quarta-feira, 17 de maio de 2017

O DESTINO

O DESTINO
Por Celso Neto

O destino é o FIM
Não sinto pressa, mas enfim…
Mais cedo ou mais tarde
Com mais ou menos alarde
Rumaremos para parte incerta…
Há que estar alerta!

A minha vontade
Era alcançar a provecta idade
De cem anos
Sem grandes danos
Se morrer antes é contra a minha vontade!
Mas isso ultrapassa a minha capacidade…
Temos que aceitar
A hora de tudo acabar!

Gostava que alguém me desse uma dica
Sobre o lado de lá … e onde fica
Se é curta a viagem
Se há o culto da criadagem…
Se é a preto e branco ou a cores
E há escravos e senhores…
Se há guerras, armas e misseis
E os caminhos são difíceis…
Se há oásis e paraísos
E lá os sonhos são precisos…

Se faz calor ou se está frio
E há infinito e vazio…
Se há estrelas a bilhar
E sereias de encantar
E borboletas a voar…
E passarinhos a cantar
Se há montanhas e oceanos
Erros, certezas e enganos…
Se há amor, ódio e fé
E as árvores morrem de pé…
Se há segredos
E medos…

Se há tsunamis e remoinhos
E se os anjos dormem sozinhos…
Se há nuvens e deserto
E se a incerteza mora ali perto…
Se há Teatro, Música e Poesia
Se há noite ou é sempre dia…
Se há Danças e Concertos
Se a Cultura está em apertos…
Se há Bibliotecas e Museus
E se lá existe algum Deus
Se há eco e ruído 
E fruto proíbido…
Se lá existem todas as Artes
Se é um Todo ou várias partes…





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