sexta-feira, 27 de julho de 2012

Portugal em chamas


A atitude dos sucessivos governos, relativamente aos incêndios florestais deixa transparecer que a esse nível ninguém está muito interessado em acabar com eles, ou reduzi-los a uma dimensão mínima.
Os interesses instalados são de ordem tal que já conseguiram convencer a populaça que os incêndios florestais de grande dimensão são uma fatalidade, algo inevitável a que temos que resignar-nos. A troco não sei de quê os sucessivos governos apostam apenas nos grandes meios de combate, “esquecendo” tudo o resto, num criminoso abandono da floresta, uma das poucas riquezas que possuímos…
Se de cada vez que ocorrem incêndios, de gigantescas proporções, os governantes tivessem que lá ir chamuscar os fedorentos rabinhos (a avaliar pelo mau cheira das suas políticas), talvez encontrassem tempo para solucionar o problema dos incêndios.
Num país com a nossa dimensão é um crime o que se passa todos os verões.
Nada é feito ao nível preventivo, para que grande parte dos fogos sejam “apagados” durante o Inverno. Criminosamente o Estado abandona completamente as matas públicas e os baldios.
Compramos quase toda a nossa energia e deixamos arder no verão o alimento de centrais de biomassa, que deviam ser uma aposta séria, por serem rentáveis e permitirem a conservação das nossas florestas.
Ninguém limpa a floresta e o Estado dá o exemplo! Gastam-se fortunas! A descoordenação é total! Eficácia zero!
A incompetência é gritante! O inútil Ministério da Agricultura foi para banhos, num mar que também não cuida!


Post Scriptum
Ai Portugal, Portugal!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Panos vermelhos


Os panos vermelhos, que assinalam a presença de prostitutas nas bermas da Rua 229 que liga Sátão a Viseu, têm vindo a aumentar e a este ritmo qualquer dia aquele espaço assemelha-se ao palco de uma manifestação pró Leninista…
Hão de ser de variada ordem os motivos que levam aquelas jovens a vender o corpo, democráticos certamente, em nome da liberdade de escolha, mas nem por isso deixam de ser um “murro no estômago” para quem não quer essa opção para uma filha… Não seria mau darmos um pouco mais de atenção à problemática da prostituição (mais antiga profissão do mundo) não apenas pelo que ela representa, mas também por tudo o que gravita à sua volta. Os irresponsáveis dos governos continuam a assobiar para o lado, quiçá por acharem normal que uma das suas respeitáveis filhinhas se venda na berma da estrada… (Eu sei que gozam de protecção divina em termos de desemprego, mas mesmo assim…)
Não acredito que tal abundância de vistosas opções se deva a uma benesse de Passos Coelho para nos compensar pelo encerramento de escolas, centros de saúde e tribunais… (de que ficámos privados num abrir e fechar de olhos, depois de aberto o caminho pelo famigerado Sócrates, que, talvez devido a isso, agora, é obrigado a viver com uns milhõezitos em off shores, coitadinho!)
Mas, esta abundância de prostitutas nas bermas das estradas pode muito bem ser mais um “coelho” saído da cartola do Relvas (primoroso artista) que, como mentor do governo, quer evitar a todo o custo que possamos afirmar que diminuem drasticamente todos os “serviços sociais”, pois as prostitutas nas bermas das estradas aumentam dia a dia e os indicadores da nossa economia apontam no sentido de próspero desenvolvimento, nesta matéria, claro! (Em quase tudo o resto é uma desgraça)
Talvez seja altura dos presidentes Fernando Ruas e Alexandre Vaz, à semelhança do que fizeram (e muito bem) com os tribunais distritais encerrados, organizem um protesto a Lisboa a exigir a permanência das prostitutas na rua 229, (menina dos seus olhinhos!)
 Inimigo figadal do poder local como é, Passos Coelho, rapidamente encontrará uma solução para as tirar dali.
A este propósito, a Assembleia Municipal de Sátão já em tempos discutiu a presença de bandeiras nacionais utilizadas com a mesma finalidade dos atuais panos vermelhos… Espero que desta vez (se o assunto voltar a ser discutido, seja mesmo debatida a problemática da prostituição e não dos panos vermelhos…)

