente dignas!
Como já se previa, Passos Coelho é mais um bluf como foi Sócrates (de má memória). É um óptimo moço de recados, mas falta-lhe “estaleca” de estadista.
O Governo anda de viseiras! Em vez de dar prioridade às matérias relacionadas com o crescimento económico, afunda o país com cortes e mais cortes, para garantir que a legião de “vendilhões” que diariamente nos esvazia os bolsos (retirando-nos parte daquilo que honestamente ganhamos ou ganhámos) possa auferir “lindos” salários e “belas” alcavalas.
Enquanto houver burros, nunca há-de faltar quem os queira montar!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

As (habituais) “tretas” de Cavaco

"Esperam-nos os maiores sacrifícios desta geração", afirmou Cavaco Silva no discurso que proferiu durante as Comemorações do 101º centenário da implantação da República.
"Acabou o tempo das ilusões" blá blá blá blá….
"Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil"blá blá blá…
Deve ser redescoberto"o valor republicano da austeridade digna" blá blá blá…
"Só produzindo mais e com mais qualidade é que podemos viver melhor"blá blá blá…
“Em momentos como este diminui a tolerância dos cidadãos para o despesismo público" blá blá blá…
"A disciplina orçamental será dura e inevitável"blá blá blá…
Blá blá blá Blá blá blá Blá blá blá Blá blá blá Blá blá blá
Quando afirmou que os portugueses exigem uma "mudança profunda na ação política", quase me fez entrar em êxtase hilariante!
Senhor presidente:
Poupe-nos o esforço de termos que o ouvir, porque nós já sabemos isso tudo e muito mais e o que queríamos era vê-lo assumir a sua grande cota de responsabilidade na situação em que nos encontramos e ver os corruptos, os falsários, os ladrões e os especuladores na prisão!
Basta de tretas! Que interessa para Vª Exª e para o Governo o que os portugueses querem?
Por acaso já não se recorda do que fez quando em Portugal entrava dinheiro “a rodos” para preparamos o nosso futuro?
Quem destruiu a nossa Pesca e a nossa Agricultura e quase todo o nosso sistema produtivo?
Donde saiu a “corja”do BPN? Quem ganhou com as ações do “buracão”?
Se não fosse a crise financeira que (também) se abateu sobre mim, hoje tinha apagado a televisão e tinha atirado com um sapato ao ecrã…
Haja respeito!

sábado, 1 de outubro de 2011

Ai de nós!

Portugal continua a saque!
Na sua bem estudada forma de dizer o ministro dos impostos vai avisando que os próximos tempos vão ser muito difíceis. Disse-o com o mesmo ar que nos daria uma boa notícia, com a insensibilidade hipócrita de um autómato tecnocrata.
Não fosse a notícia da absolvição em 1ª Instancia desse arauto da Democracia e da Liberdade que é Dias Loureiro e nada de positivo havia para destacar neste breve escrito… Fez-se justiça! Um homem daqueles não merece ser condenado… quando muito, merecia ser preso! (Que diabo… ele já foi conselheiro de Estado e todos ainda nos lembramos do respeito que granjeava do Senhor Presidente da República)
O grave da situação é que, tal como já se vai ouvindo, o pior ainda está para vir e não se vislumbram formas de dar volta ao “texto” de Passos e Portas, que até teve 12,5 na avaliação que os Portugueses fazem do Governo, nos primeiros 100 dias.
Com o passar do tempo, por demérito de Passos Coelho (que já demonstrou ser um bom cabo de ordens, mas tal como Sócrates, um menino sem ideologia e sem estratégia para desenvolver Portugal, colocando-o na rota do crescimento) o Partido Socialista até pode vir a ser Governo num futuro não muito distante, mas isso de pouco ou nada nos valerá.
A “transferência” , com armas e bagagens, da maioria esmagadora dos apoiantes socretinos para a estrutura liderada por José Seguro amarra o País a mais do mesmo, impedindo que possamos sonhar com algo diferente, para melhor. Um Estado Social controlado e justo que impeça de prosperar os golpistas e oportunistas de toda a espécie tornou-se uma miragem.
Perante o descaramento e a falta de vergonha de muitos ”fieis” da altura, aqueles que tentaram chamar à atenção para as calinadas que o PS estava a fazer não têm condições para regressar aos trabalhos partidários, pois as velhas raposas soaristas, guterristas, socratistas… (verdadeiros artistas e novos fans de Seguro) em maioria nas estruturas concelhias e distritais, dominam completamente a “máquina”, em nome da unidade e do interesse nacional.
Penso que tal como eu, muitos cidadãos estão fartinhos de Jardins, Cavacos, Portas e Passos, mas o PS continua na rota do bem falante que usava fatos caros que, bem caladinho, assentou arraiais longe da crise! Não mudou o “ferro” dos chefes da “manada” e assim não vamos lá, ou se formos é para um regresso breve.
Mais do que agitar bandeiras, o PS precisa de fazer demonstrações. E, as que até agora foram feitas não são motivadoras e não primam pela qualidade, resultando daí o “estado de graça” do governo que sobrevive sem beliscar uma pontinha a grande finança. (ah grandes lacaios!)
Quem diz que é laranja o que ontem era encarnado, ou ficou daltónico ou está equivocado ou é mal intencionado… Seja o que for, provoca-me dor!
Coerência que linda és! Deixa-me beijar-te os pés!