Post Scriptum
Por favor, tirem as prostitutas das bermas da rua 229 e das outras e dêem-nos uma estrada a sério, que tanta falta nos faz!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Licenciaturas rápidas (… de elevado grau de exigência)



Ainda não completamente recuperados da surpresa da licenciatura do nosso “injinheiro”, eis que somos brindados com mais esta “novidade” da licenciatura do super relvas, digo, senhor ministro-adjunto Miguel Relvas, conseguida num só ano (de intenso estudo), que lhe franqueia as portas para um doutoramento futuro, numa universidade tipo lusofonix, moderfonix, ou outra.
Os nossos políticos são muito parecidos com os analfabetos, novos-ricos, que no tempo do volfrâmio, que compravam canetas de ouro, só para lhes aproveitarem as tampas! Em vez de canetas, agora, muitos são os que compram licenciaturas só para se aproveitarem do título!
Esta licenciatura do “dótôr” Relvas, que parece não ser tipo único na esfera política actual, ajuda a avaliar o “quilate” de alguns políticos, que “compram o canudo” para poderem candidatar-se a funções ao mais alto nível, em nome do interesse patrióticos e democrático…
O que se sabe acerca dos “títulos académicos” de uns quantos, é revoltante e envolve Universidades privadas, curiosamente…
Não tenho a certeza de que nestas, o grau de exigência não seja por aí além, mas uma licenciatura num ano ultrapassa tudo o que é razoável e sensato, devia encher de vergonha qualquer Universidade e ser, mesmo, motivo para o seu encerramento…
Em vez disso o Estado continua a financiar estas Instituições onde alguns (energúmenos) professores, mestres e professores doutores, brincam com o esforço dos alunos estudiosos e aplicados e “oferecem” títulos académicos ao desbarato, a quem bem lhes apetece.
Não tardará muito (se prosseguirmos neste rumo) que os nossos governantes não precisem de saber ler, nem escrever, nem contar! Basta que demonstrem a vontade de se licenciar… Ao fim de licenciados (um ano depois ou talvez menos), bem calçados, bem vestidos e de barriguinha cheia, não vai parecer, à primeira, que têm a cabeça vazia!
É mesmo muito provável que quando o Povo macambúzio se aperceber disso, já estejam a administrar uma empresa pública com todas as mordomias que lhe são devidas – chorudo vencimento e alcavalas, assessorias diversas qb, carro, cama e roupa lavada…





Post Scriptum

Os nossos governantes
São uns figurantes!
Figurões
Em certas ocasiões!
Que porcaria de “herda”
Em vez de gente
Competente
Temos merda!

Está bem… é da mais pura
Mas que importa?
Temos que viver com ela à porta?
Cheira muito mal esta mistura
De ganância
Ignorância e petulância!

Não queremos no comando
Um bando…
Queremos gente
Decente
Ministros capacitados
E não analfabetos licenciados…

Porque temos que suportar
Esta canalha
Que nos está a aniquilar
E nos deixa sem migalha
E vive à grande e à francesa
A esconder as cartas debaixo da mesa?

Basta!
Fora com a vil e reles casta
Ridícula e nefasta!
Abantesmas… borda fora
Sem demora!
Seja qual for
A “cor”…
Mais merda, NÃO, por favor!


Pós Post Scriptum

Espero que as licenciaturas de Passos, Portas e Seguro sejam das “autênticas” para escaparmos ao Guiness dos Patetas.

Pós Pós Post Scriptum  (não confundir com milhares de po(s)pós, topo de gama, que circulam com o dinheiro dos nossos impostos)

Talvez fosse uma boa ocasião
Para investigar como os ministros e secretários
Conseguiram a literária habilitação!
Aposto singelo contra dobrado
Que a esmagadora parte
Foi no Privado!
Isso nada terá de mal
Porque estamos em Portugal!